The Last Great King {lwt+hes}

13.0

cap pesado!!!!!

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Harry se manteve trancado no quarto por toda a noite e fingiu dormir quando Amice bateu na porta o chamando para tomar café pela manhã. Styles não sabia exatamente se estava envergonhado de olhar na cara de Louis ou temendo o que veria em sua face. Ele poderia suportar a indiferença de sempre, mas não estava certo sobre o nojo inevitável.

Harry encarou o teto por horas. Se Elizabeth voltasse e o acusasse de destruir o bordel e aquilo pudesse de alguma maneira o incriminar? Harry seria capaz de escapar de outra sentença pelo simples fato de ser uma figura? Ao mesmo tempo em que se sentia culpado por tudo aquilo, ele se sentia aliviado. Diferente de Harry e Gemma, as outras prostitutas não eram propriedade de Elizabeth, elas ganhavam pelo que faziam porque tinham filhos para criar. As mulheres mais jovens que foram trazidas para o castelo eram almas perdidas, meninas que por poucas escolhas acabaram ali. O soldado não disse nada sobre aparência. Ele citou apenas idade, saúde e a falta de filhos. Elizabeth foi a única a citar beleza ao apontar para sua irmã, com o conhecimento suficiente de que aquilo o destruiria.

Lottie disse que Gemma estava bem e que Louis nunca faria mal para ela. Por que Louis negociou prostitutas jovens quando em suas palavras há um bocado de humanidade? O rei poderia ser um mentiroso manipular e está envolvendo até mesmo sua irmã em tudo isso apenas para se beneficiar. Mas... não faz sentido. Harry não queria que fizesse.

Ele se obrigou a espantar os pensamentos e saiu corredor afora. Ainda que estivesse numa luta interna, suas obrigações eram as mesmas e precisava alimentar Cliff. Harry desviou do caminho de fora apenas para passar na cozinha e pegar alguma coisa para o cachorro. Harry nem mesmo sentia fome, então deixaria para comer no almoço. Mas então, ele precisou recuar um passo quando aqueles gemidos contidos e dolorosos que ouvira uma vez soaram do mesmo lugar de antes.

Mas Harry não queria ignorar aquilo. Ele não queria que Amice passasse pelo inferno só porque um homem não consegue deixar o pau dentro das calças. Amice estava delirando se achasse que seria salva quando o mundo fosse colocado em ordem de novo. Harry se sentiu possesso de raiva, suas narinas dilatadas e seu coração acelerado. Ele não percebeu o impulso quando ele veio, mas em um momento estava atrás da parede e no outro estava puxando Joe pela jaqueta de couro e o jogando no chão com a força que desconhecia.

— Seu porco! — Ele gritou.

— Harry. — Amice se virou enquanto abaixava a saia. Ela estava pálida e claramente desorientada. Seu rosto vermelho deixando a dúvida se sentia vergonha ou se a pressão de seu rosto contra a parede houvesse machucado sua bochecha. Talvez fosse a mistura de ambos. — Harry... — Ela repetiu com voz de choro.

— Seu prostituto... — Joe rosnou ficando de pé com dificuldade.

Harry temeu naquele instante. Era óbvio que não podia com um homem daquele tamanho, apenas seus braços eram da grossura de Harry. O homem estava sangrando na lateral da cabeça e parecia meio tonto, mas ainda assim era Joe. Amice estava chorando agora e Harry a puxou para trás de si como se realmente pudesse protegê-la.

— Joe, deixe ela em paz. — Harry disse com os dentes cerrados.

— Sua ingenuidade ao achar que têm alguma autoridade me diverte um pouco. — Ele riu, passando a mão no machucado recente. — Puta nojenta. — Praguejou quando viu os dedos ensanguentados. — Eu vou te matar.

Harry ainda estava na dispensa e Joe havia sido jogado para a cozinha quando Harry o puxou com brutalidade. Agora, Joe tinha uma expressão de ódio sem tamanho e quando ele partiu para cima de Harry, tudo fora rápido demais. Em um segundo o homem iria lhe estrangular com as próprias mãos, no outro, Amice gritava histericamente e Joe tinha os olhos esbugalhados. Não era só pelo choque, ele estava morrendo com o facão que Harry puxou de uma mesa de carnes salgadas num impulso desesperado. Um facão grande e afiado, enfiado na barriga de um homem de quase dois metros. Joe gemeu e deu três passos para trás, antes de cair com um barulho perturbador de carne e sangue.