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JUNHO DE 2006

"Cadê?"

"Lá! Eu vejo!"

"Esse é o Cinturão de Órion."

"Não, essa é a Ursa Maior, idiota."

Sirius ouviu seus filhos discutindo e desejou não ter comprado aquele telescópio para eles. Foi caro, para começar, e agora estava causando discussões a torto e a direito. Cada criança se considerava uma estudiosa, e elas nunca conseguiam concordar sobre quem estava realmente certo.

"O Cinturão de Órion é..."

"Não estamos procurando por esse, de qualquer forma!"

"Se pudermos encontrá-lo, será mais fácil encontrar os outros."

"Ah, só me dá aqui..."

"Não, é a minha vez!"

"Você acabou de ter sua vez!"

Ele não aguentava mais. Ele jogou de lado a edição vespertina do Profeta e se levantou, estalando as costas enquanto fazia isso com um grunhido satisfeito. "O que vocês dois estão procurando?" Sirius perguntou enquanto saía para o quintal. A porta estava aberta para atrair a brisa de verão, inundando os degraus da frente com uma poça de luz. Além disso, mal visíveis na escuridão, estavam as duas crianças e seu novo brinquedo. Ele caminhou até elas, divertido e exasperado ao mesmo tempo em que as via lutando pelo controle do telescópio.

"Estamos procurando por Sirius," a garota disse. "A estrela, isto é."

"Acho que vejo aqui", disse o garoto, direcionando um pouco o telescópio.

"Não, está aqui!" A menina agarrou e moveu para o lado oposto. O menino não soltou, e a luta continuou.

"Aqui, olhem isso," Sirius disse, agarrando o telescópio e guiando-o firmemente para fora das mãos de ambas as crianças. Ele se agachou e espiou pelo telescópio, girando-o um pouco até encontrar o que estava procurando, e se inclinou para trás para que cada um pudesse dar uma volta.

"É Sirius?" a garota perguntou animadamente.

"É um pouco tarde para ver isso", Sirius disse. "Mas esta é outra constelação muito importante. Você consegue dizer o que é?"

"É difícil ver..." disse o menino, aproximando-se enquanto sua irmã se recostava.

"Certo," Sirius disse. "Não é muito visível, mas é grande. Tem uma história importante para vocês dois."

A garota se animou. "É porque é aquele que nos deu o nome?"

"Absolutamente," Sirius disse. "Veja, esta constelação é chamada Canis Venatici - os Cães de Caça. Chara, você recebeu o nome do cão do sul; e Asterion, seu nome vem do cão do norte. Vê eles? Eles estão protegendo ferozmente o rebanho da Ursa Maior."

"Uau..." Asterion ficou paralisado até que sua irmã mais velha o empurrou para fora do caminho.

"Uau, sou eu!" ela disse.

Sirius riu - ele não conseguia evitar. Mesmo quando não se davam bem, eles eram fofos. Chara, com seu cabelo preto encaracolado e olhos cinzentos, mais se parecia com ele. Asterion favorecia Severus com seu cabelo preto e liso e olhos ônix. Apenas uma leve curva direcionava uma mecha de cabelo para cima e para longe de seu rosto em um visual rebelde que lembrava as ondas selvagens de seu pai.

Ambos eram curiosos, fascinados pelo mundo ao redor deles e ansiosos para começar sua educação em Hogwarts. Chara começaria em alguns anos, já que seu décimo aniversário seria em dezembro; Asterion ainda tinha alguns anos, tendo apenas cinco anos. Para nutrir seus interesses, Sirius pensou no telescópio, pensando que ele também poderia ensiná-los a compartilhar. Quão ingênuo ele tinha sido, ele percebeu. Severus estava certo, e isso não era uma merda?

Um morcego e seus cães ( TRADUÇÃO )Onde histórias criam vida. Descubra agora