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JULHO DE 2019

Niles Parkinson era um homem de comportamento arrogante e tinha muito orgulho disso.

Verdade, sua conexão com a família de seu pai era mediana na melhor das hipóteses. Seu sobrenome era Parkinson, mas ele nasceu de um caso entre Nigellus Parkinson e sua amante. Que sua mãe não podia ser intimidada a esconder sua existência era um ponto de discórdia entre ele e sua família paterna em geral. Ele não foi criado com riqueza, exceto pelo que sua mãe podia extorquir de seu pai. Ele não era particularmente popular na escola. E agora ele trabalhava em uma posição de baixo escalão para relações bruxo-trouxa, que era o tipo de carreira que apenas o alienava ainda mais de sua conexão com os Sagrados Vinte e Oito.

Mas ele se vestia bem e frequentemente intimidava os outros com seus sorrisos de escárnio e olhares penetrantes, e isso contava para alguma coisa, não contava?

Não que ele estivesse fazendo muito progresso em intimidar esse bando. Na verdade, eles estavam fazendo um bom trabalho em virar o jogo contra ele.

Ele examinou o requerimento em sua mão, arqueando as sobrancelhas aristocraticamente. Em frente a ele, no pequeno e estranhamente aconchegante espaço de estar, Severus e Sirius Black estavam sentados no sofá, ambos ladeando seu filho Asterion. Niles deixou seus olhos percorrerem o papel diante dele: Asterion Coleus Black, nascido em 26 de fevereiro de 2001. 18 anos. Graduado em Hogwarts, onde havia estado na Casa Sonserina (isso era uma marca a seu favor, pelo menos com Niles). Ele também havia sido monitor (novamente, uma marca de favor; o próprio Niles já havia defendido esse dever sagrado).

Que irritante.

"Diz aqui", Niles usou seu tom mais formal e nada impressionado, "que você jogou como apanhador no seu time de quadribol."

"Sim, eu fiz." O sorriso que sempre parecia presente no rosto do garoto se alargou um pouco. Niles franziu a testa, impassível.

"Também mostra que você só jogou do seu terceiro ao sexto ano. Por que você saiu? Ou você foi removido do time?"

O garoto não vacilou nem um pouco. "Eu deixei o time", ele disse descaradamente. "Eu queria focar nos meus estudos. Eu já tinha decidido o que queria fazer, e o Quadribol estava tomando muito tempo."

"Entendo." Niles o encarou com um olhar que esperava ser penetrante, embora Asterion simplesmente retribuísse o olhar com o mesmo sorriso infernal. "Você percebe que a universidade pode desaprovar essa falta de dedicação. Pode refletir que você não está disposto a cumprir com seus compromissos."

Pela primeira vez desde que a entrevista começou, Severus falou. "Espero que você não esteja levando coisas tão triviais em consideração... Afinal, o curso dele não é de atletismo." Ele sorriu também, embora de forma um tanto desagradável. "Além disso, não tive a impressão de que você se importasse tanto com esportes... Nem, de fato, muito talentoso."

Niles sentiu suas bochechas corarem. Ele estava alguns anos à frente de Severus na escola, então não tinha certeza se Severus se lembraria dele tão bem. Parecia que seu famoso erro nos testes do time de quadribol da Sonserina de 72 ainda estava bem na mente. Ele limpou a garganta. "Isso realmente não é sobre o que eu penso pessoalmente, você entende. Simplesmente o que a universidade pode considerar ao processar sua inscrição."

"Não é você quem está processando isso?" Sirius perguntou, e Niles apertou os lábios nervosamente.

"Seja como for... Outros no departamento, você sabe..." Ele embaralhou os papéis, procurando por mais informações, mais munição que ele pudesse usar para irritar as pessoas. Afinal, era seu trabalho eliminar os indignos. A universidade e o Ministério haviam confiado essa importante tarefa a ele. Ele examinou a folha que estava no topo e olhou para eles, encorajado.

Um morcego e seus cães ( TRADUÇÃO )Onde histórias criam vida. Descubra agora