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OUTUBRO DE 1998

"Sirius, um dia desses eu vou te matar."

O homem em questão, tendo acabado de passar pelo Flu, olhou para cima em perplexidade, seu cabelo desgrenhado voando para todos os lados e sua expressão de perfeita surpresa. Seus olhos arregalados encontraram Severus meio deitado no sofá de seu pequeno apartamento chique, apoiado em um cotovelo com uma taça de vinho na mão e um olhar perplexo no rosto.

"Acabei de chegar em casa," Sirius disse, sacudindo pó de Flu e cinzas de seu casaco. "Talvez eu tenha um momento para ficar confortável antes de você falar em me eviscerar."

Olhos escuros seguiram o homem enquanto ele tirava sua jaqueta de couro e botas, as desaparecia no armário e se jogava em uma das poltronas de couro preto perto da lareira. Ele suspirou, inclinando-se ligeiramente para o calor das brasas morrendo, olhos fechados contra a escuridão crescente que se espalhava conforme o sol se punha abaixo do horizonte da cidade. Ele ignorou a sensação assustadora de estar sendo observado até que se sentisse bem e acomodado, então abriu os olhos e olhou para seu marido. "Agora, então. Que assunto requer minha eventual execução?"

"Nossa filha," Severus disse, abaixando o olhar para girar o conteúdo do copo. "Ela adquiriu um hábito desagradável, e eu só posso presumir que vem de você."

"O que é isso?"

"Quando a coloquei para dormir, notei que as barras do berço estavam mastigadas."

"Mastigado?" Sirius franziu a testa.

"Sim, Black, mastigado. Mastigado. Roído. Mordido. Nossa filha tem roído os móveis, e tenho certeza de que ela está imitando Padfoot."

"Você não sabe disso," Sirius disse defensivamente. "Padfoot nunca morde móveis! E se ela pegou isso de um dos livros de histórias dela?"

O olhar que Severus lhe deu foi de fato Um Olhar - Black, você está louco? Sirius acenou para ele. "De qualquer forma, ela não vai ficar no berço por muito tempo, vai? Vai ser uma cama pequena em breve, então talvez ela esteja apenas ansiosa para sair de trás das grades. Ela está protestando, é o que ela está."

"Protestando?" Severus bufou, terminando seu vinho.

"Você deveria oferecer um pouco disso ao seu marido, sabia?" Sirius disse, acenando para o copo agora vazio. "Depois do dia que tive, eu poderia usar um pouco de fortificação."

Com um revirar de olhos, Severus acenou sua varinha. A garrafa apareceu junto com uma taça de vinho limpa, e Sirius serviu-se de uma medida generosa. "É isso aí", ele disse. "Obrigado, Sev." Ele tomou um longo gole, saboreando o sabor. "Agora, então, você se importaria em ouvir sobre minhas façanhas? Acho que você ficará muito satisfeito."

"Oh, muito bem." Severus se acomodou no sofá, seus braços cruzados e sua boca uma linha fina. A discussão sobre Chara e sua mais nova aberração foi colocada em espera por enquanto, mas Sirius sentiu que suas notícias eram mais emocionantes.

"Nós pisamos por todo o campo", ele disse. "Moony estava me implorando para parar perto do fim, mas eu sabia que o que estávamos procurando tinha que estar logo na próxima esquina, logo depois da próxima colina..."

"Você estava procurando uma casa ou embarcando em uma busca por um tesouro?" Severus não tinha o hábito de revirar os olhos duas vezes em uma noite, mas parecia prestes a fazer exatamente isso.

"Para mim, amor, isso é um tesouro," Sirius disse sinceramente. "Este é o lar em que criaremos nossa família. Tem que ser perfeito."

"E você encontrou esta casa perfeita em sua última excursão?"

Um morcego e seus cães ( TRADUÇÃO )Onde histórias criam vida. Descubra agora