Capítulo 13

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Indeciso

Megumi

Pressiono o botão 9 do elevador do meu apartamento repetidas vezes, como se isso pudesse acelerar o fechamento das portas. A necessidade urgente de me refrescar domina meus pensamentos.

Após uma série de amassos com Nobara no estúdio de design de moda, lugar onde vivenciei uma experiência incrivelmente marcante e prazerosa, minha amiga segurou meu rosto com ambas as mãos e me olhou com a seriedade de uma professora buscando a atenção de um aluno.

— Compreende o que está fazendo, Megumi? — Ela pergunta de repente, e eu levo um tempo para entender. — Você é bi.

Então, tudo que antes parecia confuso — meus sentimentos, desejos, memórias — ganha sentido.

A percepção de que só alguém que eu possa amar de corpo e alma é capaz de mexer comigo dessa forma se torna incontestável. Não há mais dúvidas.

Eu a desejo. Não apenas como minha melhor amiga, mas como mulher agora.

— Ótimo — aceitei sem perder tempo, retomando o beijo imediatamente.

Nobara ri, envolvendo-me com um abraço por cima dos ombros.

Em meio a nossa entrega descontrolada às emoções, digna de papéis caindo da parede, mesa rangendo e gemidos soltos ao acaso, explorei o corpo de Nobara como se estivesse diante de um teste que eu precisava receber nota máxima.

Beijei cada centímetro, descobrindo as menores cicatrizes em suas mãos, causadas por tesouras e agulhas, a sinais de nascença, como a pequena pinta que ela tem ao lado do bico do seio esquerdo. Beijei também sua barriga, desejando no fundo do âmago que essa dieta maluca encontrasse seu fim. Não me permitiria vê-la definhar nunca mais.

Eu queria saber tudo sobre Nobara agora. E não deixaria escapar mais nada.

Logo, com meu vigor e toda curiosidade por trás de tantos beijos, não demorou para ela compreender o intuito e com a mão forçar minha cabeça cada vez mais para baixo, flexionando as pernas sobre a mesa e abrindo-as para mim.

Meus dedos se arrastaram pela extensão de suas coxas, agarrando cuidadosamente as laterais de sua calcinha, da qual para baixo, devagar, jogando-a no chão.

Sem evitar, com o coração batendo a mil por hora, olhei para a dona daquele espaço sagrado e misterioso e encontrei a maior das safadas.

— Chupa — Ela ordenou.

E eu obedeci.

Foi um momento que jamais irei esquecer.

Nobara estremecia e gemia a cada toque da minha língua. E, embora eu, sem muita experiência no ato com uma mulher tenha sido capaz de fazê-la gozar, me encheu de prazer a sensação de vê-la se contorcer por minha causa.

Eu não senti qualquer nojo em explorar sua pequena intimidade. Pelo contrário. Ela poderia sentar no meu rosto que eu diria obrigado.

Tudo acontecia de uma forma formidável e prolongada, até que alguém bateu três vezes à porta do lado de fora, e gritou:

— MINHA NOSSA!! — disse Gojo. — Já anoiteceu e vão trancar as salas!! Ainda bem que estou sozinho no corredor e não estou vendo ninguém!! Vou só beber água na sala dos professores e volto aqui para desligar as luzes!! Espero que não tenha ninguém aqui quando eu voltar, hein?! Estou indo beeemmm devagar!!

E saiu pisando forte, indicando que estava se distanciando.

Encarei Nobara, perplexo. Não percebi que o tempo havia passado tão depressa.

Three is BetterOnde histórias criam vida. Descubra agora