Capítulo 25

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Ponto de Vista de Souza

O carro que surgiu do nada, embateu no lado direito, lado em que Selena estava, por isso ela ficou muito ferida. Ela sendo chefe da gangue, tive que salvar a ela em primeiro lugar, então, sem pestanejar, saí do carro e tirei-a de lá. Enquanto fazia isso, percebi que também estava aleijado e não iria conseguir carregá-la de jeito nenhum. Por isso, tive que lhe arrastar na floresta, apesar do seu estado deplorável, ela continua grandes ferimentos, e seu corpo estava coberto de sangue, isso justificava o facto dela estar desacordada.

Então comecei a lhe arrastar pela floresta. Mais adiante tinha um rio, no qual eu poderia pagar suas feridas, identificar os ferimentos e chamar reforços, já que meu telefone não ficou quebrado, não sei como.
Enquanto eu lhe arrastava, percebi os ocupantes do carro que causou o nosso desastre se aproximarem e comecei, com dificuldade, a andar mais rápido. Eram dois homens, dois homens bem construídos, com um corpo bem definido e altos. Um deles parou no carro onde estava Tim e os outros, e o outro olhou pela floresta, espero que não tenha me notado. Assim que o outro parou de olhar o carro, o outro gritou que viu rastros de sangue, mas eles não vão conseguir nos procurar por tanto tempo se não tiverem lanternas, vai ser impossível identificar o sangue na escuridão de dentro das árvores.

Eles começaram a andar na nossa direcção e eu estava a ficar cada vez mais preocupado. Preciso conseguir que nós fujámos. Mesmo a doer, andei mais rápido, e mordia minha língua para não gritar de dor e estragar tudo. Senti um movimento nos meus braços e olhei para baixo, Selena havia acordado. Ela tentou falar mas eu a interrompi.

Souza: Shhhhhh! Senão eles vão nos ouvir.

Sussurrei para que ela se calasse, e assim ela o fez. Nós não podíamos nos deixar capturar. Em alguns minutos eu já não os via nem ouvia, até que ouvi passos que vinham na nossa direcção.

.......: Selena! (Um dos homens que vinha atrás de nós gritou)

Fiquei assustado com o grito estrondoso e olhei à minha volta em busca de algum esconderijo improvisado, e felizmente encontrei algumas plantas altas, que estavam próximas umas das outras, deixando um espaço que podemos considerar um círculo em que nós podíamos entrar e não ser vistos. Assim eu fiz, nos coloquei lá dentro e esperei que não fôssemos descobertos. Era de noite e o risco de ficar naquele esconderijo no meio do mato era elevadíssimo, qualquer cobra que desejasse poderia nos envenenar, e além dos animais, sabe-se lá quais são as plantas que tem aqui, quem sabe não tem uma venenosa. Mas eu, ou nós, neste momento não temos escolha, é arriscar ou morrer.

Juntamente com Selena inconsciente, fiquei à espera do momento certo para sair. Pelo menos esta não é uma floresta fechada e dá para ver a luz do sol penetrar por entre as folhas das diversas árvores presentes, então eu decidi que sairíamos de madrugada. Mas eu precisava ter a certeza de que eles já não estavam por perto ou se tinham ido embora. Esperei ansiosamente pelo momento certo, permite a minha mente de vagar por diversos pensamentos irrelevantes, até que ela acordou novamente. Assim que percebi o seu despertar, olhei para ela e fiz sinal de silêncio.

Ela tentou sentar-se, mas as feridas faziam com que seu corpo doesse, era notável a cara de dor que ela fazia. Ficamos apenas deitados ali, pacientes, já que era nossa única opção. Foi aí que eu vi o sol raiar e cutuquei-a, ela virou-se para mim e fez uma expressão que dizia "o que se passa?"

Souza: Vamos!

Eu sussurrei e espreitei vagarosamente por fora do esconderijo para ver se de facto não havia ninguém, fiquei aliviado quando pude ter certeza da nossa segurança. Puxei Selena para sairmos dali, ela conseguia andar razoavelmente, visto que coxeava, então ela se apoiava em mim para se sustentar.

Na Sombra da CorrupçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora