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Era realmente outra pessoa a que eu tinha ao meu lado, o Noah deitado ao meu lado na cama possuía um ar de segurança que sua personalidade como meu chefe nunca demonstrou.

Claro que o CEO Noah Urrea era seguro de sí, tinha tudo, nada podia impedi-lo de nada. Mas não era sobre isso que eu falava, é sobre me fazer sentir segura, amada e importante.

Todas as sensações que me invadiam não eram fortes o suficiente para ultrapassar a maior delas, a sensação de bem estar ao lado dele.

Estar relaxada cem por cento sempre foi um desafio desde que me conheço por gente, havia constantemente alguma preocupação que não me deixava em paz, me corroía por dentro e até quatro meses atrás achei que terminaria dando a luz no quinto mês da gestação de tantas ânsias que tinha.

Mas ali, bem juntinha dele, com seus braços cercando-me era tudo do que precisava.

No entanto algo ainda me incomodava, pulei da cama em segundos, do contrário ninguém poderia fazer por mim.

- O que foi, Sina? Está tudo bem? - a voz dele na porta do banheiro me pareceu engraçada.

- Está sim! - respondi.

- O que aconteceu para sair que nem um tiro?

- Antes bebi muita água, se não levantasse rápido iria fazer xixi na cama. - lhe contei rindo, mas sem graça também.

- Que susto, podia ter avisado. - a voz pareceu se afastar da porta.

Em silêncio por alguns minutos e terminei. Já virava a maçaneta da porta quando a pergunta dele me atingiu como bala.

- Quem é o pai do bebê?

Eu não entendia, por que vinha ao caso? O que ele tinha na cabeça?

- Sina? - chamou-me.

- Já vou sair. - respondi sem contestar a pergunta anterior.

Tão logo abri a porta e seu rosto estava a um centimetro do meu.

- Está tudo bem mesmo? - ele devia ter percebido minha queda de humor repentina.

- Está sim, mas só vamos dormir. OK?

- Ok!

Não houve mais perguntas e apesar do clima estar um pouco pesado, adormeço.

E é a primeira vez em anos que desperto bem, não dormia muito antes para conseguir estudar o suficiente.

Depois passei a não dormir direito pelo trabalho, que muita das vezes exigia horas extras trás horas extras.

E por fim, mas mais satisfatório, meu filho. O pequeno me deixava incômoda, não queria dormir de barriga para baixo, The temia fazer mal e por consequência nunca mais me adaptei a nenhuma posição.

Bom, isso até dormir com Noah.

E falando no dito cujo, meus olhos se abrem e meus braços tateiam a cama atrás dele.

- Noah! - grito e não tenho ideia do porquê exatamente.

- No banheiro! - ele responde e sem pensar muito bem no que faço, entro.

Ele está tomando banho e meus neurônios pela manhã não funcionam bem, assim que sou espontânea e não meço consequências.

Adentro o box me sentando ao lado da porta. O chão está gelado e ele me diz para levantar, desliga o chuveiro e agarra uma toalha a envolvendo na cintura.

- Sina, por que não esperou lá fora?

- Porque você está aqui dentro. - o respondo abraçando-o.

- Está bem?

𝑺𝒆𝒄𝒓𝒆𝒕𝒔Onde histórias criam vida. Descubra agora