1.4. A perda de uma pérola

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Os adultos foram acordados assim que receberam a notícia de que lady Laena havia entrado em trabalho de parto. Rhaenyra entrou dentro do quarto para dar apoio ao tio que novamente estava ansioso, ele realmente odiava partos.

Algum tempo depois um meistre se aproximou dos dois. - Eu creio que teremos que tirar o bebê de outra forma... - Laena estava agonizando de dor mas mesmo assim estava conseguindo ouvir a conversa.

Ela só esperava que os deuses fossem bons com o seu bebê.

- Não vão abrir minha esposa! Eu não permito! - Daemon se altera já entendendo aonde o homem queria chegar.

- Tio, se acalme! Ficará tudo bem, será um menino, você vai ver, tenho certeza.- a princesa continuava repetindo tanto para Daemon quanto para si mesma.

Em parte, Rhaenyra estava certa, um menino, o filho de Daemon e Laena, finalmente veio ao mundo após um parto demorado e difícil.

Eles fizeram a vontade de Daemon e não abriram a mulher, mas ela infelizmente não havia aguentado o parto e morreu após ter perdido uma grande quantidade de sangue.

Daemon se levantou e foi de encontro ao pequeno ser que foi posto em seus braços cuidadosamente, Rhaenyra que estava próxima, ajudou o tio a cobrir o bebê corretamente. - Ele já tem um nome? - ela pergunta sentindo as lágrimas descendo pelo seu rosto.

- Rhaegar... Para combinar com as minhas meninas... - Daemon falava tentando segurar a vontade de chorar que crescia cada vez mais. Ele iria cuidar de suas meninas e do seu garoto sozinho agora.

- Ela tinha o verdadeiro sangue do dragão... - Rhaenyra falou com um sorriso melancólico.

- Ela será queimada, como uma verdadeira montadora de dragões e será sepultada em Driftmark como uma Velaryon. Esse era o desejo dela. - Daemon falou enquanto acariciava o rosto do filho.

Daemon havia visto Laena morrer diante de seus olhos, tudo o que ele menos queria.

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As crianças foram acordados alguns minutos depois, todos foram convocados pelo rei para ir diretamente para a sala do trono.

- Essa noite perdemos uma grande mulher para o estranho, eu sinto muito por sua perda irmão e pelas suas também garotas, não é fácil perder a mãe. - Baela ouvia as palavras do rei decidindo que elas foram proferidas com falsidade e que a fazia sentir uma grande vontade de vomitar, ela sentia todos aqueles olhares de pena das servas e dos guardas em sua direção. As palavras do rei eram tão rasas quanto os sentimentos dele por seu irmão e por qualquer um naquele salão. Seu pai contou a notícia para elas antes de tudo, Daemon não largou a mão das filhas em nenhum momento e Baela agradecia internamente por isso.

Assim que foram liberados para se retirar, os adultos foram atrás de Daemon enquanto as crianças foram mandadas de volta para seus quartos.

Rhaena não conseguia parar de chorar, sua mãe era uma das únicas pessoas que lhe entendiam depois de seu pai e sua irmã, mas naquele momento ela se sentia sozinha.

Sua irmã não falava com ela desde que havia recebido a notícia.

Ela não viu Baela chorar em nenhum momento, ela conhecia a irmã e sabia que ela estava guardando tudo pra si novamente mas obviamente que Baela nunca admitiria aquilo.

Aegon não havia saído do quarto desde a situação no começo da manhã e Helaena estava dormindo no quarto com as gêmeas a pedido de sua mãe. E Jace e Luke conseguiram voltar a dormir sem problemas mas apenas uma pessoa não estava em seus aposentos naquele momento, Aemond.

O garoto platinado caminhava pelos corredores da fortaleza em busca do quarto de sua irmã mais velha.

Aemond parou de andar quando viu sua irmã sentada em frente a porta de seu próprio quarto.

- Mond, por que está acordado neste horário? - Sua irmã Rhaenyra perguntou assim que sentiu a presença do garoto.

- E por que você está aqui?

- Não responda minha pergunta com outra pergunta, mocinho! - Rhaenyra fala brincando mas ainda com um sorriso triste, e Aemond havia percebido isso.

- Eu apenas não consigo dormir, irmã... - Disse Aemond enquanto sentava ao lado da irmã.

- Sabe, as vezes eu me pego pensando se eu serei uma boa rainha.

- Melhor do que o Viserys você com com certeza será. - o garoto responde em um tom brincalhão fazendo Rhaenyra sorrir suavemente.

- Não deveria falar assim, Mond. Apesar de tudo, ele ainda é nosso pai. - Rhaenyra diz encarando o garoto que apenas lhe olhou dando um sorriso cínico.

- Ele não é meu pai, até você é mais meu pai do que ele. Viserys não passa de um fraco.

- Você me lembra muito o Daemon as vezes, você com certeza é o karma do nosso pai. - Rhaenyra solta uma risada de sua própria fala e Aemond acaba rindo também. - Como foi sua conversa com Luke? - a princesa pergunta após se recuperar de sua crise de riso.

- Ele disse que vai pedir minha mão para o rei e eu aceitei. - Ele responde olhando para a irmã.

- Isso é ótimo, Mond! Se o rei permitir eu ficarei muito feliz por vocês, e vocês dois com certeza tem a minha benção. - a platinada fala animada.

-  Obrigado, irmã! Se o Viserys aceitar, eu com certeza serei o ômega mais feliz de todos os sete reinos. - o garoto agradece compartilhando do mesmo entusiasmo.

Rhaenyra já pensava em noivar os dois a muito tempo, ela até estava pensando em levar Aemond para pedra do dragão consigo quando fosse. Seu próximo passo seria noivar Joffrey e Daeron o quanto antes.

Rhaenyra sempre amou todos os seus irmãos, mas ela nunca teve muito tempo com eles por causa de Otto que sempre tentava afastar os meninos dela.

Daeron foi o único irmão de Rhaenyra que Otto conseguiu afastar dela, infelizmente ela não sabia como o irmão estava ou se ele ao menos gostava dela já que tinha grandes chances de Otto ter envenenado o garoto contra ela. Mas ela descobria isso em breve.

- Bom, acho que já está na hora de você ir para sua cama. - Rhaenyra disse e logo decidiu acompanhar seu irmão de volta para o quarto dele ouvindo o garoto bufar em descontentamento de ter que dormir novamente.

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- Percebe como aquelas estrelas juntas se parecem com um escorpião.

- Uhum, isso é muito incrível! - como um garoto poderia amar tanto estrelas e dragões quanto seu doce e adorável sobrinho?

Essa era a pergunta que Gwayne Hightower se fazia toda vez que ia observar as estrelas com seu sobrinho Daeron, o garoto era alegre, dócil e gentil. E o homem se sentia muito orgulhoso de o ter criado como se fosse seu próprio filho, o Hightower criou o sobrinho exatamente da maneira que gostaria de ter sido criado.

- Sabe, uma carta de sua mãe chegou para mim hoje mais cedo. - Gwayne começa percebendo seu sobrinho prestando atenção em sua fala. - Ela estava pensando em te noivar com seu sobrinho mais novo, parece que ele ainda não se apresentou, mas ele tem grandes chances de ser um ômega ou um beta, de qualquer modo ele será seu noivo.

- Mas eu ainda nem me apresentei, tio. E não sei se eu seria um bom marido, o senhor não me ensinou isso ainda. - Daeron perguntou preocupado com a fala do tio.

- Está tudo bem, Daeron! Vou te ajudar com tudo, e eu irei com você para king's landing quando chegar a hora, terei que me casar também de qualquer jeito. - Gwayne responde percebendo que o garoto começou a ficar mais calmo.

- Se for assim, prometo cuidar bem dele, tio Gwayne! - o garoto de bochechas rosadas responde animado.

Ele estava ansioso pra conhecer seu futuro marido, e conhecer também sua família na qual ele nunca teve a oportunidade de conviver.

- Eu sei que vai, garoto.

𝐓𝐇𝐄 𝐊𝐈𝐍𝐆 𝐎𝐅 𝐁𝐑𝐎𝐊𝐄𝐍 𝐇𝐄𝐀𝐑𝐓𝐒 - 𝗛𝗢𝗧𝗗Onde histórias criam vida. Descubra agora