Capitulo 2 - Primeiras Impressões e Revelações

63 8 0
                                    

Entrar no castelo me deixou completamente perdida, com todos aqueles olhares sobre mim. Eu não conhecia ninguém e fiquei paralisada até ouvir uma voz doce e calma atrás de mim. Quando me virei, vi um garoto bonito me olhando delicadamente.

— Vejo que está perdida, é nova aqui? — perguntou o garoto.

— Oi, sou sim, me chamo Isabel Riddle, prazer! — estendi minha mão em busca de um aperto de mão, mas o garoto me olhou sem entender nada e após ouvir meu sobrenome.

— Ah, é você que a escola toda está falando? — disse, confuso.

— Eu mal pisei na escola e já estão falando de mim. Espero que não estejam falando mal. — soltei um sorriso tímido. — Mas e você, Senhor ninguém? Não vai me falar seu nome? — debochei do garoto.

— Merlin, peço desculpas. Me chamo Cedrico Diggory, muito prazer!

— Nome lindo, Cedrico. Sabe onde tem algum monitor por aqui? Acho que tenho que ir para o Salão Principal, mas estou extremamente perdida nesse castelo gigante. — digo, olhando ao redor e vendo o quão grande é o castelo.

— Eu sou um monitor. Posso te acompanhar até o Salão Principal? — disse ele gentilmente.

— Eu agradeço muito!

Fomos até o Salão Principal, que era enorme, com quatro mesas de cada casa: Grifinória, Lufa-Lufa, Corvinal, que era a casa de Cedrico, e Sonserina, a casa do meu irmão e da elite. Eu tinha certeza absoluta de que iria para a Sonserina, mas ainda tinha um pequeno receio de acabar em outra casa. Saí do pensamento quando o diretor começou a falar.

POV MATTEO

Estávamos sentados no lugar onde a elite sempre se senta, observando os alunos do primeiro ano na seleção de casas, até que Theodore chegou à mesa, como sempre atrasado.

— O que eu perdi? — perguntou, sentando ao lado de Pansy, em frente a Draco e a mim.

— Onde estava, cara? Quase perdeu o café. — perguntei, curioso mas não surpreso; Nott sempre se atrasava.

— Estava com uma garota da Corvinal. A melhor hora é quando estão todos no Salão Principal, cara.

— Como sempre, Nott perdendo as coisas por mulher. Não muda nunca. — solto uma gargalhada.

— Você não está muito atrás, Matteo. Não se finja de santo. Draco e você são os piores de Hogwarts, vivem compartilhando a boca das peguetes. — disse Pansy, fazendo cara feia para nós.

— Quem é aquela gatinha ali? — disse Theo para o grupo. Quando me virei para saber de quem ele estava falando, percebi que era a Isa. Virei-me e encarei Theo. — Ela é nova?

— Nem tente, Nott. Matteo é ciumento. — disse Malfoy, debochando.

— Qual é, Matteo? Sempre pegando as minas gostosas primeiro, deixa um pouco pra gente também. — debochou Theo.

— Nott, cala essa boca ou eu mesmo calo. — disse, irritado.

FIM DO POV MATTEO

Recebemos os alunos do primeiro ano para a seleção de casas, ouvimos seus nomes e os aplausos. Eu evitei olhar para outro lugar que não fosse a mesa dos professores, para não perceber os olhares sobre mim se perguntando o que eu fazia ali parada na porta do Salão Principal, até que o diretor começou a falar sobre mim.

— Muito bem, eu ainda tenho um comunicado muito importante para dar esta noite. Creio que todos vocês conhecem o bruxo chamado Tom Riddle.

Quando Dumbledore tocou no nome do meu pai, senti o salão inteiro recuar com um sentimento de medo, procurando saber o que ele queria falar tocando no nome de Tom Riddle. Senti um frio na barriga; estava toda arrepiada, e meu estômago revirou ao pensar que, depois de Dumbledore falar meu nome e sobrenome, todos iriam saber quem eu sou.

— Todos sabem que o seu filho está aqui conosco em Hogwarts, mas o que não sabem é que descobrimos há poucos dias que ele teve uma filha também. — ouço os alunos cochichando entre si — Sim, sim, eu sei que é uma novidade e tanto, mas vocês terão bastante tempo para absorvê-la. Garanto que não foi fácil crescer sendo obrigada a esconder sua verdadeira identidade, mas hoje ela não precisa mais. Todos os detalhes sobre sua história, vocês poderão perguntar a ela depois, se ela quiser, ela compartilhará. Agora, peço que sejam educados e deem boas-vindas à sua nova colega, Isabel Riddle.

Toda a escola estava em choque. Eu sentia os olhares sobre mim enquanto caminhava até o chapéu seletor. Ouvi cochichos como "óbvio que vai pra Sonserina igual ao pai". Eu não nego isso, sei que vou para a Sonserina, mas não por causa do meu pai, e sim pela minha personalidade e estilo. Sou uma Sonserina nata.

— Sente-se, Isabel Riddle. — Dumbledore falou, então me sentei no banco.

— SONSERINA! — o chapéu seletor gritou, e a mesa da Sonserina explodiu em vivas. O chapéu mal encostou na minha cabeça, e eu abri um sorrisinho de canto. Não esperava outra resposta, minha dúvida era só nervosismo. Caminhei até a mesa da Sonserina, onde estava meu irmão e a elite.

— Oi, maninho! — disse feliz por estar na Sonserina com eles. Percebi que não estavam todos da elite ali. Um olhar curioso, conhecia muito bem aqueles cabelos castanhos bagunçados e seu olhar marcante. Era Theodore Nott.

— Chegou a Riddle fêmea. — disse Malfoy, querendo me provocar novamente.

— Já mandei não me chamar assim, Malfoy. — me aproximei do garoto com raiva.

— Além de gata, é esquentadinha. Gostei. — disse Theodore, me olhando de cima a baixo.

— Ai, Nott, se encostar um dedo na minha irmã, eu acabo com você. — Matteo não parecia estar brincando, falou em tom sério.

— Por que não fala isso pro Draco também? Ele está encarando ela também.

— Malfoy conhece ela, eles se odeiam, tá vendo? — Matteo apontou para mim e Draco, nos encarando como se quiséssemos nos matar.

— Quando ia me contar que tinha uma irmã gata? Não imaginava que os Riddle podiam ser bonitos, mas ela é incrivelmente maravilhosa. — disse, sem tirar os olhos de mim.

— Prazer, Isabel Riddle, mas me chame por algum apelido. Não gosto muito do meu nome todo, e você deve ser o Theodore Nott, né? Meu irmão me contou muito sobre você. — disse, sentando-me entre Matteo e Malfoy.

— Prazer, Izzy. Posso te chamar de Izzy? Espero que ele tenha falado muito bem de mim.

— Não chame ela assim, Nott. — Malfoy entrou na conversa, parecendo bravo.

— Malfoy, Malfoy, você não tem chance com a gata, deixa eu tentar pelo menos. — falou Theodore, um pouco confuso por Malfoy ter ficado estranho por ele me chamar pelo mesmo apelido que Malfoy me chama.

— Não se preocupe, Nott, ele não foi castrado. — respondi.

— Matteo, acho que vou ter que me segurar para não pegar todos os seus amigos. São uns gatos. — falei perto do ouvido de Matteo, mas pelo visto Malfoy me escutou, pois estava ao lado de Matteo.

— Vai querer me pegar também, Izzy? — perguntou ele. Olhei surpresa por ele ter escutado, enquanto Theodore olhava sem entender do outro lado da mesa.

— Não, Malfoy, nunca. — sussurrei.

— É o que vamos ver, gatinha. — sussurrou de volta no meu ouvido, levantou-se e saiu do salão.

DESTINO RIDDLE - Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora