Capitulo 7: Tentação no Campo

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Eu não conseguia entender por que concordei em ter aulas particulares com Draco Malfoy em pleno domingo, mas lá estava eu, caminhando pelo campo de quadribol, com o sol forte no rosto e o vento suave bagunçando meus cabelos. O castelo estava estranhamente silencioso, como se todos tivessem decidido que o domingo era o dia perfeito para se perder em alguma torre esquecida de Hogwarts ou se esconder embaixo das cobertas. Mas eu? Eu tinha que passar horas sozinha com Malfoy.

— Finalmente apareceu, pessego — Malfoy me encara da arquibancada. Levei um leve susto, não tinha o visto ali.

— Não me chame assim, Malfoy, não temos nenhuma intimidade — encarei o garoto com um olhar de desgosto.

— Sabe, depois da gente ter se pegado no armário de vassouras, pensei mesmo que você fosse se tornar mais fácil — diz o garoto, se aproximando. — Vejo que não trouxe sua vassoura, como você pensa que vai aprender a voar, bruxinha?

— E eu pensei que você fosse largar do meu pé depois disso, nos dois nos enganamos — revirei os olhos. — Você me deixa tão doida que eu esqueci, agora vou ter que ir lá buscar na merda do dormitório. — Me viro e vou em direção aos dormitórios.

— Ei, pega — Malfoy joga sua linda Nimbus 2001 em minha direção.

— Uau, Malfoy confiando em mim ao ponto de emprestar sua querida vassoura? — debocho. — Você não vai me impressionar com uma vassoura, Malfoy. Mas irei aceitar, não quero buscar a minha.

— Não enche, pessego, se não pego de volta — o garoto se aproxima de mim.

— Vamos começar? — me afasto.

— Segure firme — Draco disse, seus olhos cinzentos fixos nos meus enquanto ele posicionava minhas mãos corretamente na vassoura. — E relaxa. Se você ficar tensa, vai acabar desequilibrando.

Eu tentei não rolar os olhos, mas era difícil quando ele falava com tanta autoridade, como se já soubesse que eu não conseguiria sem a ajuda dele. Mesmo assim, obedeci, ajustando minha pegada na vassoura e tentando relaxar os ombros, como ele havia dito. Mas meu coração estava batendo rápido demais para que eu conseguisse me acalmar de verdade.

— Agora, levante um pouco o corpo — ele continuou, sua voz mais próxima do que eu esperava. Draco estava ao meu lado, observando cada movimento com uma intensidade que fez minha pele formigar. — Isso. É tudo questão de equilíbrio, Isa. Confie na vassoura.

Levantei o corpo, e a vassoura subiu, mas não em uma velocidade padrão. Subiu extremamente rápido, fazendo com que eu me agarrasse com força nela, até que ela desceu rápido, me arrastando no gramado do campo.

— Eu tô bem! — digo tentando acalmar o garoto que agora estava correndo atrás de mim preocupado. — Vamos de novo. — Me levantei e tentei novamente. Eu já havia perdido a conta de quantas vezes tentei. A vassoura parecia ter vontade própria e, para ser honesta, eu não sabia se o problema era a Nimbus 2001 que eu estava usando ou se era eu mesma. Malfoy estava começando a perder a paciência, e eu sentia o calor da frustração subir pelo meu rosto.

— Você está forçando demais, Isabel — ele repetiu pela terceira vez, seu tom agora mais impaciente. — Você precisa relaxar. Assim, nunca vai conseguir.

— Eu estou tentando — respondi, mais para mim mesma do que para ele. A verdade era que a ideia de falhar na frente dele estava me consumindo por dentro.

Draco me observava em silêncio enquanto eu fazia mais uma tentativa. Senti o vento contra o rosto quando a vassoura subiu alguns metros no ar, mas logo ela começou a se desestabilizar, e antes que eu pudesse reagir, estava de volta ao chão com um baque frustrante.

DESTINO RIDDLE - Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora