Capitulo 17: Entre o céu e a queda

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As últimas duas semanas passaram como um borrão de aulas, provas e treinos, com pouco tempo para respirar. Hoje, finalmente, é o dia mais esperado: o jogo de Quadribol entre Sonserina e Lufa-Lufa. A pressão está alta, especialmente porque eu preciso ganhar esse jogo. Só há um problema: o Malfoy.

E também Flint. Ele praticamente se recusou a me deixar jogar. Tive que ouvir dias de insinuações e cantadas disfarçadas, e por eu ter deixado claro que não estava interessada, ele agora faz de tudo para me deixar de fora. "Você não é boa o bastante, Isabel", ele disse. Mas a verdade é que eu sou. Melhor que muitos no time, inclusive.

Ainda bem que eu conheço o Malfoy.

Agora, estou em frente ao dormitório dele. Dou três batidas na porta, e ouço o som de passos lentos do outro lado. Quando Draco abre a porta, um sorriso irritantemente preguiçoso surge em seus lábios.

— Você aqui, Isa? E ainda antes do jogo? — Ele diz, com uma expressão de falsa surpresa.

Reviro os olhos, entrando no quarto sem ser convidada.

— A gente precisa conversar — digo, sem rodeios.

Draco me observa, encostado na porta que ele acaba de fechar. O quarto dele, diferente do meu, é espaçoso, arrumado e... solitário. Ele não divide o espaço com ninguém, um privilégio que provavelmente só ele tem na Sonserina. Malfoy se joga na cama, os olhos em mim com aquele olhar típico de quem sabe que tem a vantagem.

— Fala logo, então — Ele diz, me olhando com um sorriso convencido. — Sobre o quê? Quer dicas de como pegar o pomo?

Reviro os olhos, já irritada.

— Flint não quer me deixar jogar como apanhadora — disparo, cruzando os braços. — Só porque eu não dei bola pras cantadas idiotas dele.

Draco arqueia uma sobrancelha, claramente surpreso com minha sinceridade.

— Ah, então é por isso que você veio aqui? Vai pedir ajuda pro "odiado" Malfoy agora? — Ele provoca, um sorriso se formando em seus lábios.

Respiro fundo, tentando manter a calma.

— Quero jogar no seu lugar hoje, Draco. Você não está nem treinando direito.

Ele solta uma risada alta e debochada.

— E por que, exatamente, eu deixaria isso acontecer? — Ele pergunta, inclinando-se um pouco para frente, claramente interessado no que eu tenho a dizer.

Cruzo os braços e o encaro.

— Porque eu sou melhor do que você. E você sabe disso. — Minha voz sai firme.

Draco levanta as sobrancelhas, mas o sorriso permanece.

— Melhor que eu? Isso é o que vamos ver. — Ele se levanta da cama, andando até mim. — Mas, se por algum motivo, eu deixar você jogar no meu lugar... o que eu ganho com isso?

— O que você quer? — Pergunto, já exasperada.

Ele se aproxima, olhando para mim com um olhar provocativo.

— Ah, Isa... você sabe como as coisas funcionam. Nada é de graça. — Ele sorri, claramente se divertindo com a situação. — Vamos fazer assim: você joga no meu lugar, mas depois... vai me dever um favor.

— Um favor? — Eu pergunto, desconfiada. — Que tipo de favor?

— Ainda não sei — ele responde, recuando com um sorriso malicioso. — Mas quando eu souber, você vai ser a primeira a saber.

Eu o encaro, cruzando os braços. Não gosto da ideia de dever qualquer coisa para Malfoy, mas não posso deixar essa oportunidade escapar.

— Fechado — respondo, com relutância.

DESTINO RIDDLE - Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora