Capitulo 19: Sob a Influência da Amortentia

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Era quinta-feira, e a manhã já não havia começado bem. O sol mal tinha despontado no céu quando percebi que estava atrasada. Meu uniforme estava desajeitado, e o cabelo, uma bagunça total. Tentei ajeitar as vestes enquanto corria pelos corredores de Hogwarts, mas era inútil. O peso do tempo perdido pesava em meus ombros, e o som das botas ecoando no chão de pedra só aumentava minha ansiedade.

A aula de Poções já havia começado, e Snape não era exatamente conhecido por sua paciência. Quando finalmente cheguei à porta da masmorra, parei por um segundo, tentando controlar a respiração. Com certeza, Snape não deixaria de fazer algum comentário mordaz sobre meu atraso.

Respirei fundo e empurrei a porta...

— Desculpa o atraso, professor! — falei rapidamente, ofegante, enquanto me postava na entrada da sala de Poções.

Snape levantou o olhar, os olhos escuros brilhando com um leve toque de sarcasmo.

— Estava sentindo sua falta, senhorita Riddle. Acomode-se em algum lugar para começarmos a aula. — Ele disse, o tom de voz frio, mas com aquele inconfundível toque de ironia.

Assenti com a cabeça e procurei um lugar. O único disponível era ao lado de Draco Malfoy. Pansy estava sentada com Blaise, enquanto Theo tinha se acomodado ao lado de Matteo. Sem outra escolha, fui até o lugar vago e me sentei ao lado de Malfoy, sem sequer olhá-lo, focando minha atenção no que Snape estava prestes a ensinar.

— Dormiu comigo? — a voz de Draco sussurrou ao meu lado, seu tom carregado de sarcasmo.

Revirei os olhos sem sequer virar para ele.

— Graças a Deus, não. — murmurei, mantendo os olhos à frente, fingindo total indiferença.

Ele soltou uma risada baixa, claramente divertido pela minha reação.

— Então, cadê o meu bom dia? — insistiu ele, com aquele sorrisinho arrogante que eu tanto odiava.

Me virei lentamente para encará-lo, o olhar gélido.

— No inferno. Por que não vai lá buscar? — retruquei, mantendo a voz baixa para evitar a atenção de Snape.

Draco arqueou uma sobrancelha, claramente não se intimidando.

— É um convite pra conhecer seu dormitório, amor? — provocou ele, os lábios se curvando em um sorriso malicioso.

Cruzei os braços, me recusando a entrar no jogo dele, mas não resisti a responder.

— Energias negativas não conseguem passar pela porta. — rebati, virando o rosto de volta para o professor, tentando cortar a conversa.

Mas, claro, Draco não sabia quando parar.

— E como você faz? Pula a janela? — ele respondeu, com um sorriso irônico.

Soltei um suspiro, decidida a ignorá-lo de uma vez por todas, embora uma parte de mim quisesse rir.

— Hoje vocês irão descobrir qual é o cheiro da Amortentia de vocês, — a voz de Snape cortou o silêncio da sala, seus olhos varrendo cada aluno. Quando pousaram sobre mim, ele sorriu levemente, como se tivesse uma ideia interessante. — Já que chegou atrasada, senhorita Riddle, que tal ser a primeira hoje?

Engoli em seco, mas não deixei transparecer. Levantei-me, mantendo a expressão firme.

— Claro. — Fui até o caldeirão no centro da sala, sentindo o olhar curioso dos outros alunos sobre mim.

Snape me observava com atenção, esperando minha reação.

— Agora, qual cheiro está sentindo, senhorita? — Ele perguntou, o tom levemente provocativo.

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⏰ Última atualização: 3 days ago ⏰

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