Capítulo 12: Silêncios Que Falam

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O Salão Principal estava barulhento como sempre, com o som de conversas animadas e risos ecoando pelas paredes de pedra. Eu e Pansy entramos, conversando sobre as provas que se aproximavam, quando avistamos a mesa da Sonserina. Blaise, Theo, Matteo e Draco já estavam lá, rindo de algo que Theo acabou de dizer.

Draco levantou os olhos ao ver Pansy e eu nos Aproximando. Meu coração deu um salto involuntário, mas ele rapidamente disfarçou com um sorriso despreocupado. Queria manter as coisas leves, como se nada tivesse acontecido. Como se a última semana, cheia de tensão e silêncios, não tivesse deixado um abismo entre nós.

— bom dia, meninos! — disse de forma animada, pois, fazia tempo que não sentávamos todos juntos.

— Bom dia, Isabel — Draco disse, tentando soar casual, enquanto eu me sentava ao lado de Pansy, de frente para ele.

Eu lancei um olhar rápido para ele, uma expressão ilegível em meu rosto, antes de olhar para o prato à minha frente. — Bom dia — respondi simplesmente, sem emoção. Minha voz era neutra, sem nenhum traço de ironia ou raiva.

Draco tentou não mostrar sua frustração. Não era assim que ele esperava que a conversa fosse. Tentou novamente, inclinando-se ligeiramente para frente. — Como foram seus estudos para as provas? Ouvi dizer que a prova de Poções será uma das mais difíceis.

Mantenho os olhos no prato, movendo a comida de um lado para o outro com o garfo. — Foram produtivos — digo, sem dar muitos detalhes. A cada palavra que ele dizia, eu mantinha minhas respostas curtas e educadas, mas distantes. Era como se eu estivesse presente fisicamente, mas completamente ausente em espírito.

A tensão na mesa era palpável. Theo e Matteo trocaram olhares, percebendo a barreira invisível entre nós. Blaise olhou discretamente para Draco, levantando uma sobrancelha, como se perguntasse silenciosamente o que ele pretendia fazer para melhorar a situação.

Draco se remexeu no assento, tentando encontrar uma maneira de quebrar o gelo. — Sabe, pessoal — ele começou, tentando soar despreocupado. — Faz um tempo que a gente não faz nada juntos, com as provas e tudo mais. O que acham de darmos uma volta em Hogsmeade esse final de semana ?

Blaise assentiu rapidamente, tentando aliviar a tensão. — Parece uma boa ideia. Faz tempo que a gente não tira um tempo só pra se divertir.

— Eu topo — disse Theo, com um sorriso despreocupado. — A gente podia até dar uma passada no Três Vassouras e pegar uma cerveja amanteigada antes de fazer o resto do passeio, como sempre.

Matteo acenou com a cabeça. — É, faz tempo que não damos uma pausa. Vai ser bom. O que você acha, Isa?

Draco olhou para mim, esperando minha resposta. Havia um brilho de expectativa em seus olhos, como se ele acreditasse que essa fosse a chance de finalmente quebrar a barreira entre nós.

Ergo os olhos, encontrando o olhar de Draco por um breve momento antes de desviar. — Acho que vou passar. Tenho outras coisas para fazer — respondo, minha voz firme e neutra.

A resposta pairou no ar como uma nuvem pesada. Todos na mesa perceberam o significado oculto em minhas palavras. Eu não queria passar tempo com eles, ou melhor, não queria passar tempo com Draco.

Draco sentiu um nó se formar em sua garganta, mas forçou um sorriso, tentando esconder o desconforto. — Entendo. Se mudar de ideia, sabe onde nos encontrar.

Dou de ombros, voltando minha atenção para Pansy, que observava a troca com uma expressão indecifrável. A conversa na mesa continuou, mas a tensão permanecia, como uma sombra persistente.

DESTINO RIDDLE - Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora