Capitulo 18: Revelações e Reconciliações

27 2 0
                                    


Eu estava deitada na cama da enfermaria, o braço já quase totalmente curado pela magia, mas ainda um pouco dolorido. O silêncio no local era perturbador, e meus pensamentos não paravam de correr, repassando os acontecimentos do jogo. A lembrança da Astoria zombando de mim após a queda me fazia apertar os dentes de raiva.

De repente, o som de passos chamou minha atenção. Olhei para a porta e, para minha surpresa, Gina Weasley e Daphne Greengrass estavam paradas ali. Nunca havíamos conversado antes, então não pude deixar de me perguntar o que as trouxe até aqui.

— Oi — Gina falou primeiro, com um sorriso hesitante. — Nós... viemos ver como você está.

Daphne entrou logo atrás dela, com aquele jeito altivo de sempre, braços cruzados e expressão impassível. Mas havia algo diferente em seus olhos hoje, algo que me deixou alerta.

— Aposto que você não esperava que eu viesse, né? — Daphne falou com a voz firme, mas sem hostilidade. — Preciso admitir, você foi corajosa lá fora. Astoria exagerou.

Franzi o cenho, surpresa. Ela era irmã da Astoria, afinal. Não fazia sentido que estivesse aqui falando sobre o que aconteceu de forma tão aberta. Eu não sabia como responder, então apenas a encarei, tentando entender suas intenções.

— Não sou cega ao que a minha irmã faz — Daphne continuou, percebendo a minha dúvida. — Não estamos exatamente em bons termos ultimamente.

Antes que eu pudesse dizer algo, Gina já estava ao meu lado, sentada na beira da cama.

— Aquele jogo foi brutal — ela comentou, seus olhos brilhando com empatia. — Você estava indo tão bem... até, bem, até aquilo acontecer. — Gina me olhou com um sorriso encorajador. — Mas você não vai deixar isso te derrubar, certo? Sei que vai voltar a jogar ainda melhor.

Eu me peguei sorrindo de volta, algo raro ultimamente. Era estranho. Nunca havia imaginado que teria a atenção de Gina Weasley, muito menos de Daphne Greengrass. Mas ali estavam elas, genuinamente preocupadas. Uma parte de mim se sentiu aliviada por não estar sozinha.

— Obrigada — murmurei, sentindo um calor inesperado no peito.

Ficamos conversando pelo resto da manhã, trocando histórias, risadas e, de maneira inesperada, nos aproximamos bastante. Daphne até fez alguns comentários sarcásticos sobre a irmã que me arrancaram gargalhadas. E Gina... bem, Gina era divertida e honesta, alguém com quem eu sabia que poderia contar.

Mais tarde naquele dia, enquanto eu conversava animadamente com Gina e Daphne, Theo Nott entrou na enfermaria. As meninas estavam rindo de algo que eu tinha dito, mas quando perceberam Theo, seus sorrisos se apagaram um pouco.

— Theo — eu o saudei com um aceno de cabeça. — O que você está fazendo aqui?

— Oi, dorminhoca. Só queria ver como você estava — respondeu Theo, caminhando até o meu lado com um olhar atento.

Gina e Daphne se entreolharam e, percebendo que era um momento mais pessoal, começaram a se levantar.

— Bom, nós já vamos indo. — Daphne disse, com um sorriso gentil. — Esperamos que você se recupere logo, Isabel.

— Sim, espero que você se sinta melhor — completou Gina, antes de seguir Daphne para fora da enfermaria.

As duas deixaram o quarto, deixando Theo e eu sozinhos. Ele se sentou na cadeira ao lado da minha cama, e o silêncio confortável se instalou entre nós. Ele parecia mais relaxado, como se estivesse aliviado por ver que eu estava melhor.

— Então, como está indo sua manhã? — ele perguntou, tentando puxar conversa.

— Está ótimo — respondi, dando uma mordida em uma das fatias de pão. — E o seu treino? Como estão as coisas com o time?

DESTINO RIDDLE - Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora