Capítulo 24 - A VERDADE POR TRÁS DA ESPADA DA BORBOLETA

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Arena de Combate

A luta entre Tatsumaki e Shinobu estava cada vez mais feroz. O campo de batalha era um verdadeiro caos, com destroços espalhados e energia psíquica e veneno no ar.

Shinobu, determinada, continuava a atacar Tatsumaki.

"Vou te mostrar o verdadeiro significado do poder da minha espada" - dizia Shinobu com uma intensidade assustadora.

"PARE DE FALAR DESSA SUA ESPADA!" - gritava Tatsumaki, irritada.

"Não posso. Minha espada é o único sentido da minha existência" - respondeu Shinobu com um olhar paralisado.

Flashback: Passado de Shinobu

Shinobu sempre se lembrava de quando ela e sua irmã, Kanae, compartilhavam risadas e sonhos sob o céu estrelado. A vida, antes da tragédia, era simples e cheia de amor. Elas viviam em uma pequena vila, cercadas por campos floridos, e seus dias eram repletos de felicidade. Kanae, com sua natureza gentil e sorriso sereno, era tudo para Shinobu. E então, tudo foi destruído em uma única noite.

Uma noite escura e silenciosa

Shinobu e Kanae estavam voltando para casa quando o demônio apareceu, feroz e impiedoso. O que se seguiu foi um caos de gritos, sangue e desespero. Kanae lutou para proteger Shinobu, mas, no final, foi morta pelo monstro diante de seus olhos. Shinobu, paralisada pela dor e pela impotência, só conseguiu assistir enquanto a luz desaparecia dos olhos de sua irmã.

"Shinobu... Por favor, continue a sorrir... Mesmo no meio da escuridão" - falava Kanae em seus últimos momentos, com um sorriso suave.

Essas palavras ficaram gravadas na alma de Shinobu, um eco constante que a perseguiu por anos. Após a morte de Kanae, algo dentro dela se quebrou. O sorriso doce que antes adornava seu rosto agora era uma máscara fria, escondendo o ódio profundo que ela nutria pelos demônios.

Determinada a vingar sua irmã e a garantir que ninguém mais sofresse a mesma dor, Shinobu se juntou ao Esquadrão de Caçadores de Demônios. Ela treinou incessantemente, canalizando sua raiva e tristeza para se tornar uma das melhores. Contudo, ao contrário dos outros caçadores, Shinobu não tinha a força física necessária para decapitar demônios. Então, ela usou sua inteligência e criou sua própria técnica: a *Lâmina da Borboleta Envenenada*, que envenenava seus inimigos lentamente, uma homenagem à leveza e graça que Kanae representava.

"Não importa quão fraca eu seja fisicamente. Vou transformar essa fraqueza em força. Cada demônio que cair por minha lâmina será um tributo à Kanae" - dizia Shinobu falando para si mesma durante o treinamento, com os olhos determinados.

Ao longo de sua jornada, Giyu Tomioka, o Pilar da Água, tornou-se uma figura importante em sua vida. Embora suas interações fossem marcadas por uma rivalidade velada, havia um respeito mútuo entre eles. Giyu, com sua natureza fria e reservada, sempre foi um enigma para Shinobu, e isso a irritava profundamente.

"Você sempre tem essa cara séria, Giyu-san. Será que algum dia vai sorrir de verdade?" - dizia Shinobu provocando Giyu, com um sorriso irônico.

No entanto, havia algo na maneira como Giyu lidava com seus próprios demônios internos que inspirava Shinobu. Ele era implacável, mas justo, e isso a fez questionar o verdadeiro significado de sua própria luta. Seria vingança o suficiente? Ou havia algo mais que ela deveria buscar?

Mas, no fundo, a verdade que Shinobu nunca admitia, nem para si mesma, era que a vingança nunca traria Kanae de volta. Cada demônio que ela matava, cada golpe que desferia, a levava mais fundo em sua própria escuridão. A lembrança do sorriso gentil de sua irmã a assombrava, contrastando com a crueldade que agora definia sua missão.

"Será que algum dia encontrarei paz, Kanae? Ou estou condenada a viver com essa raiva para sempre?" - dizia Shinobu sozinha, olhando para o céu.

Esses pensamentos pesavam cada vez mais em sua mente. A luta constante, a sede de vingança, começavam a corroer a parte de Shinobu que Kanae tanto amava. Ela temia que, no final, não restaria nada além de escuridão dentro dela. Mesmo cercada por seus companheiros caçadores, Shinobu se sentia solitária em sua dor.

A busca por vingança pela morte de Kanae a movia, mas ao mesmo tempo, estava lentamente consumindo a leveza que sua irmã sempre tentou preservar nela.

Casa de Shinobu

Shinobu estava deitada em sua cama, pensativa sobre o caminho que havia trilhado até então.

"Será que estou fazendo o certo? Para falar a verdade, eu queria que minha irmã estivesse aqui comigo" - dizia Shinobu, com um semblante cansado.

"Espada... espada... espada... espada..." - De repente, Shinobu começou a repetir a mesma palavra várias vezes, como se estivesse presa em um ciclo.

"Parando para pensar, a espada foi minha única e verdadeira amiga" - falava Shinobu, pensativa.


"Olá, como vai?" - A bruxa apareceu de repente, olhando diretamente nos olhos de Shinobu.

Shinobu se levantou assustada e imediatamente sacou sua espada.

"Quem é você?" - perguntava Shinobu, defensiva.

"Uau, essa espada é muito legal" - dizia a bruxa, ignorando a pergunta.

"Eu perguntei quem é você" - repetiu Shinobu, firme.

"Bom, garota, eu não tenho nome. Só me chame de bruxa mesmo. Eu estou aqui para te convidar" - dizia a bruxa com um sorriso enigmático.

"Convidar?" - Shinobu falava, confusa.

"Sim. Haverá um torneio entre seres de outros universos onde, no final, a vencedora pode fazer um pedido. Qualquer desejo será realizado" - explicava a bruxa.

"Qualquer desejo?" - Shinobu perguntava, intrigada.

"Sim, qualquer desejo. Você tem algum desejo?" - perguntava a bruxa, com os olhos fixos em Shinobu.

"Sim. Eu quero salvar minha irmã" - respondia Shinobu com um olhar sério e determinado.

A bruxa mostrava um grande sorriso.

"Então participe do torneio. Se vencer, seu desejo será realizado" - dizia a bruxa.

E naquele momento, a borboleta aceitou o convite da bruxa.

Voltando para a Arena

Tatsumaki, vendo a mudança em Shinobu, lançou um poderoso ataque psíquico, tentando esmagar sua oponente com força telecinética.

Mas Shinobu, movida por suas memórias e seu desejo, esquivou-se com agilidade renovada.

"Você nunca entenderá o que minha espada significa para mim" - disse Shinobu, avançando com uma série de golpes rápidos, sua lâmina brilhando com energia venenosa.

Tatsumaki, com seus poderes amplificados, levantou barreiras psíquicas, desviou dos ataques e contra-atacou com rajadas mentais.

A batalha estava em um impasse, com ambas as lutadoras mostrando suas habilidades excepcionais.

O público estava à beira de seus assentos, a tensão era palpável. Shinobu, com sua velocidade e agilidade aumentadas, e Tatsumaki, com sua telecinese aprimorada, pareciam igualmente poderosas.

FIM DO CAPÍTULO

Guerreiras Supremas: O Torneio das LendasOnde histórias criam vida. Descubra agora