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Um ruído sem fim apenas existia dentro dela, um ritmo descompassado que fazia toda sua pele vibrar de uma forma desconfortável. Então, percebeu sua respiração ofegante, esquecendo-se de como respirar de forma automática.
Estava lá novamente, em frente a porta daquela casa desejando que alguém a abrisse. Quanto tempo já fez desde a primeira batida na porta? Olhava para o relógio, inquietantemente, os segundos se arrastando em longos minutos, somente deixando mais claro como não havia ninguém ali.
Pronta para ir embora da casa mal assombrada completamente selada para visitas, Pippa deu as costas para a porta enquanto a decepção ardia em seu peito. Alguns passos de distância da entrada, ouviu cliques logo atrás dela, virando-se novamente e encontrando um garoto moreno.
Seus fios estavam bagunçados, era ainda mais parecido com Sal, o que só pareceu surpreender ainda mais Pip.
──── Oi! - Ela voltou a se aproximar. ──── Desculpa… Sua irmã disse para eu voltar na sexta, e hoje é sexta.
──── Ah, sim, ela disse… - Ravi diz, coçando a nuca. ──── Mas…
Algo o interrompe, uma segunda presença abrindo mais a porta e aparecendo logo ao lado de seu irmão, desviando do braço do garoto, o qual segurava a porta.
──── Você realmente veio! - Comentou Cairo, os olhos correndo por todo o rosto da garota em sua frente. ──── Sinceramente, achei que só estivesse brincando com a nossa cara e que usei todas as minhas habilidades de insistência em vão. Tipo, sei que insistiu nisso duas vezes, bateu na porta da minha casa e depois nos perseguiu no ônibus, mas… Talvez só estivesse muito empenhada nessa pegadinha.
──── Sério, foi torturante ouvir seu nome durante a semana toda - Confirmou Ravi.
──── Sinto muito? - Pip se esforçou para não soar magoada. ──── Não estou brincando, eu prometo.
