Capítulo 4: Ângulo de Lázaro

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Acordei cedo naquele dia, com o sol já iluminando o quarto e prometendo mais um dia típico de trabalho. Mas, ao invés de me preparar como de costume, algo diferente tomou conta de mim. Desde a noite anterior, um pensamento insistente não saía da minha cabeça: Rogério. Não conseguia entender por que ele estava tão presente nos meus pensamentos, mas sabia que precisava fazer algo a respeito.

Peguei o celular e comecei a navegar pelas redes sociais, decidido a encontrar o perfil dele. Surpreendentemente, o processo foi mais rápido do que imaginei. Quando finalmente encontrei o perfil de Rogério, fui tomado por uma mistura de excitação e inquietação. Não planejava passar tanto tempo nisso, mas as fotos... elas me hipnotizaram.

Cada imagem parecia contar um pouco da história de Rogério, mas foi uma foto específica que capturou toda a minha atenção. Ele estava na praia, sem camisa, com o peitoral peludo brilhando ao sol, gotas d'água escorrendo pelo corpo. Aquela imagem me atingiu de uma forma que eu não esperava.

Senti um calor crescente tomando conta de mim enquanto observava a foto. Antes que eu percebesse, meus dedos começaram a se mover, deslizando lentamente pelo meu pênis. Era como se eu estivesse em transe, explorando cada centímetro com uma atenção cuidadosa, quase reverente. O desejo crescia a cada segundo, e quanto mais eu olhava para a foto de Rogério, mais difícil ficava conter a excitação. O clímax veio rápido e intenso, enquanto meus olhos permaneciam fixos naquela figura imponente e viril.

Depois do ato, deitei-me de volta no travesseiro, tomado por um sentimento de confusão e autoquestionamento. “Por que esse homem me atrai tanto?” pensei comigo mesmo. “Eu não sou gay. Nunca me senti assim antes.”

Aquele desejo me deixava inquieto, me fazia questionar quem eu era. Sempre tive uma visão clara de mim mesmo e segui as normas que acreditava serem corretas. Agora, tudo parecia fora do lugar. O descompasso entre a imagem que tinha de mim mesmo e o que estava sentindo era perturbador.

Fiquei ali, olhando para o teto, enquanto minha mente vagava entre a lógica e o desejo. Tentava compreender a natureza desse novo sentimento, mas as respostas não vinham. “Será que estou apenas em busca de algo que não consigo identificar? Ou é algo mais profundo que eu preciso explorar?”

A única coisa clara naquele momento era a confusão. Minha mente estava cheia de dúvidas, e uma curiosidade crescente sobre a complexidade dos meus próprios sentimentos me consumia. Eu sabia que precisaria lidar com isso, mas não tinha a menor ideia de como.

Sabia que precisaria de tempo para processar tudo o que estava sentindo, mas, por ora, decidi focar na noite planejada com Rogério. O que eu não sabia era que essa decisão talvez fosse um ponto de virada na minha compreensão sobre mim mesmo.

No dia seguinte, no canteiro de obras, tentei concentrar-me nas tarefas, mas minha mente continuava presa àquela imagem de Rogério que havia visto na noite anterior. O trabalho era extenuante, o calor estava insuportável, e eu estava suando tanto quanto ele.

De repente, Rogério pareceu não aguentar mais o calor e, com um gesto decidido, tirou a camiseta. Foi um movimento quase teatral, e de repente seu corpo nu surgiu diante de mim. Ele tinha cabelos e barba grisalha e com aqueles olhos azuis penetrantes. O peitoral, coberto por uma pelagem espessa e natural, agora estava exposto ao sol.

Eu observei cada detalhe, quase incapaz de controlar a intensidade do meu olhar. Os mamilos rosados de Rogério, com tons avermelhados, contrastavam com a pele bronzeada pelo sol. Seu corpo era magro, com leve músculos devidos a marcas de trabalho pesado, mas, para mim, havia algo irresistivelmente atraente ali seu peitoral era peludo com alguns fios grisalhos e mamilos avermelhados e pontiagudos que me chamavam atenção. Não conseguia evitar a sensação de que Rogério era, de alguma forma, "saboroso".

Desconstrução (Thriller Gay Erótico)Onde histórias criam vida. Descubra agora