Mais um dia de trabalho começava e eu sentia o desânimo tomar conta. Os novos colegas de trabalho pareciam trazer uma energia muito diferente, tornando as horas no canteiro um verdadeiro marasmo. Quando cheguei, tentei começar o dia com um pouco de positividade. “Bom dia a todos,” falei, tentando parecer animado.
“Bom dia,” responderam em uníssono, sem muito entusiasmo. Lázaro, por outro lado, respondeu com um tom desanimado, claramente sentindo a falta da camaradagem que antes compartilhávamos.
Jesus, um dos novos colegas, estava ajudando e parecia interessado em me conhecer melhor. “E aí, Rogério, qual é a boa?” perguntou ele, tentando puxar assunto.
Dei de ombros e respondi: “Nenhuma, só trabalho e casa, como sempre.”
Jesus, não se dando por vencido, encostou a mão no meu ombro. “Você precisa relaxar mais.”
Lázaro, ao longe, lançou um olhar provocador, e eu percebi claramente o ciúmes em seu olhar.
Jesus continuou tentando engajar a conversa de uma forma mais pessoal. “Eu sou meio hippie, sabe? Curto artesanato, acampar, fazer trilhas…”
“Interessante,” respondi. “Nunca tive muito tempo para isso.”
“Podíamos marcar uma trilha,” sugeriu Jesus. “Tem uma que leva a uma praia deserta linda.”
Eu parecia me interessar, mas logo lembrei das minhas responsabilidades e compromissos. “Pode ser, mas vai ser difícil eu largar minha família.”
“Tudo bem,” disse Jesus, recuando um pouco. “Podemos fazer outra coisa, tipo beber umas cervejas qualquer dia desses?”
Rogério sorriu. "Umas cervejas eu não posso negar. Vamos marcar isso."
"Que tal depois do expediente?" sugeriu Jesus.
"Infelizmente, hoje não vai dar. Por que não chama os outros?" respondi, tentando evitar qualquer compromisso imediato.
Jesus inclinou-se mais perto e baixou a voz. "É que estou curioso em conhecer você melhor. Você me parece muito quieto na sua. Achei que poderia ser uma boa ideia. Os outros caras são um pouco... sem noção, você sabe."
Olhei de relance para Lázaro, que estava ouvindo a conversa de longe e parecia claramente desconfortável. “Entendi. Vamos ver um dia desses, então,” falei, tentando disfarçar a tensão.
Enquanto estava terminando uma tarefa, meu celular vibrou discretamente no bolso. Olhei para a tela e vi a mensagem de Lázaro: *Me encontre no banheiro.* Olhei ao redor, percebendo que o pessoal estava bem distraído, e decidi que aquele era o momento certo para me afastar e ir ao encontro de Lázaro.
Ao entrar no banheiro, encontrei Lázaro já à minha espera. "Meu Deus, Rogério, como sinto sua falta," disse ele, puxando-me para um abraço forte e cobrindo meu rosto com pequenos beijos.
Suspirei, encostando minha testa na de Lázaro. "Eu não sei o que fazer. Parece que estamos cercados e mal temos tempo pra nos encontrarmos mais..."
Lázaro, mantendo-me perto, mencionou a conversa que ouvira mais cedo. "Você tem tempo pra sair depois do expediente com ele, o Jesus? Achei que eu fosse sua prioridade," disse ele, com uma pontada de ciúme na voz.
"Jesus parece ser um cara legal," expliquei, tentando aliviar a tensão. "Ele só estava tentando me conhecer e me chamou pra beber. Achei que deveria manter as aparências, sabe? Fica meio estranho eu me isolar de todos. Daqui a pouco vai ficar suspeito."
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Desconstrução (Thriller Gay Erótico)
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