Capítulo 19: Ângulo de Rogério

51 3 0
                                    

Após aquela noite agitada entre mim, Jesus e Lázaro, acordei com uma sensação de satisfação misturada com inquietude. Algo dentro de mim sugeria que, talvez, essa dinâmica entre nós não fosse dar certo. A luz da manhã entrava suavemente no quarto, iluminando a cena de Jesus ainda abraçado a mim, os dois completamente nus, nossos corpos entrelaçados no lençol amassado.

Ao me virar para o outro lado, notei que Lázaro não estava mais na cama. Ele estava sentado em uma cadeira ao lado, com um olhar hipnotizante, quase perturbador, fixo em nós dois. Seus olhos carregavam uma mistura de admiração e algo que eu não conseguia decifrar de imediato.

“Bom dia, não conseguiu dormir?”, murmurei suavemente para não acordar Jesus.

Lázaro apenas acenou com a cabeça, em silêncio, um leve sinal negativo. Havia algo inquietante naquele olhar fixo.

Sentindo a necessidade urgente de ir ao banheiro, me levantei lentamente da cama, ainda despido. Percebi que os olhos de Lázaro seguiam cada movimento meu, observando meu corpo de cima a baixo. A admiração nos olhos dele era inegável, quase tangível no ar.

Fui até o banheiro, tomando cuidado para não fazer barulho e acordar Jesus. O alívio ao começar a urinar foi interrompido pelo som da porta se abrindo suavemente. Lázaro entrou sem dizer uma palavra, se aproximou de mim e me abraçou por trás. Tomei um pequeno susto, seu corpo nu pressionando o meu, enquanto ele deslizava as mãos pelo meu peito e murmurava ao meu ouvido.

“Você é tão gostoso”, sussurrou ele, enquanto seus lábios começavam a beijar meu pescoço, sinto seu pau duro se esfregando contra meus glúteos.

Eu terminei de urinar e me virei, tentando quebrar o clima tenso com uma brincadeira. “Calma aí, meu cú não, hein”, disse, rindo.

Lázaro riu também, mas havia algo mais profundo em seus olhos. “Eu sei, só queria te agarrar um pouquinho.”

Seguimos para a sala, e eu me joguei no sofá, ainda nu, deitando a cabeça nas pernas de Lázaro. Ele começou a me acariciar, os dedos dele deslizando pelos meus cabelos, enquanto enchia meu rosto de beijinhos. Me senti vulnerável, como uma criança recebendo carinho, e meu rosto ficou vermelho de vergonha.

“Amo seus cabelos grisalhos, acho que te deixam tão charmoso”, murmurou Lázaro, os dedos dele brincando com meus fios.

“Fiquei grisalho muito cedo, desde os 30. Acho que isso é envelhecer”, brinquei, tentando aliviar a tensão crescente.

“Que nada. Está lindo. Eu amo tudo em você… sua barba, seus lábios, esses olhos azuis cor de piscina … e esses seus pelos corporais.” Lázaro deixou suas mãos descerem para o meu peito, onde ele começou a alisar meu corpo, seus dedos explorando minha pele de forma lenta e deliberada. “Você tem um corpo maravilhoso… pelo menos pra mim…”

Enquanto ele falava, meu corpo começou a reagir. Eu senti meu pau endurecendo lentamente sob as carícias dele. Ele notou e, com uma voz sedutora, disse: “Parece que você está ficando animado”, e sua mão desceu até o meu pau, começando a me masturbar lentamente.

“Seu pau é tão gostoso… esse cabeção avermelhado me dá água na boca”, ele sussurrou, enquanto continuava o movimento com suas mãos habilidosas.

Deitado ali, enquanto Lázaro me tocava, comecei a refletir. Ele me desejava tanto, me admirava tanto. E eu? Eu era tão carente de atenção, de afeto. Nunca havia recebido esse tipo de admiração tão intensa, e aquilo mexia comigo de uma forma inesperada. Eu gemi baixinho, perdido nas sensações que Lázaro me proporcionava.

Desconstrução (Thriller Gay Erótico)Onde histórias criam vida. Descubra agora