Cortejo

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Wangji estava parado em frente a enorme janela da sala de visitas, o livro gasto que tentava sem sucesso ler estava depositado sobre a poltrona

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Wangji estava parado em frente a enorme janela da sala de visitas, o livro gasto que tentava sem sucesso ler estava depositado sobre a poltrona. A chuva estava batendo na vidraça e parecia noite em pleno dia.

Estava preocupado com a mãe e sua dama de companhia a caminho de Londres, com a certeza de que Evelyn se casaria ainda nesta temporada, perderia seu atual viscondado. O ômega já havia feito os arranjos para trazer a mãe, que também o ajudaria em relação ao filho em sua ausência ao acompanhar Evelyn aos bailes e eventos. E, após esses acontecimentos, pretendia contar com o favor de Evelyn e seu marido para se instalar nesta casa, conferindo-lhe a privacidade de ter sua própria família sem Wangji como agregado.

A Wangji restaria um título do qual ele nem considerava como sendo seu, ainda que tivesse se casado com o visconde e lhe desse esse direito, seria apenas um penduricalho na frente de seu nome. O visconde viúvo de Landen. Ninguém realmente sabia ou se importava com seu nome a menos que estivesse envolvido em algo de que merecesse atenção. O casamento o fez pertencer ao visconde, exatamente como uma propriedade, ou um cavalo que se compra.

Wangji nunca aderiu ao sobrenome do marido, incomum, mas o visconde não se importou ou obrigou-lhe a isso. Ainda assim, a sociedade e seus costumes o faziam, por certo, um Landen. Ele não se importava em corrigi-los, isso seria desgastante e surgiriam perguntas das quais não estava disposto a responder. Talvez a exceção estive a uma única pessoa, um alfa em específico.

Seu círculo de amizades também não era tão vasto, passou a vida recluso ao campo. Os conhecidos de Londres em sua estada anos atrás eram apenas isso, conhecidos. Ficava muito com a tia, devido às oscilações de saúde e West — seu bom amigo — sempre vinha visitá-lo, ocasionalmente visitava as ômegas Landen e conjunto aos poucos bailes que participou ao debutar, concluíam sua quase inexistente interação na sociedade.

Dessa vez, teria que se esforçar para que Evelyn fosse vista e inserida adequadamente na sociedade, embora a moça tímida dissesse que não queria tanta atenção. Evelyn sempre foi mais um botão de rosa se recusando a abrir, enquanto a irmã era uma bela flor que gostava de exibir suas pétalas ao passo que tinha espinhos para os mais espertinhos. Wangji sorriu, sua enteada certamente seria alvo de atenção, era bela e brilhante como o sol e, em um lugar como Londres, onde o astro é pouco visto, ela se destacaria na multidão de ômegas debutantes sem qualquer esforço. Se orgulhava dela e a protegeria como uma filha.

O som do piano se fez ouvir no andar de cima, provavelmente ela estava praticando, a ômega fazia com exímio todas as coisas, embora, fosse muito insegura de suas habilidades. Wangji se lamentava de que isso tinha um pouco da influência do pai dela, ela se dedicava e animadamente tentava mostrar a ele sua evolução e progresso, mas o visconde simplesmente não lhe dava atenção.

O Duque MarcadoOnde histórias criam vida. Descubra agora