O duque de Weinfield, Wuxian, não se dá bem com o visconde Wangji. A história deles é antiga, mas Wuxian nunca o perdoou pelo passado. Wangji o enganou e o deixou na cama com um lenço de lembrança, parece uma história comum, isso se o que se sentiu...
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Wangji estava nervoso, frustrado, furioso e a ponto ter uma apoplexia. Durante dois dias só conseguia refletir por que era sempre ele esperando por algo acontecer? O que de mal ele fizera a Deus?
O alfa pediu que ele não o importunasse. Bem, foi o que fez. Não apareceu para cumprimentá-lo, quando veio ver o filho e na outra ocasião preferiu ir à casa de lorde Huaisang, que já o havia convidado para um chá. Um chá normal, sem franguinhas e livrinhos com imoralidades. Era bom ter amigos influentes, e nesse caso, o visconde ômega Wen estava no topo desta lista.
Wangji não iria mais se acovardar e sempre parecer um coitadinho, a tia já lhe falara mais de uma vez sobre isso e sempre levantava seu queixo com as mãos amorosas. O ômega era forte, independente, apesar do que pudesse parecer. Ele passou por muitas coisas, tinha motivo para acreditar que podia enfrentar qualquer coisa de cabeça erguida, se ele errou, foi por tentar sobreviver e querer uma vida segura para o filho e Evelyn. Isso, jamais, deveria ser motivo para se envergonhar e se sentir inferior. Há atitudes piores na vida.
No dia tão aguardado dos fogos, Wuxian apareceu em sua casa pela manhã, na companhia de West, ele sempre levava um dos irmãos, isso passava a confiabilidade adequada de uma visita. Contudo, naquele dia, Wangji não ficaria para ter mais silêncio. O duque fazia um ótimo trabalho com o filhote deles, no início era compreensível, mas já era o momento de parar de deixá-lo para depois. O alfa, provavelmente, não tinha mesmo coração. Ou, pelo menos, Wangji se dava conta da rejeição que sentiu.
O ômega estava irritado, arrumou-se um pouco mais que de costume, prendeu os cabelos com a presilha dada pelo alfa, usou uma camisa de tecido transparente com manga ¾ por cima do corpete bordado que evidenciava muito bem suas curvas. Encontrou as visitas na saída, cumprimentou-os rapidamente e subiu na carruagem alugada que já o esperava. Na privacidade do veículo voltou a respirar, seu coração pulava como um louco, o alfa o olhou profunda e indecifravelmente. Wangji gostava de ser admirado por ele, sempre gostou. Acima de tudo, amava ser desejado.
Quando a carruagem parou na frente da casa de repouso onde a mãe estava, Wangji estava mais calmo e a pele menos arrepiada. Lady Lancelot não compareceu ao casamento de Evelyn, elas não tinham exatamente uma proximidade, mas obviamente que fora convidada. Desde que Wangji a deixou ali a contragosto da mãe, recebia recados incessantes do quanto era maltratada, o ômega não acreditava, a instituição era uma das melhores. Wangji achava que ela estava sendo apenas ranzinza por não querer ficar lá e estar chateada com a frieza dele para suas alegações infundadas.
Prova disso é que tomaram chá no jardim, o dia estava ótimo, fresco e ensolarado. A mãe parecia bem, embora Wangji soubesse que definhava a cada dia, ela tinha muitas dificuldades em decorrência de lhe faltar alguns órgãos. Wangji acreditava em castigo divino e muitas vezes se pegou pensando se a mãe estava pagando seus pecados, ainda que sempre a achasse submissa e cumpridora da moral.
