O duque de Weinfield, Wuxian, não se dá bem com o visconde Wangji. A história deles é antiga, mas Wuxian nunca o perdoou pelo passado. Wangji o enganou e o deixou na cama com um lenço de lembrança, parece uma história comum, isso se o que se sentiu...
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Wuxian sabia que não deveria sair a galope tendo um ferimento grave no abdômen, Chevaux também parecia saber e após saírem da cidade passou a uma marcha cadenciada. O alfa não tinha certeza de para onde estava indo, certamente não seriam as propriedades ao sul, e independente de onde fosse levaria o dobro do tempo.
O ferimento latejava, Wuxian se sentia fraco e zonzo, apertou com força sobre o casaco, sentindo o quão úmido estava com seu sangue. O duque se sentia um pouco perdido, sua vida parecia fora de controle. O que estava fazendo? Ele não sabia responder o próprio questionamento, sentia o suor frio escorrer para dentro da roupa. A única coisa que sabia era que estava cansado, muito cansado.
Piscou para a estrada, Chevaux o conduzia, achava ter ficado inconsciente momentaneamente, inclinado e solto sobre o dorso do animal. Wuxian era um bom cavalheiro, ele tinha uma conexão com seu cavalo, Chevaux parecia entender seu dono obedientemente. Levou a mão para um afago no pescoço tenro, através dos olhos embaçados via a mão ensanguentada, ele não conseguia se colocar em uma posição ereta e digna, parecia partido ao meio. Algo cavava como brasa em seu interior.
Wuxian abriu os olhos novamente, reconheceu uma cruz no caminho, sorriu, se alguém o visse seria vergonhoso, parecendo um bêbado do qual o cavalo é seu guia. Jogado sobre o dorso do animal como se o dono de uma taberna o tivesse atirado ali. Bem, isso descrevia o quão baixo Wuxian havia chegado, embora não estivesse bêbado ou em situação semelhante de humilhação.
— Para casa, Chevaux — soou rouco. — Para Xichen, meu amigo...
O alfa recebeu um relinchar e Chevaux arrancou apressado com Wuxian praticamente deitado sobre ele, doía ainda mais. Ele fechou os olhos e tentou segurar na rédea o máximo que conseguia para não cair.
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Xichen havia recebido um carregamento de alimentos para os animais, havia contabilizado e organizado, agora voltava para casa. Havia diminuído suas horas de trabalho para ajudar Meng com a filha, não gostava de abusar dos benefícios concedidos pelo patrão, então trabalhava em alguns períodos aleatórios.
O alfa atravessava o pequeno caminho arborizado que dava para sua casa, quando viu Chevaux passar calmamente entre a vegetação, no entanto, não viu Wuxian. Ele saberia se o duque estivesse chegado na propriedade.
— Ei, garoto, aqui! — assoviou.
Seu rosto empalideceu ao ver o cavalheiro pendurado sobre ele quando o cavalo trotou ao seu encontro. Wuxian caiu no gramado antes de o cavalo parar, o animal relinchou e empurrou o corpo do duque com o focinho. Xichen se moveu depressa, vendo o sangue ensopar toda a parte inferior de seu amigo.
— Wuxian, meu Deus, o que houve?
— Bom trabalho, Chevaux... — ciciou arrastado, erguendo a mão para tocar no rosto do animal.
