O duque de Weinfield, Wuxian, não se dá bem com o visconde Wangji. A história deles é antiga, mas Wuxian nunca o perdoou pelo passado. Wangji o enganou e o deixou na cama com um lenço de lembrança, parece uma história comum, isso se o que se sentiu...
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Wuxian cuidou do esposo após o acontecido, o ômega estava cansado, mas o sorriso radiante não saiu dos lábios macios. O duque se odiava por não fazer isso antes, ainda que dependesse do lobo para isso.
Ele buscou água quente e levou para o quarto do ômega, onde lhe deu banho e depois fez uma massagem com óleo de rosas. Suibian havia deixado suas garras marcadas no corpo do ômega, eles teriam uma conversa sobre isso, levou um susto ao se encontrar no instante máximo de prazer. Sabia que o lobo lhe explicaria tudo, eles prezavam, e muito, pela confiança. Seja o que foi que o levou aquilo, confiava no lobo e nas decisões dele.
O duque se aninhou na cama com o ômega, liberando seu cheiro para deixá-lo confortável. Wangji disse que Suibian não o machucou, e que, acima de tudo, quis o coito, porque ele e Wuxian são um e o ômega os amava.
Wuxian olhou bem fundo nos olhos castanhos dourados, beijou o ômega com carinho e repetiu:
— Eu te amo, meu ômega.
Wangji sorriu, lindo, puro e feliz. O coração de Wuxian palpitava de emoção toda vez que ouvia o mesmo do esposo. Ele amava aquele pequeno ômega, nunca deixou de fazê-lo, mas sua situação ao longo dos anos o fez repudiá-lo, na tentativa de que o esquecesse. Foi tudo inútil. No momento, enquanto observava o ômega fechar os olhos cansados para dormir, já pensava nos filhotes que poderiam surgir, talvez ele pudesse escolher um nome dessa vez. Um nome com W para manter a tradição. Se pegou sorrindo e relaxou abraçado ao amor da sua vida, seu esposo e mama dos seus filhos.
Ainda faltava uma coisa importantíssima, sabia. Por isso, mergulhando em sua mente, conversou com Suibian. O lobo estava muito orgulhoso e seguro de que teriam um filhote. Antes que pudessem falar do elefante na sala, Suibian lhe explicou o que vinha acontecendo, o ômega era dele também, tinha o direito de seu momento a sós, se o esposo exigisse. Wuxian sentiu seu coração acelerar de terror junto ao do lobo quando ele lhe contou que Wangji pretendia deixá-los, não podia repreender a atitude do lobo.
— Um nó não é o suficiente, Suibian. Você sabe disso.
🐺 — Sei... Nosso ômega é bem persuasivo, ele quer tudo de nós.
— Você já lhe deu o nó... significa que quebramos nossas barreiras?
Não, é claro que não. Wuxian, mesmo conversando com o lobo, estava em alerta ao seu redor, no exterior.
🐺 — Isso é tão desgastante. — Suibian se enrolou e Wuxian se deitou com a cabeça sobre ele, sentindo o lobo o cobrir com o rabo felpudo.
Ficaram ali, em silêncio, era diferente agora, não doía mais, não estavam colapsando ou miseráveis.
