O duque de Weinfield, Wuxian, não se dá bem com o visconde Wangji. A história deles é antiga, mas Wuxian nunca o perdoou pelo passado. Wangji o enganou e o deixou na cama com um lenço de lembrança, parece uma história comum, isso se o que se sentiu...
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Há dois dias do casamento, todos estavam reunidos na imponente residência dos W, para um jantar. No decorrer, ficou claro que se tratava de uma despedida para Wuxley, ele se desgarraria da família e todos já sentiam sua falta antes mesmo dele ter ido.
Após casamento, o novo casal ficaria em uma residência menor, que faria parte das terras de Ley, algumas horas dali para a lua de mel. E, depois, iriam para o campo. Ley queria conhecer aquele lugar pavoroso onde Ev viveu com Wangji. Os irmãos W, sempre tão inseparáveis, teriam um membro a menos no dia a dia, algo que não estavam acostumados, embora soubessem que o dia chegaria.
Estavam agora, após jantar, na sala particular da família. Wartur recebia instruções detalhadas do duque de como deveria ser sua postura sobre o cavalo de madeira ao qual estava montado, aulas de solo eram importantes, então o alfa balançava o cavalo para ver o equilíbrio e força do filhote, que gritava "upa, upa!" E garantia as gargalhadas da família.
Aquele momento em família, Wangji observava, seria comum para sua querida Evelyn. Embora ela fosse ser senhora de sua própria casa, estava óbvio que sempre se reuniriam em datas importantes. A única ponta solta era Wangji, agindo como um agregado, ainda que fosse tratado por todos com muito amor. Porém, ele sentia que aquilo não era o suficiente se não tivesse o alfa, sua aprovação e seu amor. Não fazia sentido. Se sentia estranho ali, como um espectador da vida alheia. Uma vida da qual não sabia até quando faria parte.
Espalhados pela sala, Willian, White, Wuxley e Evelyn jogavam vinte e um; tia, West e Wangji discutiam sobre moda francesa e joias.
— Vinte e um! — Gritou White.
— De novo? — Lian estava incrédulo.
— Você tem que parar de tentar adivinhar as cartas, meu irmão... — White explicou como se dominasse a técnica, quando, na verdade, todos sabiam que Lian o deixava ganhar. — E você — apontou para Ley —, se parasse de flertar com senhorita Evelyn, já teria ganhado e não a atrapalhado, ela descartou errado todas às vezes! — Disse sem preâmbulos.
Evelyn estava um pimentão, Lian com um riso debochado.
— Cale a boca! Não estava flertando e se tivesse, Evelyn é minha linda noiva, é difícil manter os olhos longe! — Ley retrucou, levemente ruborizado.
West deu um risinho, cobrindo a boca; a tia estava ao lado de Wangji, negando com a cabeça. Wangji estava envergonhado por Evelyn, os W não pensavam muito antes de falar, isso é o que acontece ao ter uma família de alfas, sempre práticos. Pelo menos eles diziam tudo sem rodeios, mesmo que não fosse o que gostaria de ouvir.
— Quando vou poder montar em 'Chevalo', papai?
Wartur estava montado nos ombros do pai, as pernas ao redor do pescoço e as mãos nos olhos do alfa. Chevaux virou 'Chevalo', tão logo o pequeno tentou reproduzir o nome. Wangji não gostava de imaginar o filho sozinho e tão leigo em montaria em cima do enorme animal, mas confiava no bom senso do alfa.
