Capítulo 1

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Um aviso muito importante antes de começar a leitura, isto é uma tradução, a obra original se chama Lost Cause, do AO3, escrita por Nix_dei, porfavor deem uma olhada na obra original, vou deixar o link aqui, ou seja, a fanfic não é minha, eu somente fiz algumas modificações para se encaixar no português corretamente, mas a original é de total propriedade a Nix_dei e foi escrita em inglês, eu apenas a traduzi, a tradução dela há tanto aqui no Wattpad, quanto no AO3, eu agradeço muito pela oportunidade da tradução e espero que vocês gostem dela tanto quanto eu, boa leitura!
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Shota Aizawa estava acostumado a ver vigilantes em sua linha de trabalho mais de uma vez. Na maioria das vezes, quando eram bons no que faziam, eram um contato e ajuda para trabalhar. Para heróis subterrâneos, as conexões eram cruciais quando se tratava de obter informações. Mas outras vezes, como neste caso, casos de vigilantismo acabavam em sua mesa como um caso. Havia pessoas que simplesmente não eram adequadas para serem heróis ou vigilantes. Havia aqueles que acabavam causando mais mal do que o remediando. E então, como neste caso em particular, aqueles que eram um perigo para si mesmos.

"Midoriya, por que você está fazendo isso? Sua mãe está muito preocupada em casa", disse Aizawa, preocupado.

Os olhos verdes e vivos estavam atentos a cada movimento que o herói fazia parado a apenas alguns metros de distância de um garoto de quatorze anos. Ele vestia um suéter cinza com capuz, jeans e tênis vermelhos. As mesmas roupas que ele usava cinco meses atrás, quando desapareceu de casa.

"Boa noite para você também, Eraser" respondeu o menino.

O herói profissional suspirou, resignado. Esta já era sua... quarta vez trocando palavras com o garoto? "Criança Problemática... você não acha que é hora de ir para casa? Há um toque de recolher para crianças, sabia?"

O garoto pareceu rir silenciosamente com um leve movimento de ombros. "O tempo é relativo, não é? Um herói profissional não deveria estar fazendo suas patrulhas?"

"É porque você está na minha patrulha, garoto", respondeu Aizawa, cansado.

Midoriya pareceu ofendido com isso. "Eu não sou um criminoso!"

O pró-herói sorri. "Tecnicamente, você é. Parar lutas conta como vigilantismo e isso é contra a lei."

"A lei é estúpida", o garoto respondeu rapidamente.

"Mas é a lei. E não é tão estúpido quando um garoto de quatorze anos enfrenta vilões quando deveria estar na cama."

O garoto revirou os olhos e ajustou o capuz como se estivesse se preparando para correr. Não, ainda não, ele não podia deixá-lo ir tão rápido.

"Sua mãe está preocupada", ele disse apressadamente.

O garoto parou no meio do caminho e se virou para olhar o herói.

"Diga a ela para não ser. Deixe-a viver a vida dela. Eu já estou morto", ele disse, com o drama da pré-adolescência e da adolescência.

"Ela só quer que o filho esteja são e salvo", argumentou Aizawa, dando um passo em direção ao garoto. "Criança, não faça algo estúpido que você vai se arrepender depois. Agora mesmo você é menor de idade. Você está sendo acusado de vandalismo, invasão de propriedade e agressão. Com um pouco de serviço comunitário, sua ficha estará limpa", ele tentou convencê-lo. "Tenho certeza de que você entrará facilmente na UA, onde poderá se tornar um verdadeiro herói."

O menino torceu o rosto e pareceu culpado enquanto olhava para o chão.

"Olha... eu nunca serei um herói", ele disse claramente, em uma voz baixa, mas firme. "Mas você nunca escuta. Diga a Tsukauchi para me deixar em paz. Ele deveria fazer coisas melhores. Até você! Vá encontrar vilões para parar. Deixe-me em paz."

"Você não é uma causa perdida, Midoriya", afirmou Aizawa com firmeza.

O menino se espreguiçou, tentando aliviar a frustração que estava sentindo.

"Sou. Vire a página. Deixe-me em paz. Não estou machucando ninguém. Bem, ninguém que não mereça. E tento não... não ser violento."

Sim, Eraser já tinha notado isso. As vezes que eles pegaram traficantes, vilões menores e ladrões foram com o mínimo de ferimentos possível. O garoto sempre ia direto para imobilizá-los ou deixá-los inconscientes antes de amarrá-los e deixá-los prontos para a polícia pegar.

"Eu não vou fazer isso", Aizawa prometeu a ele. "Você não é uma causa perdida e eu não vou esperar para encontrar seu corpo morto em um beco fedorento, garoto."

Com essa determinação em sua promessa, Eraser pulou com sua arma de captura pronta para pegar o garoto. Mas como nas últimas vezes, ele encontrou apenas ar. O garoto havia desaparecido no ar mesmo sob os olhos de anulação de Aizawa. Sua individualidade não era efetiva naquele garoto. Tsukauchi não ficaria feliz quando ele confirmasse sua suspeita de que nem ele conseguiria parar uma criança que era muito imprudente para seu próprio bem.

Com o triplo do cansaço que tinha quando começou a conversa com o garoto, ele continuou com sua patrulha. Assim que chegou em casa e alimentou seus gatos, ele foi se sentar em sua mesa. Era melhor preencher os relatórios para que eles não se acumulassem depois. Poucos incidentes para uma noite tão clara. Ele deixou o relatório de Midoriya por último.

Sobre sua mesa, havia uma pasta com o nome e sobrenome da criança. Midoriya Izuku. Sem individualidade até recentemente, uma pessoa que despertou tarde. Filho único de uma família monoparental. Pai ausente. Mãe trabalhadora, enfermeira. Uma mãe que se importa com o bem-estar do filho, mas levou cinco dias para relatar que seu filho havia desaparecido de casa. Uma mãe que não conseguia parar de ligar para o detetive para obter informações sobre seu filho. Ela já havia confessado no início do caso, durante o interrogatório, o quão culpada se sentia.

Ela e Midoriya tiveram uma discussão muito grande na noite em que o menino saiu de casa. A Sra. Midoriya gritou com o filho que se ele quisesse preocupá-la e fazê-la esperar que ele morresse de uma forma tão irresponsável, ele poderia muito bem não voltar. Izuku Midoriya levou as palavras dela ao pé da letra. Desde aquela noite, ele não pôs os pés em sua casa.

Inicialmente, um caso de criança desaparecida foi aberto, mas foi assumido por outro detetive. Um que era muito estúpido, Aizawa notou depois de ler as notas escritas. Sem individualidade, presumido suicídio após sair de casa. Portanto, caso encerrado. Apenas para ser reaberto semanas depois, quando um certo vigilante foi identificado como Izuku Midoriya. Um garoto que se metia em brigas sem esconder o rosto.

Uma criança imprudente, estúpida, mas viva. Uma criança que seria trazida de volta para casa, Aizawa promete a si mesmo.

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Sim! Este foi o primeiro capítulo, irei atualizar toda semana, uma ou duas vezes por semana, aproveitem esta fanfic maravilhosa!

https://archiveofourown.org/works/46204609

Este é o link da obra original se não me engano.

Até o próximo capítulo!☆ :)

Causa Perdida (Tradução)Onde histórias criam vida. Descubra agora