Causa Perdida (Tradução)

Capítulo 5

Os Bakugous sendo Bakugous.

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Mitsuki Bakugo estava assustada. Ela sempre se considerou uma mulher corajosa e decidida, mas agora estava com medo de não conseguir controlar a situação. Ela ficou arrasada ao receber a ligação gaguejante de sua melhor amiga. Bêbada. Inko Midoriya estava bêbada e ainda não era meio-dia. Mitsuki deveria saber que isso aconteceria, ela disse a si mesma.

Mitsuki saiu cedo do trabalho para recolher os pedaços do que restava de Inko Midoriya. Ela estava muito afetada desde que seu filho havia desaparecido há quase dois meses. Eles passaram pela polícia, pela vigília e pelo enterro. Um enterro simbólico porque não havia corpo para enterrar. O garoto havia apenas desaparecido sem deixar vestígios uma noite.

Como melhor amiga de Inko, Mitsuki estava ao seu lado, lutando com a polícia para fazer um trabalho melhor, para encontrar seu filho perdido. Seu sobrinho tinha que estar em algum lugar. Mitsuki tinha que admitir que a cada dia que passava, ela tinha perdido a fé lentamente. Afinal, Izuku era um garoto de 14 anos sem peculiaridade, sem dinheiro ou um lugar para ir. Não é como se ele pudesse viajar para procurar um pai que o havia rejeitado anos atrás. Talvez se tivesse sido Katsuki... aquele pirralho sobreviveria a três guerras mundiais consecutivas com o caráter que ele tinha.

Em vez disso, Izuku era um raio de sol. Uma flor frágil. Alguém que sempre precisava ser cuidado de uma forma especial. Não é de se espantar que sua amiga tenha se tornado uma mãe helicóptero há algum tempo. Izuku precisava de alguém que estivesse sempre em cima dele. Sempre caindo e se arranhando. O pobrezinho era tão desajeitado. Nada comparado ao seu filho Katsuki.

Inko sempre trabalhou duro para criar seu filho sozinha. Ela fez turnos dobrados. Ela deixou amizades para trás. Ela enfrentou fofocas. A força que ela tinha como mãe era admirável. Inko era uma mulher forte.

Uma mulher forte que agora estava completamente destruída. Vê-la chorar, vê-la passar de não comer para comer demais em horas estranhas. Vê-la chorar no telefone. Vê-la ligar incessantemente dia e noite para saber como estava indo a investigação sobre seu filho. Mitsuki desejou que o caso fosse encerrado o mais rápido possível. Ela implorou para que algumas notícias saíssem. Mesmo que fossem ruins. Pelo menos assim Inko poderia passar a página.

É por isso que quando eles encerraram o caso, declarando Izuku morto, Mitsuki confortou sua amiga e não lutou contra isso. Em vez disso, ela pediu para sua melhor amiga passar pelo funeral e pelo luto de perder um filho. Seria um processo doloroso, mas necessário para ela seguir em frente.

Não me entenda mal. Mitsuki realmente amava seu sobrinho. Ela gostava dele. Mas, por outro lado, ela sabia que a vida dele seria uma luta constante, uma e outra vez. Pode ser cruel pensar que talvez fosse o melhor. Especialmente com uma criança tão frágil quanto Izuku.

Mitsuki não conseguia parar de pensar no que teria acontecido se tivesse sido seu Katsuki. Não, ele não faria algo estúpido como isso. Seu Katsuki era forte e inteligente. Ele se tornaria um herói profissional de ponta. Mitsuki estava muito orgulhosa de seu pirralho. Ela não diria isso em voz alta, mas estava super orgulhosa de todo o esforço e dedicação que seu filho demonstrou. Seu filho de 15 anos. Apenas alguns meses mais velho que Izuku. Mas às vezes... tantas vezes Mitsuki se pegou pensando no túmulo de Izuku como se fosse o de seu filho. Não, isso não aconteceria. Nunca.

Como mãe, Mitsuki decidiu não contar ao filho o que tinha acontecido no começo. O pobrezinho já tinha o suficiente para se recuperar depois de ser atacado por um vilão e treinar para os exames de admissão da UA. No começo foi fácil não dizer nada porque o filho não perguntou sobre Izuku em nenhum momento. Para ele, sua mãe estar mais perto de Inko significava mais tempo sozinho em casa. Mas em algum momento, a polícia precisou perguntar a Katsuki se ele tinha alguma informação de Izuku. Qualquer pista poderia ser importante.