Acerto de Contas

6

A mulher não conseguia acreditar no que ouviu, o rapaz além de praticamente zombar de sua inteligência, ainda queria tirar a carta grande, e isso a deixou enfurecida, ela odiava ser contrariada, e odiava ainda mais quando eles queriam arrancar dela algo que não podia, como o Jeon fez, com toda sua doçura, jeito de inocente e mostrou as garras logo em seguida.

Aquilo deixou a senhora Park sem pensar direito, e apenas tomou a bandeja do ruivo e despejou toda a comida por cima dele, que de imediato se desesperou pelo conteúdo que tinha na comida e se levantou rápido tentando se limpar.

— Você é maluca!

— Você sabe com quem tá falando?

— Eu não ligo para quem você é! — Tentava passar as mãos em si, mas era quase em vão por conta das algemas que o prendiam ao chão. — Droga, você é maluca ou o quê?

Ao falar aquilo, o Jeon sentiu sua pele do rosto arder devido o tapa que a mulher lhe deu.

— Olha como você fala comigo moleque, o outro pode ser bonzinho com você, mas sou eu quem mando em tudo aqui!

— Grande merda, continua sendo uma babaca maluca! — Novamente teve seu rosto estapeado. — Você pode me soltar ali, eu preciso me limpar!

— Eu tô pouco se fodendo para você!

— Minha pele está ardendo!

— Tá? — Riu. — É uma pena não é?

O desespero já tomava conta do Jeon que sequer tava dando ouvidos para o que a mulher falava, ele alcançou o suco e jogou sobre si o resto que ainda tinha, na esperança daquilo melhorar, mas parecia que a cada coisa que ele fazia só piorava. Como um ato de total desespero para se salvar, Jungkook se ajoelhou em frente a uma das câmeras daquela sala.

— Eu não sei se você tá vendo, mas me ajuda, por favor...

— Ele não vai te ajudar moleque, ele nem aqui está.

— Então ele não irá ganhar um centavo!

— Você sabe o porquê tá aqui e ainda debocha, por mim você apodrece aqui, mesmo com a dívida quitada!

— Por mim, tudo bem... — Deu de ombros. — Eu não ligo se vocês vão ficar mais ricos ou mais pobres com o valor que eu supostamente valia.

Se levantou novamente e foi até o colchonete, mas antes de chegar lá a mulher retirou o colchonete de lá deixando mais longe possível.

— Por que você fez isso, sua maluca? — Berrou.

— Você gosta de apanhar, não é?

A mulher se preparou para socar novamente o rapaz, quando seu braço foi segurado e seu corpo jogado contra o chão pelo ruivo.

— Não, eu não gosto de apanhar, na verdade, eu cansei de apanhar, e não é por você ser supostamente a dona desse caralho todo que vai me intimidar, e também não estou ligando se você é mulher, estou no meu direito de defesa!

— Garoto, você não sabe onde está se metendo!

— E eu não ligo, agora se não vai me ajudar, me deixa apodrecer sozinho e em paz!

— O que aconteceu aqui? — Jimin falou ao entrar na sala e ver a bagunça.

— Esse moleque do caralho me chutou me derrubando, ele devia está com as pernas presas também.

Jimin respirou fundo passando a mão no rosto.

— O que eu te falei agora pouco sobre as gracinhas?

— Mas eu estou aqui, caralho, não fugi, não fiz nada além de me defender! — Se alterou.