7

39 7 8
                                    


Jimin se sentia andando em um corredor escuro, e sabia que ele não estava vazio, havia muitos obstáculos desconhecidos, muitas peças fora do lugar e soltas no ar, ele precisava entender, chegar na raiz real do problema para poder conseguir andar com mais tranquilidade naquele corredor, e quem sabe ganhar uma luz.

O ruivo não parecia ser tão bobo, mas, ao mesmo tempo, era tão tolo e inocente, que irritava o Park, outra coisa que deixou o moreno intrigado foi com a intervenção de sua mãe nesse caso, a mulher nunca foi de se incomodar com o tempo que suas vítimas ficavam ali presas, mas talvez fosse pelo tempo que durava cerca de semanas, ou apenas dias, e não um mês inteiro como aconteceu com o Jeon.

Ao parar o carro na frente da casa do ruivo, o Park ficou um tempo ali observando, o que teria naquela casa que assustava tanto o garoto? Quais segredos aquela família carregava ao ponto de nem mesmo sobre a mãe o rapaz não saber? Assim que viu o carro do homem entrar na garagem, Jimin esperou o momento em que ele saiu para entrar em casa e o abordou.

— Me conta sobre seu filho!

— Quem é você? — Arregalou os olhos. — Tudo o que eu tinha para falar a vocês eu já falei, e eu disse que não iria dar mais depoimentos e nem queria ser mais interrogado!

— Eu adoraria dizer que sou da polícia, mas eu definitivamente odeio a polícia, eles fazem um trabalho tão sujo e mal feito, odeio coisas incompletas e imperfeitas!

— Mas isso não responde sobre quem é você!

— Qual é, Han-gyeol, não reconhece minha voz? Até seu filho que nem sabe meu rosto já reconhece minha voz! — Riu nasal com sua mentira e falsa inocência.

— Você é o desgraçado que está com meu filho!

— Uou, agora eu sou desgraçado? Porque quando eu falei com você, estava tão tranquilo, sem demonstrar preocupação com o moleque!

— E não estou preocupado, mas por sua culpa, estão de olho em mim!

— Tá falando daquela viatura disfarçada ali atrás? — Apontou com a cabeça rindo. — Porque não me convida para entrar e a gente bater um papo, amigo?

— Eu devia era te denunciar, e não te deixar entrar!

— Tenta a sorte, mas eu tenho como provar que não tô com seu filho, mas e você? Tem provas de que você não matou ele e enterrou o corpo no quintal de sua casa?

— Você não fez isso, fez?

— Não sei... — Deu de ombros. — Eu fiz? — Riu de forma sarcástica quase maléfica. — Obrigado pelo convite para um café! — Abriu a porta do homem e entrou o puxando. — Agora vamos falar tranquilamente. Já conseguiu meu dinheiro? Seu filho é irritante demais.

— Eu não arrumei, e não vou arrumar!

— Ok, vamos fazer assim, você me entrega os 4 bilhões, eu te dou uma surra e levo o que eu achar de interessante e valioso nesse muquifo que você mora, que tal?

— E minha dívida será quitada e o moleque devolvido?

— Não, eu não sou nenhum agiota que chega batendo, eu estou com seu filho na mira de uma arma, vai mesmo deixar que eu aperte o gatilho, ou melhor, você vai mesmo apertar o gatilho que vai tirar a vida de seu precioso filho?

— Eu já disse que não me importo com ele, a única razão para que eu quero ele solto é para todos me deixarem em paz, e ver que ele apenas fugiu!

— Mas ele não fugiu... — Falou enquanto olhava a cristaleira do homem. — Você parece apreciar muito os whiskies caros, não é? — Apontou para as bebidas.

Acerto de ContasOnde histórias criam vida. Descubra agora