Capítulo 9

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Peter Evans' Pov

O turno da manhã já haviam encerrado. Eu estava saindo da sala dos professores e indo em direção aos portões da escola.

Foi quando escutei uma música linda vindo da sala de música.

A porta estava fechada, então olhei pela janelinha de vidro.

Amélia Kassey tocava piano. Percebi sua dedicação, sua vontade.

Abri a porta com cuidado. Não queria distraí-la.

Peguei o violoncelo no canto da sala. Como conhecia a música que ela estava tocando, quando Mia entrou na próxima pausa, comecei a tocar.

Amélia me olhou meio assustada e sorri. Balancei a cabeça num gesto afirmativo, pedindo que continuasse. Ela sorriu e voltou a tocar. Ainda bem que a pausa era longa, então, não estraguei a música.

Obtivemos um resultado perfeito. A música que já era linda, ficou maravilhosa.

-Uau... - Amélia murmura quando terminamos.

-Você foi... Incrível! - elogio.

-Obrigada. Você também foi demais.

-Obrigado. - sorrimos e ficamos em silêncio por um tempo. - Vou querer repetir isso. Quer voltar mais tarde? - ela olhou pra baixo, talvez refletindo sobre o que acabou de acontecer e pensando em sua resposta.

-Aceito seu convite, professor Peter.

-Finalmente aceitou a me chamar de Peter. Agora falta eliminar o "professor". - digo com um tom de humor enquanto coloco o violoncelo onde o vi.

-Acho que isso não acontecerá. - ela diz enquanto fecha o piano.

-Na verdade, quando você menos esperar, estará dizendo "oi Peter" ao invés de "bom dia professor Evans".

-Isso é o que veremos. Quanto vai apostar?

-Uma pizza de qualquer sabor.

-Acompanhada de refrigerante.

-E esfihas. - sorrimos.

-Feito. - dizemos em uni-solo.

-Tenho quanto tempo para provar que não vou chamá-lo de Peter?

-Quatro dias. Amanhã, quarta-feira, quinta-feira e sexta-feira.

-Já ganhei.

-Não se precipite.

-Quer apostar de novo?

-Uau, está bem atrevida não acha?

-Hm... Não. Te vejo três e meia da tarde. - ela sorriu e saiu da sala.

***

Quando adolescente, aprendi uma coisa: nunca, nunca, nunca deixe uma garota saber dos seus sentimentos por ela antes da hora. Mesmo que sejam ruins.

Um dia, quando eu estava no 1º E.M., me declarei para uma garota.

Sinceramente, esse foi o pior erro da minha vida. Ela era minha amiga, mas estava namorando a algum tempo e eu não sabia. Foi horrível.

O Peter do 1º E.M. era um covarde. Sem brincadeira. Eu não sabia lidar muito bem com algumas situações. E garotas estão nesse grupo.

Ou melhor, estavam. Mas isso não quer dizer que durante a faculdade fiquei com várias garotas. Pelo contrário: só tive três. E claro que Diana é a terceira. Para mim, quanto mais experiente em namoro, pior. Se eu encontrar alguém novo, gostaria que ela não fosse tão experiente.

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