Capítulo 8

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Peter Evans' Pov

Após entrar em meu apartamento, comecei a rir de mim mesmo, do quão tolo fui. Fiz um elogio que deveria ter ficado apenas para mim. Desse jeito, eu não teria pagado mico na frente da Amélia. Da Amélia! Ninguém entende a gravidade disso? Oh, não... estou pensando como um adolescente. E me importando com a opinião de uma adolescente.

Acorde Peter! Você fará vinte e sete anos e está com medo do que uma garota com menos de dezoito anos pode ter pensando de você! Deixe de ser ridículo!

Balancei a cabeça para afastar meus absurdos pensamentos. Como sofri uma alteração dessa? Realmente, o ser humano é complicado e confuso. Não me compreendo.

Lembrei que Tracy havia me dado seu telefone após leva-la para casa. - Me ligue se precisar de mim ou se quiser falar comigo. - Ela disse. Disquei o número de Tracy sem pressa. Sei que é estranho ligar para alguém quase meia noite num domingo, mas naquele momento, eu realmente precisava.

-Peter?

-Sim, Tracy. Desculpe incomoda-la. Posso ir aí?

-Não é incomodo algum, Peter. Claro que pode vir. Enquanto tempo você chega?

-Em quinze minutos estou aí.

-Certo. Um beijo. Até daqui a pouco. Avisarei ao porteiro sobre você.

-Obrigado. Até daqui a pouco, Tracy.

Troquei de roupa rapidamente e desci as escadas com certo tipo de pressa.

Lembro que com Diana aprendi a ser mais calmo. Porém, depois que ela me deixou, voltei a ser o Peter de antes.

Dito e feito: em quinze minutos, cheguei no condomínio de Tracy.

-Boa noite, meu nome é Peter Evans. Vim ver Tracy... - o porteiro me interrompe.

-Holt?

-Sim. - Sorri simpático.

-A senhorita Holt me falou. Pode entrar. - Ele abre o portão com um dos botões da cabine.

-Obrigado. - Digo entrando.

-Por anda. Tenha uma boa noite. - Ele disse sorrindo e assenti com um sorriso educado sem mostrar os dentes.

Toquei a campainha do apartamento de Tracy. Ela abriu e agarrou meu pescoço para me beijar.

-Pensei que não viria mais. - Então recebi um beijo caloroso.

-Mas eu vim. - Digo entre uma pausa que demos.

Ambos sabemos que nosso relacionamento não é nada sério. Eu preciso dela para deixar de ser apaixonado por Diana e esquecer meus problemas. Já Tracy... não consigo pensar em qualquer tipo de motivo para que ela queira isso. Talvez tenha terminado um namoro de longa data... ou talvez esteja com raiva de alguém e está relaxando com o que temos. Mas pelo tipo de mulher que Tracy é, simplesmente não consigo achar um motivo bom o suficiente.

-Tracy... - digo já meio ofegante por causa dos beijos.

-Fala, Peter...

-Você nunca me contou nada sobre você. O que tivemos em nosso encontro foi meio... sem fundamento.

-Quer me conhecer, então? - Disse com um sorriso malicioso.

-Não seria má ideia... - Digo e beijo seu pescoço.

-Certo... Moro sozinha desde que iniciei minha faculdade. Sou filha única. Namorei uns dois ou três garotos durante o ensino médio e quando entrei na faculdade tive mais dois namoros. O segundo terminou a cinco meses. Quando te conheci, instantaneamente me senti atraída. Sei que pode parecer loucura, mas não foi exatamente eu. Porém sei que também não nutro sentimentos por você. Agora eu gostaria de te conhecer melhor.

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