Serial Killer || h.s

* You should be scared of me *

Música para o capítulo: Control by Halsey ( não consegui colocar na multimédia, desculpem )

Boa leitura
------------------------------

Emily's P.O.V.

Acordo ainda atorduada, tento lembrar-me do que aconteceu.
Quando Niall chamou maníaco ao Harry, a fúria apoderou-se dele e ia atacar o rapaz loiro. Mas falhou o alvo.

Aqui estou eu, na enfermaria, com Niall à minha beira, apertando-me a mão com força.
Num movimento brusco eu desfaço o aperto das nossas mãos e chego-me para trás, afastando-me dele, ainda assustada com o que aconteceu.

-Em, desculpa-me, a culpa foi minha, eu não devia ter provocado um louco como...

-O Harry não é louco!-interrompo, quase gritando, colocando a mão sobre a boca, não me querendo descontrolar.

Ele permanece em silêncio, de modo algum querendo dar-me razão.

-Sabes eu nunca o tinha visto tão furioso...-murmuro, encarando as minhas mãos que brincam no meu colo.-Pela primeira vez os olhos dele deixaram de brilhar ao olhar para mim. A culpa foi minha, eu sou horrível para o Harry! Eu não mereço a preocupação para comigo, de todo.

-Não digas isso...-suspira.-Anda, vamos embora, precisas de descansar.

-Sim.

Levanto-me devagar e ajeito a minha roupa, quando de repente penso onde está o rapaz que eu beijei.

-O Harry?-digo de repente.-Onde está ele?

-Não te preocupes com ele.

-Diz-me!

-Os guardas levaram-no, acho que para uma terapia qualquer.

-Não me digas que o levaram para a terapia do choque, por favor.-os meus olhos começam a ficar molhados e ele abraça-me.

-Não, é a solitária.

-Oh.

-Anda, vamos.

Caminho devagar pelos corredores até sair. Olho para a A.P.C. de fora, ninguém diria que aquele lugar é gerido por alguém mais psicótico que os próprios prisioneiros. Pobre Harry, está ali fechado há séculos, sem aproveitar o lado bom da vida, impedido de se divertir, impedido de amar. Custa-me tanto pensar que ele neste momento me odeia, eu não tenho nada com o Niall, ele é apenas um bom amigo, o meu coração apenas responde ao Harry, é com ele que me sinto bem, que me sinto feliz, que me sinto realizada.

Chegamos a minha casa e eu pergunto a Niall onde estão as minha irmãs, aparentemente foram dormir a casa de umas amigas a pedido dele.

-Porque fizeste isso sem a minha autorização?

-Eu tinha-te preparado uma surpresa, um jantar a dois num dos melhores restaurantes, queria que te sentisses amada, pelo menos uma vez na vida.

-Mas eu sinto-me amada.

-Deixa-me fazer-te feliz, o que tanto te impede de estares comigo?-eu sento-me no sofá e ele segue-me ajoelhando-se no chão para ficar ao mesmo nível que eu.

-Eu...

Sou interrompida com os seus lábios a embater nos meus, por mais que queira parar, por mais que pense no Harry, por mais que saiba o quão errado isto é, eu não o consigo parar.
Eu sou frágil, eu sou uma fraca. Eu preciso disto, eu preciso de sentir alguém, por muito que quisesse que fosse o Harry, eu não sei.
Niall deita-se sobre mim, percorrendo todos os cantos do meu corpo com as suas mãos, nunca separando os nossos lábios, os meus olhos permanecem fechados, mas quando os abro, Niall já se encontra despido à minha frente. Eu esbuguelho os olhos, eu não posso fazer isto, não posso.