Harry's P.O.V.
Passaram-se duas semanas desde que Emily desapareceu por completo da minha vida, pelos vistos deram-lhe umas três semanas de maneira a ela recuperar e estar emocionalmente estável para poder voltar ao trabalho. Sei que ela nem deve querer ouvir alguém a pronunciar o meu nome, mas não há coisa que eu queira mais do que poder voltar a vê-la, conseguir observar cada detalhe do seu rosto, um por um, comprovando assim que ela é, realmente, lindíssima, algo que combina com a sua personalidade doce.
-O Sr.Diretor disse que o pode receber neste momento.-informa-me o guarda, levando-me até lá.
-Podem tirar-lhe as algemas.-pede ele.
-Tem a certeza? Não será um pouco...perigoso?
-Retire-lhe. As. Algemas.- ordena pausada e agressivamente.
O guarda assim o faz e abandona o escritório do meu progenitor. Eu limito-me a sentar bruscamente na cadeira em frente da secretária e ele assim o faz, imitando as minhas ações.
-O que desejas, meu querido filho?-questiona com um sorriso cínico a crescer.
-Foste tu, não foste?-murmuro, tentando ao máximo controlar toda a raiva que me queima interiormente.
-Não entendi.
-Foste tu que mataste a Nicole, não foste? Não foste?!
-Oh, Harry, por quem me tomas? Não faria isso de todo, ao contrário de ti, eu não sou um assassino, sou um médico bem-sucedido, diretor da American Psychic Center, viúvo, com uma filha maravilhosa e, bem, um filho que matou a própria mãe.
Eu levanto-me por impulso, deixando um forte murro sobre a mesa, fazendo-o sobressastar-se.
-Foste tu! És um monstro, metes-me tanto nojo, tu é que devias estar aqui preso! Tu matas-te a mãe! Fizeste com que a Gemma se afastasse de mim e toda a gente pensar que fui eu que a matei! Tu és insano!
-Que eu saiba não fui eu quem violou Morganna, ou fui? Nem que pegou fogo ao carro dela, deixando-a morrer queimada viva, ou fui? Huh Harry? Que tens a dizer sobre isto agora?
Pontapeio a secretária levando as mãos à cabeça, abanando-a freneticamente enquanto todas as acusações perfuravam pelos meus ouvidos a dentro.
Morganna.
Ela era a minha namorada, ambos andávamos na escola, naquela altura no décimo-primeiro ano.
Foi o meu primeiro amor, eu faria tudo por ela como sei que ela faria tudo por mim, ela fazia-me esquecer todo o ódio que recebia diaramente, todos os insultos e acusações sem fundamentos, ela acreditava em mim, ela sabia que não tinha sido eu a matar a minha mãe, ela sabia que eu seria incapaz de fazer tal coisa a ela ou a outro alguém.A dada altura, num encontro que tivemos, fomos a uma discoteca, estava na moda ir até lá, mesmo sabendo de todas as histórias de drogas, álcool e etcetra associadas à mesma.
-Harry!-saudou ela, abanando a sua mão à medida que eu me aproximava.
-Morganna.-suspirei, dando-lhe um beijo apaixonado.
Todos os nossos beijos eram quase como que o primeiro, a paixão mantinha-se e o desejo era cada vez maior.
-Vamos no teu carro? O meu está sem gasolina.- constatei, assim que nos separámos.
-Claro, como queiras.-encolheu os seus ombros, indiferente, e entrou, passando-me as chaves.
Não sei ao certo o que aconteceu naquela noite, na minha cabeça parecem pequenas memórias, ou melhor, pedaços delas, a esvoaçarem.
Sei que pedi uma bebida, tenho a certeza que colocaram uma droga qualquer misturada, eu estava com alucinações, eu não estava em mim, de todo.Ao início não liguei muito, achei que acabaria por passar, mas quanto mais tempo passava e mais bebidas consumia, tudo se ia transformando cada vez mais, fazendo-me ir parar a quase como que outra realidade.
Primeiramente, eu ,sim, levei-a para a casa-de-banho, mas ,não, não foi de todo violação, isso aconteceu antes de eu ter bebido, é das únicas coisas que me lembro dessa noite.
Depois a questão do carro lembro-me vagamente, eu não a vi a ela, eu vi o meu pai. Era ele que eu vi a entrar no carro, então fui ter com ele, prendi-o ao carro enquanto tapava a sua boca, abafando os gritos de medo que libertava. Depois foi apenas atear fogo ao carro - aprendera a fazê-lo no ano anterior, sem querer, ao assistir a uns tipos a fazerem-no ao carro do diretor da escola que frequentava.
Eu não a queria matar a ela, eu nunca faria algo assim, eu amava-a com todas as minhas forças.
Eu queria-o a ele a arder, arder no Inferno, porque assassinou a minha mãe, assassinou a pobre da rapariga inocente e se não fosse Gemma aparecer, de certo que faria mais algum estrago. Eu queria vingar a morte da minha mãe.
Na manhã seguinte acordei na minha cama, olhei para as minhas mãos, estavam com sangue e com vestígios de cinza nelas. Levantei-me num ápice, a minha cabeça parecia que poderia explodir a qualquer momento e os meus pés pareciam não querer obdecer às ordens mandadas pelo meu cérebro.
A cambalear desci as escadas, sendo de seguida imobilizado no chão por guardas policiais enquanto assistia o meu pai com o seu famoso sorriso cínico. Eu não me lembrava do que acontecera, eu não estava em mim, e desde então que esta história me persegue, apenas parei de sonhar com ela pouco antes de Emily aparecer, ela salvou-me na espiral de terror na qual me estava a afundar.
-Eu não fiz aquilo! Eu fui drogado, eu não sabia o que estava a fazer!-elevo o meu tom de voz, começando a ser aos poucos consumido pela raiva.
-Tu mataste a Morganna. Tu és um assassino, tu és como eu.
Não aguentando mais cerro o meu punho, acertando com ele no maxilar do meu progenitor.
Em vez de se assustar, ele solta uma gargalhada, retirando do seu bolso uma arma e aponta-a para a minha testa, aos poucos caminha até mais próximo de mim, encostando mesmo aquele objeto à minha pele.Nesse momento eu não senti medo, eu mantive os olhos abertos, punhos cerrados, como se não tivesse nada a perder caso ele puxasse realmente aquele gatilho e me tirasse a vida, vida essa que me foi retirada por ele ao levar parte de mim com as mulheres mais importantes da minha vida, todas elas.
Ele abriu a boca de leve, mantendo-se firme, e enquanto cerrava os seus dentes murmurou carregando ódio e desprezo:-Eu vou acabar contigo, Styles.
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Hey!
Espero que tenham gostado,
Mudei o meu nome de utilizador, mas sou a mesma pessoa, no worries.
Kisses <3
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Serial Killer || h.s
FanficSerial Killer : Cometem uma série de homicídios com um intervalo entre eles, durante meses ou anos, até que seja preso ou morto. As vítimas têm o mesmo perfil e mesma faixa etária, sexo, raça etc. As vítimas são escolhidas ao acaso dentro deste perf...