5 - ECOS DO PASSADO

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Pov' Electra

Após o concerto do chuveiro eu levei Murilo até a porta e lá nos despedimos.

— "Até mais 'Magnólia.'"- ele diz.— "Qualquer coisa que precisar você sabe onde me encontrar." —  conclui.

— "É, eu sei. Só não prometo que será de toalha da próxima vez." - brinco

— "Ah que isso!"- ele fala num tom decepcionado.

— "Idiota."- bato de leve em seu braço.— "Tchau."- digo acenando.

Nós nos despedimos e eu ainda o observo se distanciando até chegar em sua casa.

O dia estava correndo bem, percebi que não tinha nada de comida em casa, então eu resolvo ir até o mercadinho mais próximo, e após andar e muito.
Começo a pegar as coisas básicas para sobreviver. Eu estava tão avoada que esbarro em alguém sem querer e derrubo a cesta.

—"Foi mal"- digo e olho para a pessoa.

"Sem problema"- ele responde.

"Você é nova por aqui né?"- pergunta.

"Sim, Magnólia, prazer!"- me apresento

—"Fernando"- ele fala.—"Tá gostando daqui?"- perguntou.

"Tô me acostumado"- rio sem graça.

—"Magnólia você por aqui?- perguntou

"Murilo? Oi!"- digo o comprimentando.

"Quanto tempo Fernando."- Murilo fala com um olhar debochado.

"Vocês se conhecem?"- Fernando pergunta.

"É, digamos que já temos intimidade."- Murilo fala me olhando da cabeça aos pés.

"E você, Fernando, cansou de ficar gastando a grana do seu pai? Por isso voltou?- Murilo pergunta em um tom sarcástico.

"Não fala o que você não sabe"- ele retruca Murilo.

—"Ah, eu sei de muita coisa"- fala Murilo.

"Eu acho melhor eu ir, até mais." — digo para Fernando.— "A gente se vê por aí Murilo."- falo e saio.

— "Magnólia espera!"- Murilo exclama vindo atrás de mim.

"Oi?"- pergunto

—"Eu pensei, da gente sair hoje, eu queria te levar num lugar aqui perto. Você topa?- me pergunta.

"Claro!"- falo.

—"Então vista um traje de banho, até mais tarde, eu apareço lá na sua casa."- ele diz já se distanciando.

Narrador


O sol ainda estava brilhando, Murilo buscou Electra em sua casa e de lá foram para uma cachoeira próxima. Chegando lá, os dois, de mãos dadas, observavam a dança da água cristalina da cachoeira. A brisa leve balançava seus cabelos enquanto conversavam sobre os mais variados assuntos.

Eles brincavam como crianças, se molhando e rindo sem parar.
Enquanto se secavam ao sol, conversavam sobre seus sonhos, medos e aspirações.
Murilo, aproveitando a oportunidade, decidiu abrir seu coração para Electra.
A tranquilidade do momento, no entanto, era constantemente interrompida pelos pensamentos de Murilo sobre Fernando. Ele falou sobre Fernando, expressando suas dúvidas e preocupações. Magnólia, por sua vez, o ouvia atentamente, oferecendo palavras de conforto e compreensão.

Ele sentia uma necessidade urgente de alertar para ela sobre as verdadeiras intenções do rapaz. "Magnólia, eu só quero te proteger", começou ele, a voz carregada de preocupação. "O Fernando não é quem ele parece. Você precisa ter cuidado."

Electra (Magnólia) sorriu fraco, tentando tranquilizá-lo. "Eu sei me cuidar, Murilo. Obrigada pela preocupação, mas não precisa se preocupar tanto."

Mesmo assim, Murilo notou um brilho de insegurança em seus olhos. Ele apertou sua mão, prometendo estar do lado dela quando ela precisar.
A tarde passou voando, e quando o sol começou a se pôr, eles se despediram com um abraço caloroso. Murilo, com o coração leve, sabia que havia feito o certo ao expressar seus sentimentos.

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