Andrea, ainda um pouco pálida, tentava acalmar todos ao seu redor com um sorriso leve.
"Está tudo bem, pessoal. - disse ela, tentando tranquilizar os olhares preocupados que a cercavam. - Acho que foi só a ansiedade e a falta de comida... Eu vou ficar bem, só preciso ir para casa e descansar.
Christian Thompson, sempre solícito, se inclinou preocupado e perguntou:
- Tem certeza que não quer ir ao hospital, Andy?
Antes que Andrea pudesse responder, Miranda, mais incisiva, interrompeu:
- Meu motorista está na frente. Ele vai nos levar, senhor Thompson.
Miranda não fazia questão alguma em disfarçar que não queria a presença do escritor. Além de nutrir por ele um desafeto pessoal, sabia que tinha algo mais. Algo que ainda não estava claro e na situação em que se encontravam, não seria propício querer entender alguma coisa, porém de uma coisa tinha certeza. Não o queria perto de Andrea.
A dona da livraria, Brenda, que claramente reconhecia Miranda, encorajou Andrea a aceitar a oferta. Embora provavelmente conhecesse a fama da editora, também entendia que talvez a escritora se sentiria melhor acolhida por uma figura feminina e Andrea, percebendo que seria inútil resistir, consentiu.
No carro, as gêmeas, sentadas ao lado de Andrea, seguravam suas mãos com força, claramente preocupadas. Caroline, com a voz doce, disse:
- Vai ficar tudo bem.
Cassidy, sempre firme, completou:
- A mamãe vai cuidar de você.
Miranda, que estava no banco da frente ao lado de Roy, lançou um olhar para as três no banco de trás, especialmente para Andrea. Aquele olhar era firme, mas havia uma certa suavidade nele, como se quisesse transmitir confiança e segurança. Ela então se dirigiu às filhas:
- Meninas, vocês não poderão ficar no hospital. Roy vai levá-las para casa, e Cara já está lá esperando.
As gêmeas ficaram visivelmente desapontadas, mas Andrea, com um sorriso fraco, disse:
- O hospital não é um lugar para vocês, meninas. Estão saudáveis e devem ficar em casa. Vou ficar bem, prometo.
Quando chegaram ao hospital, Andrea foi recebida imediatamente pela Dra. Claire Browne. Miranda, sempre eficiente, havia feito questão de garantir o melhor atendimento possível para Andrea, ligando pessoalmente para o hospital ainda no caminho. O cuidado e a atenção de Miranda não passaram despercebidos por Andrea, que, apesar de se sentir exausta, sentiu-se envolta por um calor inesperado ao perceber o quanto Miranda se importava.
Assim que Andrea foi recebida no hospital, a Dra. Claire Browne começou a avaliá-la com cuidado. Observou que a pulsação de Andrea estava acelerada, sua respiração irregular, e apesar do frio, ela estava suando. Ao examinar as mãos de Andrea, notou as unhas roídas, sinais claros de uma crise de ansiedade. Com voz calma e carinhosa, a doutora se aproximou de Andrea.
- Andrea, vou lhe dar um calmante leve para ajudar a relaxar. - disse a Dra. Claire, - mas gostaria que ficasse em observação por algumas horas, só para termos certeza de que está tudo bem.
Andrea sentiu um frio na espinha ao ouvir aquilo.
- Eu... eu realmente não gosto de hospitais. Prefiro ir para casa.
Miranda, que até então observava em silêncio, tomou a mão de Andrea com firmeza.
- Você não vai a lugar algum até estar completamente bem. Eu vou ficar aqui com você até que acorde. E isso não está em discussão, Andrea.
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A Cinderela do All Star Amarelo
FanficO destino, em sua trama invisível, resolveu entrelaçar os caminhos de duas mulheres que, embora separadas por tempo e circunstâncias, estavam predestinadas uma à outra. Seus encontros, antes meros acasos, agora se revelam como partes de um plano mai...