Será possivel escolher entre a verdade, a honra e o amor?
Ambientado no séc XV, no auge da escravidão e das grandes navegações.
A menina Helena se vê obrigada por sua mãe a se casar com o filho do cruel Conde Monteiro, pois sua familia está afundada...
"Você ocupa meus pensamentos demais para me permitir pensar em qualquer outra coisa, não somente durante o dia mas também invade meu sono. Encontro você em todos os meus sonhos e quando acordo, não consigo fechar os olhos de novo, de tanto que reflito sobre sua doçura..." (Alexander Hamilton)
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Daniel estava, bem... ele estava perdendo a cabeça! Ele respira fundo e coloca a mão na maçaneta para entrar no quarto. Seu coração pulsa em seu peito, ele estava muito nervoso, afinal a única mulher que ele teve na vida o rejeitou, e a que ele tinha agora não o amava, era bem obvio para Daniel que o problema era ELE. E agora ele sabia que teria que dormir com Helena, e se sentia completamente inexperiente, como se aquela fosse sua primeira noite e ele nunca tivesse estado com mulher alguma. Ora se a sua primeira e única mulher nunca foi capaz de ama-lo era porque ele nao sabia como fazer isso corretamente, foi a única conclusão que Daniel pôde pensar.
Quando Helena ouve o som da porta se abrindo, ela se assusta e simplismente coloca a boneca embaixo do lençol.
Daniel entra e olha para ela lentamente, e vê que ela estava sentada na cama aguardando por ele. — Boa noite senhorita Helena... — Boa noite... *ela responde com a cabeça baixa* — Sinto muito pela demora, meu pai queria conversar comigo também, "conselhos nupciais" assim como sua mãe... Helena nada disse, apenas concordou com a cabeça. — Eu vou me trocar, eu venho em alguns instantes certo? — Certo...
Daniel vai em direção ao seu closet vestir algo mais confortável, pensando a cada momento no que estar prestes a fazer, algo que ele jamais faria, mas que seu pai faria e ja havia feito, ele pensa em sua mãe, que foi vítima do conde quando se casaram, pensa nas muitas escravas e amantes que seu pai ja teve em toda a sua vida, um homem que pensava somente em si e em satisfazer seus próprios desejos. Daniel não iria jamais ser como ele.
Ele veste uma camisa branca mais larga e uma calça clara, e tenta ficar bem confortável e respira devagar para se acalmar. Ele volta para Helena e senta na cama diante dela, ela não se mexeu, apenas esperou seu retorno.
— Poucas coisas na vida me surpreenderam tanto quanto descobri que era você minha esposa. Foi algo tão inesperado! *Daniel sorrir desconcertado* — Eu também fiquei muito surpresa... — Eu gostaria que soubesse que farei tudo o que eu puder para que você seja feliz comigo, eu juro... — Obrigada. *a menina apenas responde sem olhar nos olhos dele*
— Helena, pode falar comigo, quando nos conhecemos eu admirei sua coragem em falar, não é diferente agora. — Obrigada... — Eu insisto, o que você está pensando de tudo isso? — Não quero dizer nada errado, preciso que o senhor goste de mim, mesmo que seja apenas simpatia, ou eu não sei, compaixão talvez até pena... — Por que você diria isso? Eu não sou esse tipo de pessoa. — Eu sei que o senhor esperava mais, eu não sou bela como sua irmã, ou como as moças de Paris, então se meu corpo não o agrada, perdão por isso, eu juro, eu tentarei melhorar... *Helena chora, ela não consegue mais segurar*
