"Viver é a coisa mais rara do mundo, a maioria das pessoas apenas existe..."
(Oscar Wilde)— Belo vestido!
Daniel não conseguia tirar os olhos de Helena enquanto a menina se arrumava para seu primeiro baile como esposa e futura condessa, ela usava um lindo vestido branco com muitas camadas bordadas com fios de ouro, luvas de cetim e uma linda peônia branca no cabelo.
Era um momento extremamente importante para o casal, que deveria ser exemplar e não poderia de maneira alguma cometer nenhum erro.
— Obrigada...
— Não acredito que ainda está chateada comigo pelo o que aconteceu no bosque, Helena aquela moça não quis ser ajudada, eu não poderia fazer mais nada.
— Não foi o que fez com ela, foi como agiu comigo.
— Então diga.
— Você gritou comigo, simples assim.
— Não foi com você, foi a situação que me deixou desesperado.
— Não muda nada, eu cresci ouvindo gritos, eu sendo repreendida por absolutamente tudo e todos, achei que seria diferente com você, mas não foi, foi igual, não, foi pior.
— Isso tudo é por sua mãe?
— Não, você não entende mesmo.
— Me perdoe, eu sinto muito, eu prometo não farei mais isso. Vamos descer? Você está tão linda! Tem um baile esperando por você.
— Por nós na verdade...
— Vamos ficar bem? Por favor Helena.
— Preciso de um tempo, só isso...
— Podemos conversar então depois do baile?
Helena apenas consente com a cabeça, ela estava triste mas não com Daniel, e sim como Rose, ela estava decidida a ajudar sua amiga, mesmo que ela não quisesse ser ajudada.Os dois descem a escadaria e chegam ao grande salão, muitas pessoas da nobreza estavam presentes, lordes, Ladys, senhores de escravos, conselheiros e grandes mercadores de especiarias.
Pessoas de muita estirpe e arrogância, pois se achavam melhor que todos na sociedade.
Pedro estava lá ao lado de Ana, os dois se olhavam e riam, já era nítido como estavam apaixonados.
— Boa noite senhor Pedro.
*Diz Daniel imitando o velho conde*
— Boa noite senhor Daniel, que festinha mais entediante... *Responde Pedro com sarcasmo*
— Devemos sair para respirar ares melhores do que essa sala com tantas pessoas desinteressantes... *Responde Daniel*
— Não aguento vocês dois! Jaja aparece papai para nos mostrar como homens devem agir na sociedade... *Ana os interrompe*
Os dois gargalham, aquele baile seria um inferno na terra, todos os nobres brancos encaravam Pedro, e ele não se deixava abater, enfrentava a todos de cabeça erguida.— O nosso grande convidado chegou!
*A música cessa e todos param para ouvir o Senhor Conde Monteiro falar*
— Muito obrigada pela hospitalidade!
— Pai!!
*Pedro corre em direção ao seu pai, o Duque de Sundra*O pai de Pedro lembrava muito a ele, sua postura era descontraída e ele estava sorridente, os dois se abraçam e Pedro não consegue disfarçar sua felicidade, era lindo ver como eles realmente se amavam.
— Agora podemos realizar esse noivado! *Diz o duque sorrindo e entregando uma caixinha de veludo azul para Pedro*
— É claro senhor Duque! Venha Ana, venha conchecer seu sogro. *Exclama o velho Conde*
— Sim papai...
O duque abraça Ana bem forte e sorri.
— É uma honra conhece-la querida!
— A honra é toda minha vossa graça.
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Verdade, Honra e Amor
RomantikSerá possivel escolher entre a verdade, a honra e o amor? Ambientado no séc XV, no auge da escravidão e das grandes navegações. A menina Helena se vê obrigada por sua mãe a se casar com o filho do cruel Conde Monteiro, pois sua familia está afundada...