Capítulo 10: O caminho até o altar

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"Estou procurando sonho que seja melhor para mim também, talvez haja mais do que um sonho para você ou mais de uma maneira de realizá-lo..."
(Red, White and Royal Blue)

— Como assim eu estou noiva também?*Ana pergunta a sua mãe sem acreditar em suas palavras*— Seu irmão resolveu tudo com o seu pai ontem, ele casa com a senhorita Helena e você casa com o Senhor Pedro

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— Como assim eu estou noiva também?
*Ana pergunta a sua mãe sem acreditar em suas palavras*
— Seu irmão resolveu tudo com o seu pai ontem, ele casa com a senhorita Helena e você casa com o Senhor Pedro.
— Não acredito mamãe que ele combinou tudo com o papai sem nem me falar antes...
— Você sabia Ana que essas eram as intenções dele trazendo o rapaz até aqui?
— Mais ou menos...
— Deveria ter me falado, eu teria dado um jeito de impedir isso, meu coração já está partido só de imaginar você com aquele homem...
— Não aprova o senhor Pedro?
— Ele pode ter o título de duque, mas ainda é um escravo para mim, imagina, meus netinhos nascerão...
— Negros? Esse é o seu medo? Não de eu ser infeliz?
— Claro que não filha...
*Ana fica com os olhos cheios de lágrimas, ela está tão decepcionada com sua mãe naquele momento*

— Eu quero ficar sozinha agora.
— Filha, você sabe que sua felicidade é o que importa para mim.
— De fato eu sei o que realmente importa para você...
— Você pode não entender agora, mas no futuro entenderá.
*A condessa sai do quarto e deixa Ana sozinha*

***

Daniel e Pedro estavam no jardim conversando sobre os acontecimentos da noite anterior:
— Então ele aceitou Pedro, você se casará com Ana.
— Não acredito que conseguiu isso! Meu Deus Daniel, como você?
— Apenas falei o que ele quis ouvir, simples assim...
— Você está bem?
— Não...
— Eu estou aqui para o que você precisar...
— Se quer me ajudar, faça minha irmã feliz, apenas isso que te peço.
— Enquanto a moça? Se dedicará para faze-la feliz? Ela não é a Vienna, ela não partirá seu coração.
— Eu sei disso, e é lógico que eu farei o que eu puder para a moça ficar segura, bem longe do meu pai.
— E feliz? a fará feliz?
Daniel abaixa a cabeça e acende um charutto.

Ana vai até a varanda de seu quarto e vê Pedro sentado em um banco no jardim ao lado de Daniel, os dois fumam charuttos.
"Daniel não fumava antes, ele deve aprendido esse hábito com os franceses" Ana pensa.

Ela acena para os dois e ambos a respondem, ela chama Pedro para falar com ela.
— Venho logo amigo.
— Vá lá e boa sorte, conhecendo minha irmã, ela está furiosa...

Ele entra na casa receoso após ouvir o que Daniel tinha dito e vai ao encontro dela.
— Gostaria de falar comigo?
*Pedro pergunta sorrindo*
— Achei que esse fosse um momento oportuno...
*Ana responde*
— É sim, sou todo ouvidos senhorita...
— Posso mostrar algo ao senhor?
— Pode sim.

***

Os dois entram na sala de pintura, e Ana mostra a Pedro suas obras.
Ela pinta desde pequena, ela possui diversas obras espalhadas pelas paredes, e a medida que os quadros são apresentados, ele consegue perceber que ela foi aprimorando suas técnicas com o passar dos anos. Era esperado pela sociedade que as moças tivessem várias atividades para mante-las ocupadas, poderia ser bordado, piano, dança e até idiomas, atividades essas que serviam para aumentar o valor da debutante no mercado casamenteiro, o que Pedro não esperava é que Ana realmente fosse talentosa em suas obras, ela era excelente.

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