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𝗛𝗔𝗥𝗥𝗬 𝗛𝗢𝗢𝗞, 𝗳𝗶𝗹𝗵𝗼 𝗱𝗼 𝗰𝗮𝗽𝗶𝘁𝗮𝗼 𝗴𝗮𝗻𝗰𝗵𝗼

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𝗛𝗔𝗥𝗥𝗬 𝗛𝗢𝗢𝗞, 𝗳𝗶𝗹𝗵𝗼 𝗱𝗼 𝗰𝗮𝗽𝗶𝘁𝗮𝗼 𝗴𝗮𝗻𝗰𝗵𝗼.

— Falta muito?— valen sussurou do meu lado.

Estávamos perdidos. Não acredito que conseguir me perder na ilha.

— Não,  acho que não. — olhei pra ela.

Ela estava passando as mãos nos braços, com frio. Tirei meu casaco e entreguei pra ela, ele estava meio molhado. Mas já ajudava.

Já fazia algumas horas que tínhamos saído da caverna, e encontramos aquele garoto. Filho do hades.

Nunca tinha visto ele, ninguém vê o hades e nem tem notícias dele a anos. Mas o garoto disse que era filho da gotel— e se ele fosse realmente irmão da valen? O príncipe perdido?

— Ei, o que foi?— ela perguntou vendo eu sacudir a cabeça.

— Nada, vem vamos. — falei e segurei na mão dela.

Nunca tinha conhecido alguém como ela, ela era única. Não tinha como comparar ela à ninguém, ela era perfeita do jeito dela.

Sonhei com ela a vida toda, mas percebi que nunca soube nada sobre ela. Como ela sorri de lado quando algo deixa ela feliz, as covinhas no rosto dela. O cabelo que brilha.

UAU. O cabelo que brilha, nunca esperei isso. O que era mais estranho — a magia funcionou na ilha. Não sei como funciona o poder da valen, e não quero saber. Não posso colocar ela em perigo.

Uma quer sair da ilha, custe o que custar. Não posso colocar ela no fogo cruzado, mais do que ela já tá.

— Ei, princesa. Vem por aqui, não vamos conseguir voltar. Mas sei de um lugar para ficarmos. — falei chamando a atenção dela.

Estávamos muito longe, e no meio do nada. Mas era melhor do que deixar ela perto da Uma.

Ela me olhou e sorriu, segurei na mão dela e entramos. Era um pequeno chaminé que fica escondido entre as árvores no final da ilha. Único lugar que tem natureza.

— Uau, é lindo ganho. — ela disse enquanto entrava.

A anos atrás meu pai me trazia aqui.— ele não era do tipo amoroso, mas as vezes conseguia ser um bom pai.

Esse chalé era a única parte bonita da ilha. Habitável, pra alguém como a valen. Ela entrou e tirou o casaco devagar, fiquei observando ela — enquanto ela observa–vá a casa.

Tudo nela me intrigava, queria conhecer ela mais. Saber tudo sobre ela, e ajudar ela a sair daqui. Ela é tudo que eu sempre odiei, uma Princesa da ilha. Que vai se tornar rainha.

Não deveria proteger ela, nem levar ela nesses lugares. Mas ela assombra meus sonhos desde quando eu era pequeno, vi ela crescer através deles. E hoje esse sonho se concretizou.

— Sabe o que eu estava pensando?— ela falou me trazendo de volta pra realidade.

— Não tenho uma bola de cristal, princesa. — falei me sentando, e ela riu fraco.

— Hoje, teus sonhos. Aquele o mesmo, a caverna. — ela se virou.

Ela pensou a mesma coisa que eu, o sonho era o que aconteceu hoje. Só não entendia o porque, porque tudo isso.

— É, todos aqueles sonhos pra acontecer a mesma coisa hoje. Real. — sussurei.

— O que será que isso significa?— ela perguntou sentando do meu lado.

Fiquei olhando ela por alguns segundos, como ela podia ser tão bonita? Ela era a coisa mais delicada que eu já vi em toda a minha vida. Todos os traços dela diziam só uma coisa— ela é boa, uma verdadeira Princesa. E eu queria beijar ela.

— Ei, gancho! — ela disse estalando os dedos.

— Tá viajando?

— Não, e não. Não sei o que significa, talvez seja uma ligação. Mas as histórias dos nossos pais não são parecidas, então não faço ideia princesa. — falei me levantando.

Ela me seguiu com o olhar, e então se mecheu. Ela estava desconfortável e achando tudo isso estranho — e não era só ela.

— Que tal irmos dormir? Não temos mais nada para fazer agora. — falei.

Valen concordou devagar com a cabeça. Iríamos dormir os dois na sala, o frio era muito forte e lá tinha lareira.

— O que você acha? Tá bom?— ouvi a voz dela.

Quando me virei ela estava la. — com as roupas da minha mãe. Valen tinha ido trocar de roupa, mas não tinha achado nada. Então deixei ela procurar.

Ela estava com um vestido branco comprido, eu lembro de ver minha mãe usando ele.

— O que houve?— ela perguntou se aproximando.

— Era da minha mãe. — sussurei.

O olhar dela mudou. Valen era gentil e amorosa, ela me abraçou. Nunca tinha recebido um abraço, e nunca imaginei receber de uma Princesa. Aquilo era novo.

Valen se afastou devagar, e parou alguns centímetros do meu rosto. Esses sonhos tem que significar algo, não tem? Eles tem que ter uma ligação.

Gancho..— ela sussurou me olhando.

— Tá tudo bem, princesa. — falei sem desviar o meu olhar do dela.

— Vamos, temos que arrumar as....— ela disse se afastando.

— Não acha que esses sonhos tem que ter algum significado? — perguntei segurando a cintura dela.

— Porque eu iria sonhar contigo todos esses anos, sempre o mesmo sonho. E então iria te conhecer, e o sonho se realizou! Acha que tudo isso é coincidência?— perguntei irritado.

— Eu não sei harry. Não sei o que tudo que significa, e não vamos conseguir respostas. — ela disse sem tirar os olhos dos meus.

— Nós temos uma resposta. Tá acontecendo, estamos aqui. E droga! Você veio pra ilha por vontade própria, e então nós conhecemos.

— Você me sequestrou.

Princesa, escuta. Isso é o destino! A droga do destino!

— Então o que o destino está mandando tu fazer agora, gancho?— ela suspirou e perguntou.

— Bom, ele tá mandando eu te beijar. —

Falei.
Ela me olhou.
Riu fraco.
Então eu beijei ela.
E nunca mais vou deixar ela ir embora.

𝗘𝗡𝗖𝗔𝗡𝗧𝗔𝗗𝗔Onde histórias criam vida. Descubra agora