Capítulo 31: Momentos

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A caminhada até a enfermaria foi silenciosa, marcada apenas pelo som das pisadas apressadas de Rosamaria e o ritmo ofegante de S/N. Ao chegar à enfermaria, a fisioterapeuta, estava ocupada com outro atleta, mas ao ver Rosamaria e S/N, rapidamente fez um sinal para que se aproximassem.

— O que aconteceu? — perguntou, já pronta para agir ao ver a expressão de preocupação no rosto de Rosamaria.

— Ela machucou a mão durante o treino — respondeu Rosamaria, com uma tensão evidente na voz.

A fisioterapeuta fez um gesto para que S/N se sentasse em uma das mesas. Ela começou a examinar a mão de S/N com cuidado, enquanto Rosamaria ficava ao lado, segurando a mão de S/N, tentando oferecer algum conforto.

— Vamos ver o que temos aqui —murmurou, palpando delicadamente a área afetada. — Pode me dizer exatamente o que aconteceu?

S/N hesitou por um momento antes de responder, sua voz um pouco trêmula.

— Eu estava tentando atacar uma bola com muita força... e senti um estalo. Achei que era só uma batida, mas a dor está piorando.

Examinou a mão com mais atenção, depois olhou para Rosamaria, que estava visivelmente preocupada.

— Parece que pode ser uma contusão ou, talvez, algo mais sério. Vou precisar fazer uma radiografia para ter certeza. Enquanto isso, vamos aplicar uma compressa fria para ajudar com o inchaço.

Rosamaria olhou para S/N, seus olhos cheios de preocupação e amor. Ela sentou-se ao lado de S/N, segurando sua mão e oferecendo um olhar reconfortante.

— Vai ficar tudo bem, amor. Apenas respire fundo e tente relaxar. Estou aqui com você — disse Rosamaria, sua voz suave e cheia de carinho.

S/N forçou um sorriso, agradecida pela presença de Rosamaria, mesmo que não soubesse se conseguiria relaxar com toda a tensão acumulada.

Após algum tempo, o exame foi realizado e os resultados mostraram que S/N havia sofrido uma pequena fratura na mão. A fisioterapeuta explicou que S/N precisaria de um período de repouso e que deveria evitar usar a mão o máximo possível durante a recuperação.

Enquanto isso, Rosamaria, com um olhar de firmeza e determinação, ajudava S/N a se acomodar e a lidar com o desconforto.

...

Depois do término do treino, com a mão de S/N enfaixada, Rosamaria ficou ainda mais preocupada. Elas se dirigiram ao vestiário, onde Rosamaria a observava atentamente, sem disfarçar a inquietação. S/N tentava se mostrar tranquila, mas a dor física se somava à tensão emocional do dia anterior.

— Amor, você está bem mesmo? — Rosamaria perguntou, enquanto ajudava S/N a tirar a camisa de treino, sua voz carregando uma preocupação palpável.

— Estou sim, linda. Foi só uma besteira. — S/N sorriu, tentando aliviar a tensão.

Rosamaria, no entanto, não parecia convencida. Ela se aproximou, aninhando-se na lateral de S/N e depositando um beijo suave em seu ombro.

— Não gosto quando você esconde as coisas de mim, S/N. Sei que tem algo te incomodando. — A voz de Rosamaria era um sussurro, cheia de carinho.

S/N suspirou, sentindo o coração apertar com a intensidade dos sentimentos de Rosamaria. Ela sabia que sua namorada estava certa, mas ainda não se sentia pronta para dividir tudo que estava passando.

— Eu prometo que vou te contar... Só preciso de um tempo, tá? — S/N tentou tranquilizá-la, acariciando o cabelo de Rosamaria.

Rosamaria assentiu devagar, percebendo que não adiantaria pressioná-la naquele momento. Em vez disso, ela se aproximou ainda mais, passando os braços em volta de S/N e escondendo o rosto no pescoço dela, uma de suas demonstrações de afeto preferidas. O calor do corpo de Rosamaria e o toque de sua respiração na pele de S/N foram suficientes para aliviar um pouco da tensão acumulada.

Conexão Explosiva - RosamariaOnde histórias criam vida. Descubra agora