Conexão Explosiva - Rosamaria

Capítulo 32: Em Minas não tem Praia

Na manhã do jogo importante contra o Praia Clube, a equipe do Minas estava a caminho de Uberlândia. A viagem de ônibus era longa, mas o clima entre as jogadoras estava animado, com conversas descontraídas e algumas brincadeiras para aliviar a tensão. No entanto, S/N estava um pouco afastada, ainda incomodada por não poder jogar devido à lesão na mão.

Rosamaria, sempre atenta, sentou-se ao lado dela e tentou animá-la.

— Vai dar tudo certo, amor. Confia na Jenna, ela vai mandar bem hoje. E nós vamos precisar de você na torcida, sabe como sua energia faz diferença.

S/N sorriu, mas ainda estava preocupada. A ideia de não poder ajudar o time diretamente a deixava inquieta.

Quando chegaram a Uberlândia, foram direto para o hotel. A rotina pré-jogo começou: descanso, alimentação balanceada, e foco total na estratégia. Priscila e Carol Gattaz faziam questão de puxar S/N para o meio das atividades, sem deixá-la sozinha nem por um minuto.

— E aí, S/N? Tá pronta pra dar aquele apoio moral de ouro hoje? — brincou Carol Gattaz, cutucando-a.

— Tô pronta, né? Fazer o quê? — respondeu S/N com um sorriso forçado, tentando disfarçar a frustração.

Na hora do jogo, a torcida estava em peso, e a tensão no ar era palpável. Mesmo do banco, S/N vibrava a cada ponto, incentivando as companheiras. Rosamaria estava determinada, e cada ataque dela era preciso e forte, dificultando a vida do time adversário.

Jenna, a levantadora do time, estava inspirada, distribuindo as bolas com maestria e deixando as atacantes em condições perfeitas para finalizar. A defesa também estava sólida, com Nyeme segurando as pontas no fundo de quadra.

...

Depois de um jogo emocionante entre Minas e Praia Clube, o placar final de 3 a 1 para o Minas trouxe alívio e comemoração para a equipe de S/N. Mesmo sem poder participar por causa da lesão na mão, S/N estava no banco, vibrando a cada ponto e apoiando suas companheiras.

Quando o jogo terminou, a equipe do Minas se reuniu no centro da quadra para comemorar a vitória. A torcida estava em êxtase, e a atmosfera era de pura alegria. No entanto, não demorou muito para que Carolana, central do Praia Clube, se aproximasse com um sorriso travesso.

— E aí, S/N! Pelo visto, o segredo para o Minas ganhar de nós é você não jogar, hein? — brincou Carolana, dando um leve empurrãozinho em S/N.

S/N, rindo, revidou:

— Ah, qual é, Carolana! Só porque vocês ficaram com medo, né?

Priscila, que estava ao lado, entrou na brincadeira:

— Acho que ela tá é com dor de cotovelo, porque hoje não teve ninguém pra fazer bloqueio na bola da Rosa!

Carolana gargalhou e abraçou S/N e Priscila de uma vez, puxando as duas para perto.

— Vocês são fogo! Mas tá tranquilo, a gente se vê de novo na próxima, e aí vocês vão ver o que é bom pra tosse! — disse Carolana, com aquele tom de desafio típico, mas sempre com um sorriso no rosto.

As três continuaram a brincar e conversar no meio da quadra, alheias à movimentação ao redor. Carolana, mesmo do time adversário, tinha uma amizade genuína com S/N e Priscila, o que tornava esses momentos de rivalidade algo ainda mais especial.

— Ei, Carol! Vamos sair?  to morrendo de fome. A gente aproveita pra colocar as fofocas em dia. Tô cheia de histórias pra contar.

Carolana, que adorava uma boa conversa, sorriu largamente.