Tolice [Hinny -Tradução]

Capítulo 12

"Tudo o que estou dizendo", Ginny disse enquanto abria a porta da frente e entrava, "é que fazer uma finta não é completamente irracional. Não estou dizendo que é fácil, mas se Geraldine Winston, que teve que escrever 'esquerda' e 'direita' em seus sapatos para diferenciá-los, conseguiu, então não é impossível."

Harry a seguiu até a cozinha, deixando cair na mesa o saco marrom cheio de peixe com batatas fritas que eles tinham comprado no Falcon para o jantar antes de continuar a discussão que eles estavam tendo desde que ele a encontrou depois do trabalho. "No nível profissional, não. Claro que não. Calvin tem apenas onze anos, no entanto."

"Idade não tem nada a ver com isso. É tudo uma questão de habilidade e instinto. Você, como um antigo Buscador de reputação mais nobre, não pode negar que ele é brilhante."

"Você precisa de equilíbrio e coordenação perfeitos para fazer uma finta com segurança. Ele ainda tem dificuldade em se manter firme mesmo nas curvas mais largas. Você quer que ele tente um mergulho de precisão em alta velocidade com alguém com o dobro da idade e experiência dele bem atrás dele? O que o pobre garoto fez para você ter tanto rancor dele?"

Ginny torceu o nariz para Harry. Ela pegou uma batata frita crocante do saco e colocou na boca. "Ele não vai aprender a menos que tente. Nenhuma das crianças vai. Às vezes você não os pressiona o suficiente, Harry. É por isso que eles são um time de terceiro lugar. O talento está lá, só precisa ser estimulado."

"É um jogo, Gin", ele disse a ela, colocando os pratos na mesa e dividindo uma porção de comida para si mesmo. "Vencer o torneio seria ótimo? Com ​​certeza. O mais importante para mim é que eles se divirtam."

"Quando você ficou tão mole?" ela resmungou, comendo outra batata frita do saco enquanto Harry tentava pegar um pouco. "Em Hogwarts, quando você era capitão, havia momentos no campo em que eu achava que Oliver Wood tinha tomado um lote de Poção Polissuco misturado com seu cabelo."

Harry deu de ombros sem entusiasmo, entregando-lhe um copo de leite antes de se sentar em frente a ela. "Eu- nós -lutamos uma guerra por muitas razões. Para mim, uma delas era para que as crianças em nosso mundo pudessem crescer de forma diferente de mim; que elas pudessem realmente ser crianças por um tempo."

Não havia argumento para isso e, mesmo que houvesse, Ginny nunca conseguiria.

Ela finalmente começou a colocar um pouco da comida em seu próprio prato antes de comê-la. Enquanto Harry invocava os talheres, Ginny rasgou um pedaço da crosta escamosa do peixe e mastigou. Fazendo uma pequena careta, ela rapidamente engoliu com um gole de sua bebida. "Demais... alguma coisa. Não tinha esse gosto da última vez que comi."

"Quando foi a última vez que você comeu peixe?"

"Fim de julho, eu acho. Quando meu apetite voltou com força total."

Harry assentiu e cortou seu próprio peixe. "Faz sentido."

"Por que isso?" Ele fingiu não ouvi-la enquanto começava a comer e ela estreitou os olhos. "O quê? Harry, fiquei de pé no pub o dia todo e não estou com humor para uma rodada de Vinte Mil Perguntas. Por favor, diga logo."

"Bart fez o peixe. Era sua receita pessoal", Harry finalmente disse. "É por isso que tem um gosto estranho."

"Oh." Ela franziu a testa para seu prato de comida. Levantando-se, ela caminhou silenciosamente até a geladeira e pegou um pote de cerejas. Ela abriu o pote enquanto se sentava e o colocou ao lado de seu prato cheio. Quebrando um pequeno pedaço de peixe, ela o mergulhou no suco das cerejas e o comeu de uma só vez. Ela havia mergulhado seu terceiro pedaço de peixe quando notou o olhar enojado, mas fascinado, que Harry estava dando a ela. "O quê?", ela perguntou constrangida. "Isso faz com que o gosto fique melhor."