Cap 27

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Pov: Minji

Eu tinha acabado de buscar o Minsuk na escola. Ele não tava chorando, então creio eu que a Yuna realmente mudou de escola.

Além de ter voltado a levar ele pra escola frequentemente - coisa que minha mãe não fazia - eu também preciso voltar a levar ele pra terapia, ele tava até melhorando em questão das crises, mas minha mãe simplesmente parou de levar. Então como sempre, lá vou eu fazer papel de babá.

Mas afinal de tudo, tava tudo bem. O menino tava de mãos dadas comigo, mas ele pulava ao invés de andar enquanto falava alguma coisa sobre dinossauro. Talvez seja um novo hiperfoco, ou talvez a professora tenha falado algo sobre e ele gostou.

Eu tava até feliz, tirando a bagunça da minha cabeça em questão de Hanni, tava tudo bem.

Pelo menos foi o que eu pensei.

Cheguei em casa, mas aparentemente minha mãe não estava. Eu não tava me importando muito, ia até subir pro meu quarto com o Suk, mas ouvi uma voz grossa me chamando.

- Kim Minji! - ele quase gritou, então eu suspirei.

- Eu - respondi me virando e ele se aproximou. - antes de começar, aonde tá minha mãe e meu irmão?

- Eles saíram, então agora sou só eu e você - ele falou de um jeito... estranho. Eu diria que até assustador.

Ele começou a se aproximar ainda mais de mim, mas eu tava com Minsuk no colo agora, ele não faria nada comigo segurando o filho dele, né?

- Eu quero conversar com você, agora! - mesmo próximo de mim, ele ainda gritava.

- eu tô bem na sua frente, pode falar - tentei parecer firme, mas minha voz tava trêmula.

- Eu recebi uma foto hoje.. - ele começou e eu fechei os olhos com força. Droga, a filha da puta enrolou demais pra apagar. - Você ainda não parou com a palhaçada de gostar de mulher!? Você vai mesmo ter que aprender na base do murro, Minji!? - com os seus gritos, quem começou a chorar foi o Minsuk.

Eu tava com dó, o menininho não tava entendendo nada, e nem tinha nada a ver com isso. Comecei a balançar ele na tentativa de acalmar, mas meu pai não parava de gritar.

- Eu tô falando com você, caralho!! Para de ficar sem responder, você já me estressou mais do que deveria! - respirei fundo, eu não podia nem ao menos me abalar com o que ele falava, meu irmão era o mais importante no momento.

- Pai, por favor. O Minsuk tá aqui - tentei controlar meu tom de voz, não só pelo medo, mas pra não assustar ainda mais o menino.

O homen apenas revirou os olhos, ele também não aguentava mais o choro da criança, então parou de gritar e ficou apenas me observando enquanto eu andava pra lá e pra cá, acalmando o menino.

Até a hora que ele dormiu, e meu pai percebeu.

- Agora já deu né? Vai colocar ele na cama, porque aí sim eu vou ter uma conversa verdadeira com você - ele falou num tom tão assustador e ameaçador quanto antes. Eu tava com vontade de chorar, meu pai mal falava comigo, por que isso agora?

Subi com o Suk e coloquei ele na cama, respirando bem fundo. Eu realmente não queria descer, mas meu pai viria aqui, e se meu irmão acordar ele não dorme mais.

Desci ainda com medo, e meu pai novamente se aproximou de mim. Eu quase podia ver uma fumaça saindo de seu nariz, de tanto ódio que ele estava.

- Eu já te falei que você ia apanhar por causa disso!! Você tava por acaso duvidando de mim!? - agora eu só conseguia lembrar do sonho. Que droga, eu passei dias sem dormir direito por causa do sonho, e agora tá se tornando realidade.

Um Amor (quase) Impossível - BbangsazOnde histórias criam vida. Descubra agora