Cap 30

403 55 678
                                    

Pov: Minji

Acordei desnorteada, sentindo umas mãozinhas no meu rosto. Assim que abri meus olhos, vi Minsuk na minha frente, ele tava me encarando meio confuso.

- Oi neném - falei bem baixo, minha voz quase não saia.

- Mimin! - ele me abraçou, e eu queria muito ter devolvido, mas fraca demais até pra isso.

Parece que passou um caminhão por cima de mim, eu tô extremamente cansada.

- Cansou de fingir que tava desmaiada? - ouvi uma voz mais alta, mas feminina. Era minha mãe.

- Eu pareço estar fingindo? - perguntei ainda baixo, minha voz tava rouca e minha visão embaçada.

- Parece sim. É sua cara fazer isso - ela cruzou os braços e parou na minha frente.

Só então eu comecei a olhar ao meu redor pra tentar entender o que tinha acontecido. Eu tava no meu quarto, mas lembro de ter desmaiado na sala.

- Como eu vim parar aqui? - perguntei enquanto me sentava na cama com uma certa dificuldade, até porque meu irmão tava em cima de mim, ainda me abraçando.

- Como mais seria? Seu pai te trouxe - ela falou simples, mas isso me deixou agoniada.

Saber que aquele homen encostou em mim de novo.. e que eu tava desacordada...

Credo, não. Eu preciso parar de pensar negativamente.

- Finalmente parou de fingir. Você deveria ser atriz, Minji - agora meu pai entrou no quarto e eu revirei os olhos. Era só o que faltava.

- Se vocês acham que uma pessoa que acabou de desmaiar tá bem, realmente não sei o que é estar mal pra vocês - minha voz ainda tava rouca, mas dessa vez saiu firme, enquanto eu acariciava o menino que ainda tava no meu colo.

- Vem Suk, eu disse que você só ia ver sua irmã e ia ficar comigo hoje - minha mãe falou ao reparar no menino, o qual começou a gritar.

- Não!! O Suk não quer a mamãe, ele quer a Mimin - ele me abraçou com mais força, mas eu não pude deixar de gemer de dor. Meu corpo parecia ainda mais dolorido do que antes, e seu grito não combinava muito com minha dor de cabeça.

Eu me sinto tão sensível, tão.. frágil.

Talvez até pior do que antes. Eu até pensei que... Não. Meu pai não pode ter me batido comigo desmaiada, ele não faria isso, né?

Né!?

- Você vai vim sim! - agora meu pai que gritou enquanto tirava o menino a força do meu colo, o qual só começou a gritar cada vez mais.

- Não! O Minsuk não! Ele é uma criança!! - falei tão alto que até estranhei minha voz ter saído. Eu não me importava tanto quando era comigo, pelo menos não tanto quando mexem com meu irmão.

Ele é só uma criança, não merece os "pais" que tem.

- E você vai fazer o que!? Eu duvido que você consiga levantar, deve tá com dor agora - meu pai gritou novamente, mas agora eu estranhei.

Não, não, não. Ele não me bateu comigo desmaiada não, não é possível.

- Não me diz que... - eu não continuei, mas ele entendeu, e por isso deu um sorriso...assustador.

Ele é muito assustador.

- Você mereceu, e foi até melhor porque não tava acordada - minha mãe quem falou, mas agora eu a olhei indignada. Isso não pode ter acontecido.

- Mãe.. você deixou ele me bater!? Eu tinha desmaiado! - meus olhos encheram de lágrimas.

Eu sabia que minha mãe não se importava comigo, mas quando eu era pequena ela não deixava meu pai me bater, apenas batia no Jungkook.

Um Amor (quase) Impossível - BbangsazOnde histórias criam vida. Descubra agora