seis

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Dominic grecco

Podemos ser oque quiser, temos quem quiser, mas não podemos forçar o amor, ou a amar. A vida tem dessas, oque é horrível, porque se fosse possível a colocaria dentro de uma jaula e a obrigaria a me amar.

Mas... não quero repetir a história dos meus pais. Um casamento forçado por conveniência na máfia é abrir a porta do próprio inferno e eu sei que preciso de uma esposa, mas também não quero que seja assim, se pelo menos ela não amasse outro...

Droga! Merlia está acabando comigo, até penso nas possibilidades. Uff! Jogo o copo de uísque na parede do escritório, que despedaça no chão junto com o líquido caro.

Acendo um cigarro e Olho o papel das investigações que mandei fazer sobre a tal psicóloga. Uma história sem pé e cabeça, ainda junta com aquele namorado filho da puta.

Escuto batidas na porta e mando entrar.

- dominic, lhe trouxe esses papéis que Bento mandou entregar. - diz meu irmão dimitri o segundo dos quatro.

- certo, pode deixar em cima da mesa.

- tem uma mulher lá fora, disse que queria falar com você. - se senta na poltrona em minha frente e pega um charuto da minha coleção.

- você sabe que não quero falar com ninguém dimitri, fale que estou ocupado. - suspiro cansado.

- ela informou que era importante, implorou até, disse que te conhecia e tudo. - fala, e eu estranho, não lembro de nenhuma prostituta que fiquei devendo. - o nome dela é merlia.

Olho em sua direção e levanto, merlia nunca viria em minha casa, assim do nada, só se fosse algo urgente, até falei que poderia me ligar. Vou em direção da porta do escritório e sigo até a sala.

A vejo ainda na porta, com os olhos perdidos e vagos. Me aproximo dela, e a vejo retornar meu olhar. Seu rosto está pálido como se tivesse a dias sem se alimentar direito, os cabelos em uma linda bagunça cacheada e o sorriso envergonhada.

- merlia? Aconteceu algo? - a pergunto cauteloso, pego em sua mão e fecho a porta.

- dominic... - se aproxima e me abraçar. A estranho de imediato, e a abraço de volta, mesmo não sabendo como fazer isso. - sentir sua falta. Sei que não se passou muito tempo, apenas cinco dias.. mas sentir sua falta.

A olho confuso e toco seu braço pra afastar do abraço e a vejo recuar. Está usando blusas de manga longa, oque é terrível nesse calor da Rússia, estamos no verão!

- levanta a manga da blusa merlia. - mando. E ela se afasta confusa e com os olhos arregalados. - vamos!

Ela nega... já vi isso antes, minha mãe fazia isso quando apanhava de meu pai, vestia roupas longas pra esconder os machucados. Se for isso mesmo, eu acabo com a vida do namorado dela, não me importo se ela o ama.

- não obrigue eu mesmo fazer! - falo perdendo a paciência, ela reluta um pouco e depois sobe a manga.

Vejo hematomas esverdeado e amarelados, e aquilo engatilha em mim.

Flashback  on

Estou na porta do quarto de meus pais, eles brigaram novamente. Mamãe está chorando, está baixo mas dá pra ouvir. Sinto que ele a machucou de novo. Abro a porta devagar e a vejo deitada em posição fetal e soluçando de chorar.

- mãe...?

Ela não responde, apenas cessar o choro. Me aproximo e abraço, ela devolver o abraço bem apertado como se quisesse retirar a dor que sente dentro de si. Ela levanta a cabeça e vejo seu olho roxo,e a boca sangrando, suspiro forte pra não chorar, serei líder um dia, não posso ser fraco.

- irá fica tudo bem mãe, irei cuidar de você e um dia, eu lhe prometo! Acabarei com toda essa dor, sua, minha e dos meus irmãos. - enxugo suas lágrimas.

Flashback off

- ele a machucou no foi? - minha voz sai irritada, merlia demora pra responder. - vamos merlia, diga a verdade. Eu não tolero mentiras!

Suas orbes castanhas nadam em água como um mar revolto, ela assente com a cabeça e abaixa a manga da blusa. Me aproximo e a seguro em meus braços.

- vem, vamos cuidar disso.

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No quarto, ela está sentada em minha cama enquanto eu procuro por uma pomada. Ela está de olho em tudo no quarto, até meche em algumas coisas.

- parece uma criança.

- am? - continua a mecher em uma gaveta ao lado da cama.

- nada, aqui a pomada, passa no lugar e massageia. - digo, e a vejo fazer oque mandei.

- você ainda está convivendo com ele? - pergunto pelo idiota.

- não, ele disse que ia passar uns dias na casa do pai. - fala baixo.

- então está sozinha? - interessante, o desgraçado a agride e vai embora. Espero que oque eu esteja planejando faça jus ao que ele merece.

Me aproximo dela e me abaixo em sua direção, ficando cara a cara. Passo minha mão pelos seus cabelos e rosto. A olhando profundamente.

- sei que o ama, mas ele não te merece sabe.... - seus olhos se concentrar em um lugar vago.

- é tudo culpa minha, por eu ser assim... - coloco o dedo indicador em seus lábios.

- não merlia, não é culpa sua! Ele fez você acreditar nisso. - começo a dizer tudo de uma vez sem medo dessa coisa aqui dentro. - se você fosse minha, eu cuidaria de você, mataria por você, oque ainda vou fazer... - falo a última parte baixo.

Sorrir envergonhada e ficar vermelha como um tomate.

- dominic... queria poder lhe amar, assim não sofreria tanto. - diz de forma direta, e aquilo é como uma facada em meu peito. Engulo em seco e abaixo a cabeça. Nunca pensei que ouviria isso, mas era de se esperar de alguém que não lhe corresponde o mesmo sentimento ou atração.

Levanto e me direciono até a porta, sinto que preciso de um lugar aberto, se não morrerei sufocado por isso que está doendo aqui dentro.

- fique e descanse merlia, vou está no escritório. - saio e bato a porta. Vou em direção ao escritório com a mente perturbada. Que tipo de droga é essa que ela injetou em mim? Ou que meu pai injetou em minha mãe?

Porém...

Ela será minha!  mesmo não me amando. Eu matarei o desgraçado que a faz sofrer e ainda será pelas minha próprias mãos. Ela me capturou desde do primeiro momento que a vi naquela foto da empresa maldita. Se ela não for minha, não será de ninguém!

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Oii gente, foi mal pela demora estava sem inspiração, por isso esse capítulo saiu enhem :(

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Merlia Onde histórias criam vida. Descubra agora