Capítulo - 31 - O homem que desejava tudo

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O cervo olha para onde o ataque foi lançado, com preocupação no olhar, mas logo volta a atenção para o humano, que havia sumido junto ao carro. O animal começa a procurar Clyde envolta do cenário apocalíptico, ele revirava os destroços incessantemente, até que o mesmo se cansa, parando no meio de todas as casas destruídas, fechando os olhos, e de suas patas uma espécie de círculo surge, e desse círculo emanava certa aura peculiar.

- Ui, que brilhante - Toth fala isso se inclinando para perto da arena.

- Que deusa assustadora. - Athena pondera consigo mesma. - E a magia daquele animal também...

- Eu diria que é bem nostálgica. - Odin fala isso olhando diretamente para o cervo, enquanto ignorava Jaci.

... - Envolta do cervo começa a se reunir esferas de energia minúsculas, e logo todas elas começam a se juntar em um ponto específico, uma grande pilha de escombros à sua esquerda, e logo o cervo desativa sua habilidade e vira seu rosto para a pilha. 

- "Ele tá encurralado, não concordava com ele usar aquilo, mas é o jeito mesmo sendo instável" - Buda pensa consigo mesmo olhando para a tela de Clyde.

- "Merda, que habilidade específica hein" - Clyde reclama dentro do carro que estava soterrado, logo o humano rapidamente sai do carro empurrando os escombros e se desloca para o porta-mala, e ao abrir o mesmo, o humano se depara com uma figura feminina amarrada, enquanto saia pequenas lagrimas da sua face, ao ver o humano a figura começa a grunhir, numa tentativa de gritar mal sucedida. A garota tinha cabelos castanhos claros, olhos negros, sua roupa lembrava a de um motoqueiro, com uma jaqueta de couro com uma camisa branca por baixo, luvas pretas, calça jeans, uma bota marrom nos pés, e alguns colares de prata com brincos combinando.

- Qualé, eu também não queria isso, mas ou você aceita isso ou a gente vai morrer, o que você prefere?  - A garota pensa por um momento, e apenas acena para Clyde, com uma expressão de raiva na face, ao contrario de Clyde, que dá um sorriso e faz um carinho na cabeça dela. - Não te desapontarei! - Ao tocar na cabeça da jovem, um brilho envolve ambos.

- ... - O cervo carrega uma esfera de energia e a lança contra o carro, e logo o carro explode, criando uma cortina de fumaça, o cervo aproveitando a situação cria aquele circulo de novo, na tentativa de localizar Clyde, mas o mesmo não consegue detectar nada. Até que um tiro ecoa na arena de longe, dessa vez foi apenas um disparo, mas que se dividiu em vários projéteis, o cervo se desvia de cada um, dando pulos graciosos enquanto se aproxima da origem dos tiros.

- A TEMPORADA DE CAÇA COMEÇOU! - Clyde grita para o cervo, enquanto o mesmo joga uma granada contra o animal, que instintivamente solta uma esfera nela, gerando uma grande explosão, que atinge o ser divino. Todos na arena percebem, aquela granada havia machucado o ser, que sai cambaleando da explosão, sem uma das patas traseiras. O humano, sem dar tempo para o animal se recuperar, sai de seu esconderijo com uma espingarda nas mãos e uma outra arma nas costas, dispara vários tiros contra o ser, que rebate com sua magia, o cervo não foi capaz de defender todos, alguns tiros acertaram de raspão no corpo do animal, que se afasta aos poucos enquanto Clyde avança. 

- O cervo de Jaci se encontra completamente indefeso! - Zeus troca de lugar com sua esfera magica, e continua narrando a batalha da perspectiva do cervo e Clyde. - O humano por sua vez está na vantagem pela primeira vez nesta rodada!

- "Indefeso hein..." - Clyde pensa consigo mesmo, enquanto recebe uma enxurrada de memórias de seu passado, algo inevitável para o humano. - Haha... HAHAHAHHAHA - Clyde desmorona gargalhando na frente do cervo, que não entendia nada, até que o humano cessa as risadas e olha o cervo com sua mão tapando um dos olhos. - VOCÊ É PATÉTICO!

#1925, Estados Unidos#

- Vamos filho. - Um homem com um jaleco de couro com pelagem animal no pescoço passar perto de uma espécie de fábrica com seu filho, que era um menino de cabelos pretos, meio bagunçados, tendo a idade por volta de 14 anos.

Ragnarok - A guerra do quinto solOnde histórias criam vida. Descubra agora