Está me escondendo algo?

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 --- JEFF ---

Acordo no sábado com os braços de Alan ao meu redor, e me sinto muito feliz, me viro para ele e deslizo as mãos pelo seu cabelo, desço os dedos pela sua bochecha e quando estou acariciando suas cicatrizes ele agarra minha mão.

- Há quanto tempo está acordado? – Pergunto e Alan ainda está de olhos fechados.

- Desde que se mexeu. – Ele sorri se enterrando no meu pescoço e beija.

- Mafioso esquisito. – Sussurro e ele solta uma risada, mordo seu ombro com força e ele acerta um tapa na minha bunda.

- Little, não seja assim. – Beijo sua bochecha.

Ele me pega pela cintura me firmando. – O que tem contra eu perguntar sobre suas cicatrizes? – Peço.

- Eu não quero te dar gatilhos, essas coisas... – Ele beija minha bochecha, ombro pescoço.

- Você nunca perguntou das minhas. – Sussurro.

- Te deixo a vontade para me contar quando quiser. – Pressiono meus lábios.

- A maioria foram o pai de Vegas. – Dou de ombros e abraço em Alan mais forte, ele se senta e me puxa pro seu colo.

– Está bem, depois de ontem? – Me dá um selinho e eu assinto.

- Sim, só... eu gostei apesar de tudo, gosto da nossa intensidade. – Ele beija minha bochecha. – Hoje você está cheio de beijos.

- Não posso ser carinhoso com meu little? – Ele ergue a sobrancelha. – Gostei de ter gostado de ontem, você se abalou e chorou muito.

- Eu me senti humilhado um pouco, e... também. – Respiro fundo, Alan ergue a sobrancelha.

- Está me escondendo algo? – Ele aperta minha cintura.

- Eu encontrei um dos meus antigos donos ontem na boate. – Sussurro e seu aperto na minha cintura se torna quase dolorido.

- Como é? – Ele ruge.

- Eu... – Me encolho em seu colo, Alan fecha os olhos e abraça minha cintura com mais delicadeza.

- Desculpe, não queria te assustar. – Sua voz é cortante, ele trava o maxilar. – Como aconteceu?

- Quando fui ao banheiro pra lavar o rosto... Estava nervoso com tudo. – Respiro fundo.

- E por que não me contou? – Seu olhar transmite uma raiva.

- Porque iria atrás dele, e não queria isso. – Dou de ombros. – Eu gosto dele.

- Como é? – Quase pula embaixo de mim e coloco minhas mãos em seu ombro.

- Ele foi meu dono por algum tempo, e... A gente transou pouco, umas duas vezes Alan, ele foi atrás de mim porque me viu com você, achou que tinha me comprado. – Eu falo devagar enquanto seus olhos estão sobre mim puto. – Ele queria me ajudar, pediu desculpas pelo que fez...

- Odeio que se refira a estes caras como donos, odeio. – Alan se remexe embaixo de mim. – Eles são imbecis que te torturaram.

- Ele foi o mais próximo de um pai que tive, passou horas me ensinando, só fui pro curso que faço por causa dele, leio por causa dele. E quando ele apareceu pra me pedir desculpas... – Dou de ombros. – As pessoas não costumam pedir desculpas por te fazer mal, eu me sentia um nada, ele me procurou, pediu, me senti meio reparado.

- O que ele fez, ele deveria morrer. – Seguro suas mãos enquanto ele gesticula.

- Nós precisamos aprender a perdoar. – Digo pra Alan. – Eu tenho um carinho por ele... Apesar de tudo, houve momentos em que estive em lugares que não sabia quanto tempo tinha passado, ou onde estava porque fui mantido drogado como um objeto. Ele me tratou como um ser humano. – Ele balança a cabeça, mas depois assente.

Sob Minha Autoridade (AlanJeff)Onde histórias criam vida. Descubra agora