Se correr... vai ser bem pior

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--- JEFF ---

Acordo sobressaltado depois de mais um pesadelo horrível, minha respiração está acelerada e pego o celular antes de pensar duas vezes, ele me atende no segundo toque. - Você está bem? Aconteceu algo - Alan pergunta alarmado e eu me arrependo de ter ligado, mas é que ouvir sua voz me causa um alívio tão grande.

- Tive um pesadelo, desculpe. - Eu fungo.

- Desculpa por que, little? - Ele suspira do outro lado.

- Eu te acordei? - Eu estou hesitante, então começo a escutar barulhos de socos, alguém grita. - Acho que ainda to sonhando. – Eu respiro fundo chateado, será que não acabaria nunca? Tiro meu celular do ouvido, jogo ele na cama do lado.

- Não little, terminem isso, tenho algo mais importante. - Ouço ele gritar, os barulhos de "Socorro" continuam e eu me encolho na cama

- Pelo menos, parte do sonho é bom. - Eu murmuro e me cubro de novo e puxo meu urso para mais perto, adormeço rapidinho.

Um barulho alto me faz pular da cama, meus olhos arregalam até eu me dar conta que é a campainha seguida de batidas bem altas na porta, eu me levanto chateado, será que era Charlie? Tinha acontecido algo? Eu caminho até lá ainda sonolento, coço os meus olhos, teria que haver um motivo muito bom para me acordar.

Eu abro a porta sem nem olhar. – O que foi? – Falo estressado e me deparo com Alan. – Alan? – Coço meus olhos de novo, ele está todo arrumado e com uma arma na cintura, permanece de braços cruzados.

- Passa dois dias sem me ver e já está me chamando pelo nome? – Ele ergue a sobrancelha e sorri pra mim.

- O que está fazendo aqui de madrugada? – Eu bocejo e coço meus olhos maldito sono, medicação do inferno, ele sorri e me puxa pela cintura, me abraça e beija meu cabelo.

- Você me ligou, little. – Eu olho pra cima e balanço a cabeça, seu sorriso aumenta e ele me levanta pela cintura, que mania, agarro seu pescoço e ele me abraça mais forte e beija meu pescoço. – Com tanta saudade que me ligou dormindo? – Ele sorri e caminha comigo até me colocar no balcão depois de bater a porta.

- Mas, eu não liguei. – Coloco as mãos na cintura e ele espalma as mãos no balcão em torno de mim.

- Por que eu viria, então? – Ele me olha de lado.

- Por que quer me ver? – Eu pergunto e ele sorri. – Pode ir embora se não quiser, não é nada demais. – Eu tento sair do balcão e ele me coloca de volta.

- Quem disse que não queria? – Ele dá um sorriso. – Eu só estava esperando me ligar, não queria invadir o seu espaço. – Eu bufo e ele ri. – Você fica manhoso com sono. – Eu o empurro e ele segura minhas mãos, e me abraça.

- Eu te liguei mesmo? – Pergunto baixinho.

- Sim, acho que teve um pesadelo, eu estava... trabalhando... – Ele se afasta e me observa. – E por causa do que ouviu achou que ainda estava sonhando. – Eu assinto.

- Te atrapalhei? – Eu olho pra ele com medo da resposta, eu não queria me tornar uma pessoa dependente e enjoativa que atrapalha tudo o que ele faz. Ele sorri e beija meu nariz.

- Você nunca atrapalha. – Ele pega minha mão. – Eu só não vim antes porque queria que pensasse no que Charlie disse, sobre um namoro normal... – Ele suspira e cola sua testa na minha. – Sabe que não sou alguém normal.

- Eu também não... – Dou de ombros e ele abraça minha cintura.

- Vamos, te colocar na cama de novo, só vim porque queria ter certeza que estava bem. – Ele abraça minha cintura e eu me seguro nele, sinto seu perfume, ele não estava trabalhando, como conseguia? Ele sabia exatamente onde era o meu quarto e eu olho pra aquilo surpreso.

Sob Minha Autoridade (AlanJeff)Onde histórias criam vida. Descubra agora