Doeu, DADDY?

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Senti que dei uma corrida no capítulo anterior, peço desculpas.

ATENÇÃO:

O Jeff como personagem tem uma pegada mais rebelde, adolescente e infantil. Quero lembrar que ele é foi uma criança do sistema adotivo, e depois foi vendido e passou por um período de muito abuso, ou seja, teve parte da sua infância e sua adolescência roubada.

Geralmente, pessoas que "perdem" esses períodos de suas vidas, acabam por compensar em outros momentos, diferente do Chay, que tem uma questão de abandono e infância difícil, mas foi cuidado por Porsche. Ou Mitt que teve uma vida estruturada até o ocorrido com Way.

Assim, o Jeff é um tanto mais intenso nesse sentido, não processa sentimentos tão bem, não lida com ciúmes de forma madura, ao invés de conversar, ele provoca até o limite ou tenta fugir. Toda essa personalidade tinha ficado comedida em sua rotina, principalmente porque era rigidamente estabelecida, mas isso é rompido com a presença de Alan.

Trouxe isso como uma forma de entenderem melhor o personagem de antemão.

--- JEFF ---

Acordo cedo no sábado com Alan se remexendo na cama, finjo que ainda estou dormindo, porque sinceramente é constrangedor, eu pensei que ele saísse assim que eu apagasse. Sinto um beijo na minha cabeça e tento permanecer com minha respiração o mais regular possível. – É uma pena eu ter que trabalhar agora, baby. – Seus dedos traçam a linha do meu cabelo. – Podia ficar te vendo dormir assim o dia todo. – Ele beija novamente minha cabeça e se levanta da cama.

Quando ouço a porta se fechando eu me remexo na cama, passo a mão pelo meu rosto, como posso perder a sanidade tão rápido e tão fácil? Estou aqui há três dias e ele já conseguiu dormir duas noites na minha cama, o cara que eu não suportava perto.

Pensei que fosse mais forte Jeff.

Troco de roupa e coloco algo mais velho, desço as escadas e vou até a cozinha, Dulce me espera com uma panqueca de chocolate hoje, eu a cumprimento. – Pensei que quisesse comer algo diferente, é sábado. – Eu assinto e sorrio pra ela, me sento na cadeira enquanto ela serve o suco.

- Há quanto tempo trabalha aqui? Você parece muito boazinha... – Eu olho para ela de lado.

- Desde que Alan era um menino. – Ela pisca pra mim. – Meus pais trabalharam para o Pai de Alan. – Ela suspira e se aproxima da mesa. – Esperava que todos aqui fossem maus?

- Sim... – Eu falo e ela me olha estranho. – Não. Sim. – Balanço a cabeça confuso. – Não sei, onde eu estive antes... todos eram...

- Você está em um lugar diferente agora. – Ela afaga meu cabelo. – Todos estamos aqui porque queremos, e gostamos de Alan, ele não é ruim...

- Você... – Eu olho pra cima e ela está me observando, fico vermelho e desvio o olhar.

- Ele me contou algumas coisas, pediu que eu tivesse cuidado com você, e fizesse o que gostasse de comer... – Ela sorri pra mim e sinto minhas bochechas ficando mais vermelhas.

Alan entra na cozinha e se senta do meu lado, Dulce o serve com ovos e Bacon. – Você não se levantou mais cedo? Por que está comendo só agora? – Pergunto sem tirar meus olhos do seu prato.

- Por que eu estive te esperando. – Ele aponta com o garfo pra mim e eu fico vermelho. – Quando é que vai pedir algo de sal, em? Acho que já chega de doces. – Ele tira um pedaço da minha panqueca com o garfo e eu bato em sua mão.

Sob Minha Autoridade (AlanJeff)Onde histórias criam vida. Descubra agora