O que você faz aqui?

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Hajun

Como eu vim parar aqui? Quem são...? Espera.

— Hyunjin! Hyunjin! - corro até ele pelo corredor longo e sombrio, o teto era alto as paredes num tom bege eram cheias de quadros que pareciam ter uma família mas não conseguia enxergar seus rostos.

— Que foi, pirralha? - ele me olha com tédio e eu estranho essa atitude vinda dele.

— Eu só ia te perguntar uma coisa... mas deixa prá lá. - me afasto vendo o... Jeon? Corro até ele tentando o alcançar mas em algum momento eu o perco de vista e me assusto quando ele surge do nada atrás de mim.

— Me procurando, princesa? - ele pergunta no pé do meu ouvido abraçando minha cintura por trás.

— O que você tá fazendo aqui, Jungkook?

— Como assim? - ele me vira pra sua direção rindo, eu gelei quando vi presas em sua boca. — O que ouve com você, hm? Tá meio estranha. - ele coloca uns fios do meu cabelo atrás da minha orelha me olhando carinhosamente.

— Nada, eu só queria saber onde meu... pai está. - troquei de assunto falando a primeira coisa que veio na minha cabeça.

— Ele tá em reunião agora, com nossos pais mas acho que você pode ir lá. Eu vou com você. - ele me leva até uma porta a abrindo pra mim, quando eu entro me deparo com quatro homens que pareciam ter por volta de trinta à quarenta anos de idade.

— Ah, oi filha. Quer alguma coisa? - o homem que estava no meio perguntou.

— Sim, na verdade gostaria de conversar à sós. - ele confirma e pede licença aos demais saindo da sala comigo, saí procurando o Jeon, mas ele havia sumido.

— Sei que está confusa, Hajun. Mas coisas precisam acontecer pra você se lembrar.

— Lembrar? Do que está falando? Aliás, você não é meu pai, meu pai morreu um pouco depois de eu nascer e minha mãe se foi no parto. Eu realmente não estou entendendo nada, porque até onde sei o Jungkook não é um vampiro.

— Você vai saber, quando for pra saber. Agora você precisa acordar.

— Eu não consigo... - abro os olhos depois de tentar voltar a minha realidade, e me assusto ao ver uma adaga em suas mãos, me assusto mais ainda quando ele a cravou no meu peito, e eu chuto que foi no coração porque a única coisa que aconteceu foi os meus olhos fecharem.

Quando eu os abri eu estava no sofá da minha casa e o Han não estava mais do meu lado. Ouço alguns barulhos vindo de fora, me levanto abruptamente só então percebendo uma adaga cravada no mesmo lugar do meu sonho. Eu a tirei com cuidado, mas não senti dor eu estranhei mas ao ouvir um grito eu ignorei esse fato.

Andei com cautela até onde vinha o grito com a adaga na destra, chegando lá eu encontro um homem de uma estatura média tentando apagar Jisung. Eu agi rápido pulando no pescoço do desconhecido, envolvendo meu braço esquerdo no seu pescoço o deixando sem ar. Eu iria continuar ali, mas ele se jogou pra trás, me fazendo bater com as costas no chão e pelo impacto eu acabei o soltando e ele fez o mesmo com Han.

Tentei me afastar mas sem sucesso, ele se virou me desferindo vários socos seguidos, eu levantei meus braços tentando amenizar os machucados, a cada soco eu começava a sentir cada vez mais raiva, com isso achei uma brecha e dei um único soco nele descontando minha raiva. Ele caiu pro lado, e dessa vez eu fiquei por cima, pegando seu cabelo e batendo sua cabeça no chão repetidas vezes, eu nem percebi mas já tinha pego a adaga e atravessei seu pescoço.

Quando parei pra analisar a situação, minhas mãos estavam banhadas de sangue assim como o homem abaixo de mim. Olho pra trás procurando Jisung pra ver se ele estava bem, suspiro e sorrio aliviada ao ver que sim, meu sorriso aumenta quando vejo ele sorrindo de volta.

— Ora, ora, quem diria?! Choi Hajun está de volta. - sinto minha pele se arrepiar ao ouvir uma voz conhecida. Me levanto puxando a adaga do corpo sem vida abaixo de mim e a apontando na direção da voz, me surpreendendo quando vi quem era.

— O que você faz aqui? Você mandou nos matarem? - sorrio sarcástica o encarando enquanto me aproximava lentamente.

— Mandei sim, queria ver se eram realmente vocês ou pessoas muito parecidas.

— Sei. - dou a volta, ficando por trás dele passando minha mão lentamente pelos seus ombros e as descendo pros seus braços os puxando com força pra trás e o prendo com algemas que apareceram magicamente em minhas mãos. — Já já sua carona chega, amor. - sussurro em seu ouvido vendo seus pelinhos se arrepiarem.

— Você não sabe com quem está se metendo, gracinha.

— Ah sim, amor. Eu sei sim. - ele apenas revirou os olhos e eu sorri o levando pro sofá da minha casa o deixando sentado. — Aceita uma água? - pergunto debochando da situação dele.

— Sabe, acho que aceitaria você em cima de mim, mas água também é bom. - olho pro Han ainda sorrindo. Ele já entendendo o que eu queria anda lentamente até o Lee, se sentando fortemente em seu colo com um sorriso sacana.

— Eu preciso me limpar e fazer meus curativos, mas o Jiji pode ficar aí por mim, não é Ji? - ele concorda com a cabeça engatilhando a arma que ele tinha pego ao entrar em casa, e a deixando no queixo de Minho.

Vejo ele sorrindo antes de ir no banheiro me limpar já que eu estava cheia de sangue. Eu tiro minha camisa pra trocar vendo uma pequena mancha de sangue na altura do meu peito junto a um furo, logo me lembro da adaga cravada em mim, me encaro do espelho, vendo apenas sangue e nenhum ferimento, tinha sangue no meu rosto junto aos meus olhos em um tom escarlate, respiro fundo os fechando e abrindo de volta, os vendo voltar ao tom acastanhado.

Balanço a cabeça deixando isso de lado e lavo meu rosto tirando o sangue que havia secado junto do sangue em minhas mãos. Quando me olho novamente no espelho vejo uma cicatriz atravessando meu olho esquerdo, me assusto mas deixo isso pra lá, já estava cicatrizado não tinha muito o que fazer. Pego outra camisa e me visto voltando pra sala, me deparando com os dois na mesma posição de antes. Após um tempo de mais provocações, a viatura chega.

— Aliás, gostei da cicatriz, combinou com você. - ele dá um sorriso cafajeste sendo obrigado a entrar na viatura.

Trindade DráculaOnde histórias criam vida. Descubra agora