E quem vai me matar? Você?

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Hajun

Eu disse que era menos mau? Retiro isso. Não consegui dormir direito, e acordei igual uma doida paranoica.

— Espera mais um pouco, pequena. - Ouço Christopher pedir calmamente enquanto eu me arrumava pra "ir trabalhar".

— Eu vou esperar! Só tô' indo trabalhar.

— Sei... - ele se levanta se posicionando atrás de mim, me olhando pelo espelho. — Se acalma, ok? Hyunjin e o Minho foram lá. Está tudo bem. - ele diz enquanto faz carinho na minha cintura, me acalmando.

— Desculpa, eu só tô' preocupada. - fecho os olhos me encostando nele.

— Tudo bem. Olha aqui. - ele me vira pra ele e segura meu queixo com a destra. — Tudo bem você se preocupar, tudo bem você querer fazer tudo sozinha, tudo bem você querer chorar por não aguentar o peso todo. Você só precisa lembrar que estamos aqui, e que pode pedir ajuda, tá bom? Agora você vai fazer o que, hm? - ele coloca uma mecha de cabelo que estava no meu rosto atrás da minha orelha.

— Eu vou ir trabalhar e depois vamos para a mansão. - respondo após respirar fundo.

Ele sorri, me dá um beijinho na testa como de costume, e me conduz até o carro. Assim que cheguei no trabalho fui atacada por várias coisas ao mesmo tempo, Jisung querendo saber como foi minha folga junto de Jimin, Jeon querendo saber se seu pai tava bem, e o chefe nos dando mais trabalho.

Foi até de boa, se não fosse complexo, fazer as coisas enquanto tem dois tagarelas falando no seu ouvido é difícil.

Enfim, pelo menos consegui me distrair. No horário de saída peguei meu carro e dirigi o mais rápido que eu pude em direção a minha casa. Chegando nem precisei sair do carro, Christopher já estava na porta me esperando.

— Eles ainda não chegaram? - ele nega entrando no carro e beijando minha testa.

— Agora eu comecei a ficar preocupado.

Assim que ele termina de falar um sentimento de angústia toma conta do meu peito. Deixo a preocupação e a raiva, essa que crescia cada vez mais, tomarem o controle da situação, acelerando mais de acordo com minhas emoções.

Ao chegarmos o meio-lobo segurou meu braço olhando no fundo dos meus olhos, vejo sua íris escurecer totalmente e travo.

— Chris... acha que isso será necessário? - exclamei preocupada.

— Você não conhece quem está lá dentro. - sinto calafrios quando uma voz disse atrás de mim.

— Minho? O que faz aqui? - pergunto me assustando ao ver Hyunjin aparecendo ao seu lado.

— Essa luta é mais dele do que da maioria de nós. - o Drácula mais velho explica.

Eu faço uma cara confusa tentando me lembrar de algo, mas falho miseravelmente. Ignoro esse fato por agora, por conta da situação.

— Depois explico melhor, meu bem. - Minho se vira, e eu vejo algumas faíscas verdes saindo das suas mãos e seus olhos castanho claro. Eu iria falar alguma coisa com ele mas vejo os vampiros se reunindo no gramado.

— O que tá acontecendo? - pergunto para algum dos vampiros, o conhecendo de algum lugar.

— A condessa está de volta! - ele sorriu grande e se curvou pra mim, juntamente dos outros.

— Pode me passar o que aconteceu desde que eu parei de vir? - pergunto amigável quando ele e os outros se levantaram ficando em formação.

— Então... depois da briga de vocês ela se trancou no porão. Saiu só uns dias atrás, gritando pela sala dizendo coisas estranhas, a única coisa que eu entendi foi: "Lee Minho". - eu olho para o mesmo, vendo sua raiva ficar nítida.

Trindade DráculaOnde histórias criam vida. Descubra agora